04 dezembro 2010

Lições aprendidas em 2010

Todo ano faço uma espécie de "revisão" do meu ano no final dele. Mas, desta vez, resolvi fazer diferente. Ao longo dele, fiz anotações de coisas importantes pra ver se, no final, aprendi ou não certas lições. Tive, no mínimo, 365 aulas. Ou chances de aprender algo novo. Algumas delas se repetiram. Se errei na primeira, poderia consertar na segunda vez. É claro que esqueci de algumas, o ano é longo, né?

1 - Não fazer dos outros prioridade - Não dá pra agradar os outros e deixar de fazer aquilo que você gosta. Tentei agradar menos os que estão a minha volta e me agradar mais. Afinal, eles não valorizam mesmo a atenção que recebem, o que me deixa ainda mais frustrada na convivência com certos tipos de seres humanos.

2 - Não reclamar de dores ou imperfeições - Esse ano vi um cara jogar beach tennis. Até aí, tudo bem. O fato é que ele não tinha uma perna e jogava melhor do que eu, feliz da vida.

3 - Comemorar todos os aniversários como se fosse o último - Fui a uma festa, da Dona Esmeralda (lá de Santos), de bico mesmo. A velhinha estava fazendo trocentos anos e deu uma festona daquelas, parecida com a festa de 15 anos que fui de uma aluna minha agora no final do ano. As duas tem uma diferença de mais de 70 anos e comemoraram da mesma forma.

4 - Podemos aprender com os mais novos - Coisas boas e ruins. Conheci pequenos que me mostraram os dois lados. Não importa a idade, eles podem ser bonzinhos, mas também ter a maldade de pessoas bem maduras.

5 - As melhores coisas da vida são de graça - Como ver o sol nascer na estrada, a caminho da praia, por exemplo, num feriado prolongado.

6 - Não acreditar em "eu te amo" - Nem todos são de coração. Os que realmente dizem do fundo da alma acabam pagando por aqueles que mentem.

7 - Considerar mudanças - Elas podem não acontecer, por escolha sua ou do destino mesmo, mas considerar - as grandes ou pequenas - já é um grande passo quando algo não agrada mais.

8 - Algumas amizades são mais fortes do que a distância - Não importa quão longe um amigo pode estar. Ele sabe quando algo não vai bem e sempre encontra uma maneira de estar por perto.

9 - Mostrar o que sente - Esta é uma lição que ainda estou aprendendo a ter melhor controle sobre... Infelizmente, algumas pessoas não apreciam, não sabem o que fazer ou não são como a gente. Mas mostrar o que se sente é bom. Dá uma sensação de "missão cumprida". Guardar algo por orgulho, porque faz parte do jogo, porque os outros podem pensar isso ou aquilo é muito ruim. Já imaginou morrer com isso?

10 - A inveja é uma merda! - Algumas pessoas são tão invejosas que são incapazes de torcer pela sua felicidade. Querem ver você se fodendo a todo custo. Não conseguem te ver feliz. Incomoda. Infelizmente, tem gente assim...

11 - Tentar outra vez - E sem medo de ser feliz. Não importa se você vai quebrar a cara lá na frente. E, geralmente, é isso o que acontece mesmo. Mas se você não tentar, não vai saber. E o mais divertido da vida é o durante e não o final.

12 - Falar menos - Às vezes, é bom guardar as coisas, bem guardadas. Os outros não precisam saber de absolutamente tudo.

13 - Ter paciência - Odeio esperar, mas às vezes é preciso.

14 - Lidar com o mau humor alheio - Aprendi. Mas as pessoas que convivem comigo, não. Elas também ainda não aprenderam a lidar com o meu tipo de humor, bom ou mau. Nem todos são abertos a piadas inteligentes ou inteligentes o suficiente pra entender certos tipos de piada. Como resposta, fecham a cara. Azar o delas. As rugas são lhes cair como uma luva!

15 - Lidar com mudanças de idéias - E respeitá-las. É minha opção aceitá-las ou não. Mas as pessoas tem o direito de mudar e aprender a respeitar o que sentem faz parte do processo.

16 - Estou mesmo sozinha - E tenho que aceitar isso. Muitas vezes, ou na maioria delas, tenho que resolver tudo sem a ajuda dos outros. Realmente, não é possível contar com eles quando mais preciso.

17 - Respeitar o meu tempo - Eu aprendo e reaprendo isso todos os anos. Alguns são mais intensos do que outros. Mas eu já sei que certas coisas vão passar, que nem todos os dias são cor-de-rosa e que a saída é esperar a coisa passar. Eu aprendi isso. Os outros ainda não aprenderam a respeitar isso... Lição pra eles pra 2011.

18 - A loucura alheia - Louco é o que mais tem por aí e como incomodam. Cabe a nós alimentar a loucura deles, cair no jogo que fazem ou, simplesmente... ignorar!

19 - O trabalho duro compensa - Mesmo que os elogios não apareçam diariamente, que se passe noites em claro trabalhando como retardado... No final, compensa. Fui promovida no final deste ano depois de um ano do cão. Infelizmente isso significa que a pessoa com quem mais aprendi não vai estar por perto.

20 - O poder muda as pessoas - E mostra o quão invejosas certas pessoas podem ser. Certas pessoas mudam quando assumem o poder. Outras mudam quando o poder está na mão dos outros, porque não aceitam que, de alguma forma, não fizeram o bastante pra merecer estar lá. É aí que as conhecemos de verdade.
E, se eu fosse você, escutaria If Today Was Your Last Day, do Nickelback. Música cheia de lições pro ano que já, já está aí...

01 dezembro 2010

Cadê?



Essa semana foi divulgado o resultado daquela pesquisa do IBGE, o Censo 2010. Desta vez, pela primeira na vida, participei. Virei estatística respondendo às perguntas mais toscas que se pode imaginar. Mas, nem todo mundo foi questionado. Sim, algumas pessoas ficaram de fora. O presidente do IBGE, só pra citar um exemplo, não foi entrevistado. O que me anima um pouco...


Bem, descobriram que no país há quase 4 milhões de mulheres a mais, sobrando, avulsas, sem uma tampa pra sua panela, sem um homem pra chamar de seu. O mais triste é que, algumas delas, jamais vão mesmo encontrar a metade da sua laranja já que são a maioria da população brasileira.


Já é difícil encontrar alguém interessante, saber que falta homem, estatisticamente falando, pode soar ainda mais desesperador pras desesperadas. Segundo o Censo, existem 100 mulheres pra cada 93 homens (se pensar bem, a proporção nem é tão alarmante assim). Não sei na sua horta, mas na minha a proporção de água costuma ser inversa. Sobra! O problema é que a qualidade da água não é lá muito boa. Pois bem, além de enfrentar a escassez de homens, a concorrência e todos os outros obstáculos, algumas aí precisam aceitar a baixa qualidade do produto.


Por isso, não entendi o motivo dos homens comemorarem tanto tal resultado. Sinceramente, não vejo razão pra isso. Se eles fossem realmente necessários, ainda vai... Mas, a maioria dos mocinhos não consegue dar conta da mulher que tem em casa e ainda festeja a possibilidade de sair com a parte do Censo a que julga ter direito.


Mulheres interessantes não pegam o primeiro que aparece e, muito menos ligam pra pesquisas como esta, quanto mais pro resultado que apresentam. Elas sabem que existem outras muitas maneiras de se sentirem "completas", caso a tampa da panela já esteja cobrindo uma frigideira. Mulheres que precisam de homens são aquelas que acabam com o primeiro traste que encontram só pra contrariar o IBGE.


Sinceramente, muitas vezes, prefiro fazer parte da maioria que sobra. Se gostasse de dividir homem, estaria na Arábia, onde a poligamia é aceita. Apesar do resultado do Censo não ser lá muito animador, solteira posso viajar sozinha pra países onde os homens sabem como tratar uma mulher.

19 novembro 2010

Ao topo e avante!

Já dizia o AC/DC - uma das minhas bandas preferidas, e uma música que ouvi muito essa semana: It's a long way to the top if you wanna rock n' roll. E eu digo: com certeza! Chegar ao topo não é fácil... Aliás, não é pra qualquer um. Muitos querem, passam a vida focados nisso e não chegam nem na metade do caminho. E, pra piorar, passam o percurso inteiro reclamando ou fazendo corpo mole.

Essa semana recebi uma notícia triste e outra feliz. A triste é que minha coordenadora vai embora... A feliz é que ela me indicou pra assumir o lugar dela: a coordenação! Cada vez que penso nisso, nessa nova função que me aguarda em 2011, me dá uma sensação estranha: quero que chegue logo, pra arregaçar as mangas e mostrar que sou capaz, mas também sei que tenho muito o que aprender até lá. Desafios dão um frio na barriga, mas sem eles, não há razão pra seguir em frente.

2010 não foi um ano fácil pra mim. Trabalhei muito. Ganhei 40 alunos, 7 turmas e muitos pepinos deixados por professores antigos. Muitas vezes tive que abrir mão das minhas noites pra dar conta do trabalho que não conseguia terminar na escola, porque era (realmente) humanamente impossível. Não pude ver de perto minha sobrinha pular dos 3 pros 14kg, ou passar o final de semana na praia jogando beach tennis e tomando sol. Sou responsável ao extremo (e não devo mudar...), então - neste ano que tá quase acabando - troquei a vida social pela profissional, enquanto alguns por aí reclamavam quando precisavam passar um dia da semana com o horário de almoço reduzido pra poder entregar uma coisa ou outra no prazo.

Apesar dos 40 alunos me enlouquecerem, do trabalho ser exaustivo muitas vezes, de ser difícil levantar às segundas-feiras de manhã e encarar outra semana com 60 horas de trabalho, em nenhum momento desejei tomar o lugar da minha coordenadora. Aliás, jamais cheguei a pensar que um dia ocuparia essa função. Estava feliz com o reconhecimento que recebia e, mesmo assim, não corrigia quase 150 gráficos por dia pensando no "good job" que poderia ouvir no corredor.

Por isso, fiquei surpresa quando soube que teria sido indicada pra assumir uma posição tão importante dentro da escola onde trabalho - coordenar a equipe de professores e todas as atividades de lá. Sempre fiz o meu papel, o que era esperado de mim e um pouco mais, porque não me sentia bem quando fazia menos.

Acho que o segredo pra se chegar lá é fazer a sua parte, da melhor forma possível. E não fazer o que tem que ser feito pensando onde se pode chegar. Eu discordo dessas frases de auto-ajuda que dizem o contrário, que insistem que as pessoas precisam ter um foco pra saber onde se quer ir. As surpresas que aparecem no meio do caminho são impagáveis. E, dessa forma, se chega muito mais longe. Quem estabelece uma meta e faz de tudo pra conseguir alcançá-la é aquele tipo de pessoa que conta os centavos pelas horas trabalhadas e não chega a lugar nenhum, se frustra no meio do caminho e torce pelo insucesso daqueles que só fizeram a sua parte na jornada.

07 novembro 2010

Psiuuuuuu, caralho!!



Nunca fui a uma rave. Nunquinha nessa vida. Apesar de, quando mais nova, desejar - por algumas (poucas, pouquíssimas) vezes ver qual era a da balada. Eu gosto de rock, mas acho que - em algum momento da minha vida - devo ter jogado pro universo essa vontade momentânea de querer experimentar essas festas que começam às 17h de um sábado e terminam às 8h de um domingo.

Não dizem que quando você joga alguma coisa pro universo ele te entrega de presente? Pois é... São quase 2h30 da manhã de sábado e, a 3 quilômetros de casa, na Chácara do Jockey, está rolando uma rave desde as 17h de ontem. Até aí, tudo bem... Começou cedo. Nesse meio tempo, saí de casa, fui ao mercado, voltei, tomei um banho, enrolei um pouquinho, fui jantar num japonês com a minha irmã, voltei pra casa tarde, assisti UFC na TV, surfei na internet e... descobri que o barulho que me incomodava desde cedo só estaria previsto pra acabar as 8h da manhã de hoje (sim, porque já é domingo!). Ou seja, quem ler este post e quiser vir pra uma rave, tenho cerveja na geladeira e DJs internacionais tocando de graça dentro da minha casa.

Se abrir a janela, além da brisa, também teremos o som com mais potência. Grave... Como minha mãe diz, bate-estaca! Sim, agora entendo o que ela quer dizer com essa expressão, a tal da "bate-estaca"... Posso até gostar um pouquinho de música eletrônica (por favor, Universo, não use isso contra mim outra vez!!), mas sem estar na balada fica meio fora de contexto.

Adoro São Paulo. Aqui as coisas funcionam 24 horas. E hoje, mais do que nunca, descobri que isso é uma grande verdade! Entregam a missa de domingo na sua casa se você pedir um delivery... Mas essa rave, até onde me lembro, não foi encomendada pro único dia que posso dormir tranquila.

O mais engraçado é que o Psiu já interrompeu muitas das baladas que fui, bem mais silenciosas do que esta aqui do lado de casa, mas hoje resolveu me deixar na mão! O espírito de tia velha baixou em mim à 1h da manhã, quando tive que aumentar o volume da minha televisão pro máximo pra poder entender o que estava assistindo. Liguei 156 pra fazer uma denúncia, mas - pra minha surpresa - eles não podem fazer nada! Assim como absolutamente tudo nesse país, um pedido estará sendo encaminhado pro órgão responsável que estará verificando a veracidade de sua denúncia, e estará tentando resolver o problema dentro de alguns dias...

O nome Psiu deveria ser alterado. Na minha modesta opinião, pra Blá Blá Blá. Eu até comentei que eles teriam prazo suficiente pra verificar a veracidade, já que o evento vai rolar até as 8h da manhã. Mas, acredite, neste caso, pra acabar com a festa, eu teria que ligar pra polícia. Polícia, de acordo com o meu conhecimento, também modesto, serve pra resolver crimes, prender ladrões, proteger a cidade do mal. Certo? E o Psiu pra calar a boca de quem fala acima de 50 decibéis. Ledo engano. Hoje algum bandido sortudo vai poder fazer o que quiser, enquanto a polícia tenta baixar o volume da balada infinita.

No final da ligação, a mocinha, coitada, toda atenciosa, me desejou "boa noite". A-ham... Durma, então, com um barulho desses!

02 novembro 2010

Simples assim...


Outro dia, no começo de uma das minhas aulas, um aluno de 15 anos me fez o seguinte elogio:
- Teacher, sei que vai soar gay, mas gostei da cor do seu esmalte.
Fiquei contente. Como um garoto de 15 anos notaria a cor do meu esmalte se o cara com quem saio há 6 meses não percebeu que cortei e tingi as pontas dos meu cabelo de loiro? Na hora, as meninas da turma dele, lançaram a pergunta:
- Mas que cor é essa?
Sem pensar duas vezes, o garotão respondeu:
- Ué, é rosa. 'Cês não tão vendo?!
Óbvio que era rosa. O menino tava certo... O que ele não sabia, apesar da delicadeza dele em notar que eu estava com as unhas pintadas, é que pras mulheres o universo das cores não se resume a verde, amarelo, azul, vermelho, laranja, rosa, roxo, branco e preto. E isso vale pra tudo o que seja do interesse feminino. Esmaltes têm nomes e sobrenomes. O rosa em questão não era rosa, apesar de parecer. Na verdade, é, mas leva o nome de Charminho Lilás. Só pra confundir ainda mais a cabeça dos coitados. E isso vale pra tudo.
Bolsa, sapato, saia, blusa, blusinha, camisa, camiseta, brinco, pulseira, colar, vestido... Um pretinho nunca é básico. Pra seguir o que falam é necessário mais do que um GPS. Nem Google consegue achar o que elas comentam, falam ou discutem. As mulheres são complexas e, talvez, por este motivo, muitos homens tenham desistido de conversar com elas, preferindo ir direto aos finalmentes...

01 novembro 2010

Fodeu!

Vamos dar as mãos e dizer todos juntos Dilmavez... Fodeu! Como mulher, deveria sentir orgulho de morar num país que, a partir de janeiro do ano que vem, será comandado por uma também. Mas só de pensar que o próximo ano começa com a Dilma petista assumindo o poder, me dá vontade de contratar um coyote mexicano, fazer as malas e tentar a sorte na fronteira com os Estados Unidos, nem que seja pra ir nadando de Cuba à Flórida. Deve ser mais fácil entrar ilegalmente num país como aquele a morar nesse aqui, legalmente, com essa guerrilheira governando.

O que mais me assusta, por enquanto, é saber que quase 22% da população não votou. Não por falta de oportunidade, mas por preferir "aproveitar" o feriado viajando. Juro, se eu fosse um deles, teria vergonha de atualizar meu status no Facebook ou Twitter com algo do tipo: "Uhuuu, a praia tá demais hoje!", dar entrevista a um jornal e posar sorridente pra foto, como se a votação fosse pra escolher o próximo síndico do condomínio. Vamos combinar: 22% é muita gente! Eu, que fiquei em São Paulo, minha zona eleitoral, vou ter que engolir, pelos próximos 4 anos, a escolha daqueles que - apesar da baixa instrução - preferiram manifestar sua opinião política a ir pro Piscinão de Ramos mais próximo aproveitar o feriado chuvoso.

Daí, me pergunto: será que a minoria alfabetizada do país onde moro é mesmo inteligente? Questiono o Q.I. da população do Sul e Sudeste, que criticou tanto a escolha de Tiririca como deputado federal.

É bom que os paulistanos tenham aproveitado bastante os 4 dias de folga (como se daqui 15 dias não fossemos ter outro final de semana prolongado). Nos próximos 4 anos teremos que trabalhar muito pra bancar o Bolsa miséria pago às famílias dos nordestinos, bancado pela parte mais rica do país, a nossa. Enquanto você vira a noite trabalhando, achando que tá enriquecendo, o governo usa 6 meses do seu salário pra ajudar os 12 milhões de famílias pobres que trabalham bem menos do que você, dando a eles até R$200 mensais.

Bela escolha, hein, paulistanos... Eu deveria cobrar de cada um os meus R$2.400 a que tenho direito, pelos próximos 4 anos.

11 outubro 2010

Politicagem


Não leio a revista Veja, mas sempre olho as matérias de capa. E a desta semana foi ótima: Deus entrou no debate pra presidente do nosso país. Os candidatos (e não apenas os dois que estão disputando o segundo turno) estão pegando cada vez mais pesado pra conseguir votos. Uma aí era crente e, sim, usou a religião pra arrecadar votos.
Políticos deveriam ser neutros. Assim como os jornalistas, não deveriam expor suas preferências. Se é crente, macumbeiro, católico ou judeu, não interessa. Não é a opção religiosa que vai comandar o país.
Não me interessa saber a opinião que têm. Isso não muda a opinião que eu tenho sobre eles. Uma coisa são princípios, planos de governo, caráter. Outra é usar a opinião para conseguir chegar onde quer.
Todos têm discutido muito sobre questões extremamente polêmicas. E uma delas é o aborto. Pegar no ponto fraco do ser humano é crueldade. Até mais cruel do que aqueles que criticam tanto essa prática, seja por questões legais ou religiosas.
Quem decide ter um filho não é a igreja e nem a polícia. Quem decide é a mulher. É ela quem deveria ter a opção de escolher ter ou não uma criança que não foi planejada. Só quem já passou por isso sabe o que estou falando. Poucos sabem, mas já engravidei. Perdi o bebê na décima segunda semana de gestação (bem no dia do meu aniversário, há quase 3 anos). Mas, ao saber que estava grávida, mesmo tendo toda a informação sobre métodos anticoncepcionais e mesmo tomado os devidos cuidados, me vi diante de um puta dilema: levar ou não aquilo adiante.
Sim, sempre critiquei as mulheres que escolhiam interromper a gestação. Até viver na pele o que elas viveram. Ter que fazer esta escolha não é fácil. Nada fácil. Mas deixar isso na mão do governo ou da igreja é injusto!
Sou a favor da legalização da prática. Mas contra o uso da mesma como método "anticoncepcional". Sou a favor da educação sexual nas escolas. Aliás, sou a favor da educação antes mesmo de discutir se somos contra ou a favor de tirar a vida dos bebês. Sou a favor de educar as crianças que já nasceram pra que as próximas possam se tornar adultos melhores e com mais oportunidades.
Depois de muito pensar, decidi ter o bebê. Não porque condenava o aborto, mas porque receberia o apoio de muita gente nesse momento da minha vida. O que não acontece com muitas daquelas que não têm a mesma sorte e acabam parindo filhos que poderiam ser evitados ou "interrompidos", se pudessem ter esta escolha.
Discutir sobre a legalização em campanha eleitoral é baixo demais. É desumano. Mais até do que tirar a vida de um feto que ainda nem tem consciência da vida, quanto mais de um voto.

05 outubro 2010

Mais 5 coisas

Há pouco tempo fiz um post sobre 5 coisas curiosas a meu respeito. Não revelei nenhum segredo, até porque segredos não foram criados pra serem revelados. Mas, vou aumentar essa lista. Pensei em mais 5 coisas curiosas sobre mim e aqui estão elas:

1. Farinha Lactea - amo comida de bebê. Farinha Lactea, aquelas papinhas de frutas da Nestlè, hmmm... Amo! Outro dia cheguei a comer o restinho que sobrou da minha sobrinha. A de maçã é a minha preferida. O problema é que essas coisas custam muito caro. Então só tenho surtos aperitivos infantis muito esporadicamente.

2. Banheiro público - morro de medo de ficar presa em banheiros públicos. Tenho pavor!! Toda vez que tranco a porta, tento abrir de novo só pra ter certeza de que ela vai abrir quando eu sair. E mais: os banheiros precisam ter essa portinha com abertura por baixo pra que eu me sinta tranquila, no caso de ficar presa do lado de dentro.

3. Sozinha - morro de medo de morrer sozinha. Não solteira ou desacompanhada. Mas moro sozinha e fico sempre achando que vou morrer e ninguém vai saber. É meio mórbido, eu sei... Mas tenho essa neurose. Já pensou?

4. Escova de dentes - tenho mania de escova de dentes azul. Não consigo usar escovas de outra cor. Toda vez que compro uma que não seja azul, ela acaba virando enfeite na pia do meu banheiro. Todas as minhas precisam ser azuis!

5. Diário - apesar de já ter passado dos 30, eu ainda mantenho um diário. Aliás, o primeiro eu comecei com 10 anos. Minha mãe me deu um caderno quando saí de férias e viajei pra fazenda do meu tio, pedindo que escrevesse tudo o que acontecesse no meu dia. Acho que é porque eu não queria ir, sei lá. Depois disso, como todas as meninas, tinha minhas agendas. O tempo passou e, moderna que sou, criei um blog onde comento coisas sobre o meu dia. Não é segredo, mas também não fico divulgando ele por aí. Só não dá mais pra guardá-lo embaixo da cama!

26 setembro 2010

E daí?

Você começa um relacionamento amoroso e sabe, de cara, que em algum momento vai acabar. Pode ser cedo, pode ser tarde, mas vai. A única coisa que resta a fazer a respeito é aproveitar cada pequeno momento como se fosse acabar daqui dois minutos e torcer pra que não acabe nunca.

Mas você sabe. No fundo você sabe que quando escutar sozinho aquela música que vocês dois escutavam juntos, isso te fará lembrar dela e fará doer.

Você sabe que, quando estiver no ônibus e passar por aquele bairro, verá pela rua os fantasmas de vocês dois andando de mãos dadas, discutindo trivialidades.

Quando a TV anunciar aquele filme que vocês viram no cinema, isso te lembrará o quanto ela gostava de pipocas.

Quando alguém passar por você na rua, exalando o perfume que ela usava, você sentirá nos lábios o gosto do pescoço dela como se a tivesse beijado segundos atrás.

Você sabe.

Mesmo que seja você quem dê cabo da relação. Mesmo que você tenha se esgotado, você sabe que, quando estiver naquele restaurante e vir no menu o prato favorito dela, sentirá saudades do som de suas risadas.

Sabe que quando vir um casal pela rua, isso te lembrará o medo que você sentia de ela um dia te deixar.

Quando alguém cometer o mesmo erro de português que ela tinha mania de cometer, você sentirá ternura e um vazio imenso (ainda que momentâneo) por nunca mais ter ouvido aquela voz de novo.

Numa manhã qualquer você vai acordar sozinho e se lembrar de quando acordava vendo o sorriso dela te dizer bom dia com a voz rouca.

Um dia você vai emprestar pra alguém o livro que ela te deu, só porque sabe que essa pessoa não é do tipo que devolve livros emprestados. Só porque olhar pra ele na estante te faz lembrar das tardes em que vocês discutiam o livro fervorosamente. As tardes em que vocês não queriam sair de casa. Os dias em que ela andava pela casa só de calcinha. O perfume dos cabelos dela nos seus dedos. E aquele olhar meigo com a cabeça cheia de espuma de xampu.

Você começa um relacionamento amoroso já sabendo que algum dia ele vai acabar e que esse fim vai te causar muita, muita dor.

Mas, e daí?

O texto não é meu, mas do blog Porn Rocker. Aliás, um dos meus preferidos... Pra quem não gosta de coisas "quentes" vá com calma... Mas, vale a pena!

17 setembro 2010

(bom) Censu


18H30 de sexta-feira em casa! Praticamente um milagre neste ano... O elevador estava até na garagem, me esperando. Pensei: que sorte! Subi, dexei minhas coisas no meio do caminho, fui logo tirando a roupa pra entrar no banho, quando o interfone toca. Era o meu porteiro: - Juliana, a moça do Censu tá aqui. Você desce pra falar com ela ou peço pra ela subir?
Pensei: Se ela subir, vai me encontrar pelada... Vou ter que vestir a roupa de qualquer jeito, então "Vou descer". Queria fugir dela como fujo das reuniões de condomínio. Mas, não ia dar. Ou eu descia, ou ela subia. Cheguei no hall de entrada do prédio e três meninas gritavam histericamente. Minha cabeça que, esta semana não anda muito bem, quase estourou. As mães das garotinhas não fizeram nada, deixaram as três gritarem até o pulmão saltar pela boca. Só quando uma delas caiu no chão é que a brincadeira acabou e o silêncio ganhou lugar.
Depois de uma semana inteira lidando com crianças histéricas, o que eu menos precisava no único dia em que tenho a oportunidade de estar em casa mais cedo era mais uma amostra do quanto este bando mirim de pessoas ainda precisa ser domado. Qualquer pessoa que me conhece (pouco) sabe também que detesto responder pesquisas ou coisas que dizem respeito a mim. Portanto, crianças gritando e uma moça do Censu era exatamente o que eu não precisava numa sexta-feira.
Mas, vamos lá... Cumprir o papel cívico: responder à pesquisa do Ibge. Logo na primeira resposta a mocinha me informa: - Ish, vai demorar... Bastou eu dizer que era solteira e que não tinha filhos pra ela mudar de idéia: Ah, então vai ser rápido! Pensei: "Graças a Deus!".
Perguntas básicas sobre quantidades de aparelhos eletrônicos em casa, automóveis, cômodos, tempo gasto do trânsito, salário e blá blá blá... "Quantas horas você trabalha por semana?", perguntou. "Umas 60, 12 horas por dia, praticamente", respondi. "Nossa! Tudo isso?"... Sim, tudo isso, já que o governo rouba 6 meses do meu salário por ano, não me sobra muitas opções.
"Tem água encanada em casa? Luz elétrica? Acesso à internet?"... Vontade de responder cada coisa. "Não, mocinha, eu moro numa caverna... Aliás, o que você tanto escreve nessa calculadora?". Cada pergunta... "Usa óculos? Teve problemas para executar alguma atividade que involvesse sua capacidade mental e intelectual? Precisa de auxílio para exercer alguma atividade?"... Sim, sou míope, retardada, mas consigo trocar o chuveiro quando ele queima... Sozinha!!
"E qual é a sua religião?". "Sou católica!", respondi, achando que seria simples... "Mas é católica liberal, romana, protestante, apostólica ou ortodoxa?". Hein?! Múltiplas escolhas? É nessas horas que entendo porquê as pessoas mentem quando respondem pesquisas... Se eu tivesse dito que era atéia, talvez o banho teria começado bem mais cedo!
Agora já faço parte das estatísticas. Será que sou maioria, minoria ou tô na média? Bom, média foi o que fiz. Papel cumprido, hora de voltar de onde eu tinha parado.

04 setembro 2010

Votar pra quê?


Quando digo que já perdi as esperanças nesse país não estou mentindo. Tem gente que acha exagero, protesta, diz que eu deveria mudar a minha opinião, afinal isso aqui é mesmo um sonho de lugar. Bom, eu não acho. E quando se começa a pagar impostos... Daí a certeza só aumenta.

As eleições já são no mês que vem. Essa seria a oportunidade perfeita pro brasileiro me fazer mudar de idéia. Mas, ao invés disso, só fazem aumentar o nojo que tenho do cenário político e da imbecilidade que impera na cabeça desse povo.

Pra começo de conversa, se o voto não fosse obrigatório, talvez o resultado das eleições seria realmente satisfatório. As pessoas não votariam no primeiro otário que promete o impossível. Mas fariam uma escolha decente, porque estariam realmente interessadas nos resultados.

Eu prefiro me omitir na maioria das vezes: voto em branco ou anulo meu voto quando não chego a conclusão nenhuma de quem mereceria a minha torcida. Porque, de verdade, gostaria que o botão "corrige" servisse pra corrigir a merda que virou isso aqui. Não assisto horário político porque acho tão inútil quanto ler o perfil de alguém numa dessas redes sociais: é muito blá blá blá pra impressionar aqueles que não tem bom senso pra discernir o que é verdade e mentira.

Não é porque Arnold Schwarzenegger se tornou um bom governador na Califórnia que outras "celebridades" podem usar o horário político pra promover a imagem podre que têm. Ou você acha mesmo que o KLB, a Mulher Melancia, o Tiririca e tantos outros "candidatos" estão lá pra defender os seus interesses em Brasília?

A maior prova de que estão realmente tirando com a sua cara é a campanha do Tiririca. Em momento algum ele diz o que pretende fazer se for eleito. E não duvido que isso aconteça... E quero estar bem longe daqui quando perceberem a merda que fizeram.

Ainda bem que acabei de renovar meu passaporte, tenho visto válido e um certificado que me dá a chance de trabalhar em qualquer país do mundo. Se o brasileiro não sabe fazer suas escolhas, sou privilegiada por poder fazer algumas das minhas.

* (atualizado) Me parece que Tiririca está concorrendo de novo a um cargo público e em sua campanha ele mostra o que é Brasília: um carro velho. Well done, palhaço!

28 agosto 2010

Quanto mais velho... melhor!

Tem coisas que só ficam melhores com o tempo. E é nessas horas que eu vejo como é bom ter deixado os 20 anos pra trás. Não que 30 e pouco seja lá muita coisa, mas assim como uísque e vinho, quanto mais velho, melhor!

Por exemplo, Hugh Laurie, o ator de House. Ontem estava assistindo a uns vídeos dele, antigos... (se clicar no nome dele aí, vai assistir também). Que horror! Lógico que tem o fator "moda do momento", aquele cabelo ou roupa que você desejava não ter usado, mas vendo a foto aí do lado, da sétima temporada do seriado que ele faz... Vejo que o tempo deixa as coisas muito mais interessantes.

Não é porque já passei dos 30, mas os garotos de 20 anos parecem muito sem graça pra mim, hoje em dia. Eles não mudaram muito da época em que eu tinha 20. As meninas dessa faixa etária também não são lá essas coisas... Muito inseguras, se prendem a coisas que não valem a pena. Já fui assim, também. Mas o tempo ensina com o que e com quem se preocupar e ocupar.

Envelhecer não é ruim. Ruim é ser novo demais pra não perceber que as boas coisas da vida não são aquelas que acabaram de chegar ao mercado. Novidades não tem experiência na bagagem. Já as antiguidades... Assim como uísque e vinho, dependendo da dose, é de fazer perder a cabeça!

24 agosto 2010

Sai pra lá!


Tem gente que não acredita, mas que eles existem... Existem! E além de gordos, vigiam. É igual vida após a morte, ou até mesmo vida em outro planeta. Ninguém gosta de comentar... Mas não dá pra negar que estão lá.
Seria pequeno demais achar que estamos sozinhos por aqui. Ou por aí. Até porque não estamos mesmo! Se mortos ou ETzinhos não existem pra você, tem o olho gordo pra compensar.
Ando bem cansada ultimamente e achando a vida uma merda. Talvez por não ter muito tempo pra aproveitá-la, afinal tenho que trabalhar muito pra bancar as minhas contas. Sobra pouco ou quase nenhum tempo pra diversão. Mas, o mais curioso disso é saber que tem gente que gosta de cuidar da minha vida, que acha tudo isso muito interessante mesmo assim. Fica de olho em cada passo que dou. Agradeço a preferência, mas acho isso tudo uma tremenda necessidade de ajuda psiquiátrica!
Daí, você diz: mas com esse bilhão de páginas na internet que você tem, por que achar ruim? Eu não acho ruim. Na verdade, não ligo. Afinal, como muitos sabem, estou há muitos quilometros de distância das pessoas que amo... A internet ajuda a aproximar. Acho mais prático manter contato online a ligar pra minha mãe às 4h da manhã, antes de dormir depois de um dia cheio de trabalho, pra dizer que estou bem. Salvo ela de um infarto e administro melhor meu tempo.
Mas gente vigiando... Vamos concordar: é um saco!

14 agosto 2010

5 coisas


Ok, não falo sobre a minha vida. Simplesmente porque não gosto ou, às vezes, não me sinto a vontade. Algumas vezes, por pura preguiça ou achar que não interessa a ninguém mesmo. Mas, outro dia, estava pensando umas coisas malucas a meu respeito, ou coisas que já me aconteceram, e cheguei à conclusão de que nenhuma delas poderia receber o rótulo "segredo", já que os mais próximos, em algum momento, tomaram conhecimento. Resolvi escolher 5 delas pra colocar aqui...

1. Relacionamento a distância - Namorei um americano. Entre idas e vindas, vai e volta, ficamos juntos por quase 6 anos. Não foi a distância que nos separou, mas o Sr. Obama... Meu agente do FBI foi enviado à Cuba pra trabalhar em Guantanamo, às vésperas de procurarmos um lugar pra morar.
2. Coca-Cola - acho que já virou vício e a Coca-Cola deve faturar uma grana boa com o meu consumo diário. Tenho consciência de que sucos são mais saudáveis, mas não me mantem acordados depois do almoço. Pra conseguir dar conta do trabalho à tarde, tenho que tomar - pelo menos - meia latinha.
3. Telefone - Apesar de ter 3 números diferentes, odeio conversar ao telefone. Mas tenho uma mania: se estiver em casa, só consigo atender ligações sentada na minha cama. Se, por acaso, atender uma chamada em qualquer outro canto da casa, provavelmente não me lembrarei do que foi conversado.
4. Filmes de ação - Ao contrário das moças da minha idade e sexo, não gosto de filmes água com açúcar. Romances não me apetencem e nem me prendem na frente da TV. Não gosto de assistir filmes que me façam chorar. É por isso que minha coleção de DVDs de filmes e seriados agradariam qualquer macho.
5. Fantasmas - I see dead people. E sonho com eles também. Mandam mensagens e tudo mais. Você pode até acreditar que isso não existe, mas mudaria de opinião se tivesse visto tudo o que já vi por aí... Apesar de ter este "dom", não gosto. Morro de medo e agradeço quem já passou dessa pra uma melhor e respeitou o meu cagaço... Se, por acaso, você que não acredita que existe vida além daqui mudar de idéia quando estiver do outro lado, por favor, não me procure!

08 agosto 2010

Até...


Não existe nada pior do que ter que se despedir de quem a gente gosta. Dizer tchau é uma merda e isso nunca vai mudar. Não adianta querer fazer com que seja divertido, inesquecível ou agradável... Nada tira aquela sensação de "e agora?". Nada facilita uma despedida. E nada preenche o vazio.
Não foi a primeira vez. E, pra piorar, sei que não será a última. E, exatamente agora, só existe um lugar no mundo aonde eu queria estar. Ele será o mesmo, não importa quando estiver lendo isso aqui.
Uma vez duvidei da existência de Deus. Hoje, chego à conclusão de que ele é sádico mesmo. E aquele papo de que devemos amar e respeitar uns aos outros? Pra tornar as coisas ainda mais difíceis na hora de uma separação?
Eu acredito muito nessa coisa que de nada e nem ninguém passa ou entra na nossa vida por acaso. Mas tirá-las no melhor da festa? Pra mim, não faz o menor sentido... Cada vez mais aprendo sobre o desapego. Infelizmente, não me refiro ao material... Acho que certo mesmo estão aqueles que não dão à mínima pros outros.
É triste ver que, todo mundo que eu gosto, vai embora sem dar a menor importância em como eu vou me sentir...

30 julho 2010

Por que não gosto de Angelina Jolie?


Lá vem mais um post amargo... Sim, e bem amargo. Comentário à parte, esses dias, com o lançamento de mais um filme da Angelina Jolie e com fotos dela espalhadas por todos os lugares, não pude deixar de pensar o quanto essa moça me causa asco!

Pra começo de conversa (e sei que muita gente vai discordar), não acho que ela seja a oitava maravilha do mundo, nem a primeira. Nem a milésima. Aliás, da minha lista, essa daí tá fora. Bom, não que eu goste de mulher, porque não gosto mesmo, urgh! Mas acho que existem outras bem mais bonitas por aí. Dita Von Teese, por exemplo. É bonita, faz strip tease pra ganhar a vida, e nem por isso tem cara de puta.

Jolie faz cara de sexy sempre. Até pra peidar, imagino. Daí, fica com cara de puta. Fico imaginando ela cozinhando, escovando os dentes, sei lá... limpando a bunda, a casa, que seja, e fazendo a mesma cara sempre... Com aquele mesmo olhar, que ela acha sensual, mas eu não. Já reparou que ela sai com a mesma cara em todas as fotos? Acho forçado... Não dá!

Ela me lembra uma chefe que tive, que assim como Angelina, também pensava ser fodona. Fisicamente, as duas se pareciam. Então, por achar que se parecia com ela, ela também se achava a rainha da cocada preta. Afinal, quem não gosta da Jolie? Eu!

Outra: ela tem tatuagens toscas e a boca inchada de quem acabou de tomar uma bofetada daquelas bem merecidas. Não consigo achar nada nela que me agrade. Absolutamente... nada! Pra completar, é biscate. Roubou o marido da Jennifer Aniston, que sem forçar nenhuma barra, é bonita e sensual pra chuchu.

Daí você diz: mas ela tem um coração bom, faz caridade, adota crianças abandonadas e blá blá blá... E eu respondo: caridade que não é anônima, é vaidade. É igual a zero. Então, o papo de Angelina-boa-moça não me desce. Sei lá, mas acho que ao invés de adotar uma criança atrás da outra, Angelina deveria adotar no lugar uma boa dose de bom senso e simancol. 

23 julho 2010

A verdade dói, né?

Então quer dizer que a opinião de Sylvester Stallone sobre o Brasil magoou o povinho do Twitter, né? Ai, ai... O dia em que essa criançada, que passa o dia online falando da própria vida e sobre outras futilidades, começar a pagar contas e impostos e ver que o país onde moram não está na lista das Maravilhas do Mundo, talvez seja meio tarde pra concordar com o Rambo.

Todo brasileiro sabe (e sempre repete) que o Brasil é uma merda, vive reclamando sobre isso na TV ou por aí. Daí, vem o Stallone tirar as palavras da sua boca e o povo fica nervoso.

E daí que ele fez piada com o país? E se está descontente com as filmagens no Rio de Janeiro? Quantos de vocês não metem o pau nos outros países também, hein? Ou você é um dos poucos a achar que os Estados Unidos é uma beleza de lugar?

"Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles ainda dizem obrigado", disse ele. Bom, se o país fosse ótimo e seguro, ele não precisaria de 70 seguranças pra garantir o bem estar da equipe de filmagens, formada por 65 brasileiros, e mais: todo mundo sabe que Stallone gosta de explodir as coisas e não veio até aqui pra filmar a bunda das mulatas brasileiras ou um treino de futebol, que é o que importamos. Certo? "Os policiais do B.O.P.E usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro. Já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar". Concordo!

Vamos lá, a uma rápida análise do país onde moramos: qual o índice de aprovação por boas notas nas escolas públicas daqui mesmo? E o sistema público de saúde vai bem? Daqui a 4 anos sediaremos a Copa e tenho absoluta certeza de que governo nenhum pretende investir os impostos que eu pago em nenhuma dessas duas áreas. Bom, eu não jogo futebol, então, que vantagem eu levo morando num país com educação e saúde precários se parte do meu salário não será revertido pra algo que realmente vá fazer o país andar pra frente?

E, por falar em andar... Ônibus e metrô? Eu tenho carro, mas aposto que quem ficou nervosinho com o Stallone usa transporte público quando precisa ir ao shopping! Há pouco tivemos a Copa do Mundo, um monte de bandeiras enfeitavam quase todos os lugares por onde eu passo diariamente, bastou a Seleção Brasileira ser eliminada do campeonato pro patriotismo ir pro fundo da gaveta. Recentemente, um garoto foi atropelado num tunel no Rio de Janeiro. Pro azar de quem atropelou, o moço era filho de uma atriz famosa... Engraçado! Quando a Polícia carioca parou o carro do criminoso logo depois do acidente, mesmo sendo óbvio que algo tinha acontecido, o oficial liberou o veículo porque não encontrou nenhuma irregularidade. Não sei, mas acho que rolou uma propina aí... Que país lindo e justo este, não?

Nossos políticos também são um exemplo de honestidade. A Justiça daqui é rápida e exemplar. Estou esperando receber - na Justiça - salários que uma empresa me deve há quase 5 anos. E esse é um exemplo pequeno, afinal, trabalhei e, lógico, tenho que entrar na Justiça pra ser paga, né?

Bom mesmo é pagar uma conta altíssima de um serviço que é uma merda. Quando você liga pra reclamar que o serviço não está sendo oferecido adequadamente, além de ter que lidar com atendentes em estados de pré-alfabetização, é obrigado a esperar mais 48 horas pra que algo seja feito. Legal é ir ao shopping e ver nego saudável e jovem estacionando o carro em vagas de deficientes e idosos. Democrático é ser obrigado a votar num bando de canditado ladrão. Bacana é trabalhar 6 meses só pra pagar impostos...

Impostos, aliás, é o que não falta por aqui. E pra onde vai o dinheiro? Pra minha conta, não vai. Aposto que pra sua também não! O dia em que essa pivetada do Twitter deixar de ganhar mesada e tiver que ralar de verdade pra ganhar o deles e descobrir que boa parte do que recebem têm que ser "doado" ao governo, daí sim Stallone vai ter razão...

Não gosto do Brasil. Já perdi as esperanças nisso aqui. Se dói ouvir um gringo declarar que o país é uma merda, dói muito mais estar aqui há 34 anos e ver que nada vai mudar. No final do dia de hoje, Stallone resolveu pedir desculpas pela declaração... Bom, ele lamentando ou não, a situação aqui vai continuar a merda que sempre foi. Certo?

22 julho 2010

Um pouco de respeito é bom


Decidi que não falo mais sobre a minha vida. Não aqui. Até porque, se for procurar com calma, vai ver que não falo mesmo. Não interessa a hora que acordo, o que sonhei, o que comi, o meu dia no trabalho, com quem saí ou o que tenho aprontado por aí. Em tempo, um aviso a quem acabou de chegar: se é esse tipo de informação que procura sobre mim, tá perdendo o seu tempo. Aqui só vai mesmo encontrar o que penso sobre um monte de coisas...

Mas, voltando... Não falo mais sobre a minha vida. Com ninguém. Pode parecer uma decisão radical, extrema, irracional, mas - de agora em diante - vai ser melhor assim. Se as pessoas que me conhecem já me acham quieta e fechadona, a partir de agora vai ser praticamente impossível saber o que rola nessa ilha onde decidi morar.

Tudo bem, ninguém nasceu pra viver isolado. Mas acho que Adão e Eva (se é que eles realmente existiram) não tinham idéia de como seria complicado conviver com outra pessoa e tudo o que ela tem a oferecer (ou não) quando estavam lá no Paraíso. Tem gente que chama isso de introspecção... Eu, pra variar, prefiro não dar nenhum rótulo e falar só de amenidades. Como anda o tempo, o trânsito, o Campeonato Brasileiro, a economia mundial, essas coisas que não revelam o que você sente ou o que você anda fazendo.

Eu ainda não consigo entender o que se passa na cabeça das pessoas (nem na minha, direito e com frequência), o quanto elas respeitam (ou não) o que sinto e as vontades que tenho. Então, acredito, que quanto menos falar, melhor. Se essa coisa de "olho gordo" é verdadeira, a minha vontade pra que algo dê certo, mesmo sendo muito forte, acaba sendo enfraquecida pela vontade dos outros. Não me importa mais se querem meu bem ou não, se querem me ver feliz ou deprimida, eu não falo mais!

Talvez, se eu falar menos, sobre o que quero e como me sinto, as pessoas passem a respeitar mais as minhas vontades, por não conhecê-las.

19 julho 2010

No mesmo lugar


Se tem uma frase que me tira do sério é essa tal de "E aí, sumida?". Chego a nem responder, pra daí sim dar motivo do meu "sumiço". Acho engraçado como as pessoas acham que eu, de uma hora pra outra, sumi do mundo. Devo ter sido abduzida e não sei. Alguém pode ter me sequestrado e esquecido de pedir o resgate... Ou então, eu posso estar exatamente no mesmo lugar em que sempre estive, mas quem deixou de me procurar foi você!
Lógico que eu tenho meus momentos de reclusão total. Como agora. É como se eu entrasse numa solitária e ficasse lá o tempo que eu quisesse, evitando todo mundo (ou quase todos), mas isso não quer dizer que mudei de planeta, de telefone ou de nome.
Continuo, impressionantemente, no mesmo lugar onde sempre estive. O endereço é o mesmo, infelizmente não mudei de país e os telefones também continuam com os mesmos números, interessantemente na mesma ordem, o que poupa o trabalho de qualquer um em fazer combinações. Se não me encontrar por aí, trabalhando, pagando contas ou batendo pernas no shopping de vez em quando, joga meu nome no Google. Eu, por mais incrível que pareça, também estou lá!
Acho cômodo alguém, do nada, surgir e dizer que estou sumida. Chego a ter 5 ou 6 recados no meu Orkut, seguidos, perguntando a mesma coisa. Já até pensei em se tratar de um desses vírus do tipo não-clique-aqui-ou-seu-perfil-mandará-mensagens-de-e-aí-sumida?-pra-toda-a-sua-lista-de-contatos. Mas não. Imagino que isso deve ser o peso na consciência. Deve ser duro chegar à conclusão de que, quem sumiu, na verdade, foi você. E pra não soar assim tão mal resolve mandar a culpa pro lado de cá. A distância daqui pra onde quer que você esteja é a mesma. Você não vai dar um passo além dos que eu daria se estivesse a fim de procurar você.
Como pode ver, estou vivinha da Silva.

14 julho 2010

Fast forward


Eu não sei viver em slow motion. Tem horas - e não são poucas - que o que mais quero é acelerar a vida pra ver o que vai acontecer lá na frente. Sou impaciente, ansiosa e fico à beira do surto quando preciso esperar ou dependo das decisões dos outros pra seguir adiante. Odeio pausar a vida e não consigo entender quem vive assim.

Lógico que, em alguns momentos, adoraria que a vida parasse. Na verdade, seria perfeito se pudéssemos acelerar, pausar, voltar no tempo dependendo da vontade e dos acontecimentos. Feliz era Ashton Kutcher em Efeito Borboleta... Voltar no tempo pra consertar as m***, adiantar o tempo pra ver se funcionou. Mas uma coisa é certa, se pudesse, na maioria dos casos, aceleraria bastante. Não pra ter certeza de que tudo deu certo, mas pra me livrar de certos furacões que insistem em passar na minha vida, tirando o chão e levando aquilo o que acha que é de direito.

Não gosto dessa coisa morna e, quando algo não anda da forma como eu gostaria, não importa o que você diga, tudo o que vou ouvir, dali em diante, pra mim, não vai passar de um vazio blá blá blá...

Fazer o quê. Sou assim. Já falei sobre isso antes e não mudei de lá pra cá. Vai ver que só mudo o dia em que morrer do coração. Com ele assim, bem acelerado...

07 julho 2010

Quanto vale a vida?


Três mil reais pode ser o preço de uma vida. Mas também pode valer bem menos. Tem bandido que aproveita a oferta de um par de tênis, de um maço de cigarro ou uma garrafa de pinga vagabunda. A vida já não está valendo mais nada pra alguns. Não pros que vivem, mas para aqueles que levam embora a vida de outros.
Quando estava na quinta série, "descobri" o Museu do Crime, da USP. Tinha apenas 10 anos, ou seja, idade nenhuma pra entrar no lugar. Mas, naquela época, o crime da mala, principal atrativo da exposição tão comentada entre os meus amigos, chocava. Era bárbaro imaginar que um marido poderia esquartejar a mulher grávida, colocar numa mala e despachar o corpo num navio. Os bandidos daquela época eram monstros... Não que tenham virado heróis, mas seus métodos de matar pessoas já não impressionam ninguém.
É sádico ler detalhes das mortes de hoje em dia, apesar de arrepiar, as pessoas não se surpreendem mais. Parece que esperam sempre que algo pior aconteça. Jogar a própria filha pela janela, arrastar um moleque pendurado pelo lado de fora do carro, entregar o corpo da ex-amante como ração pra cachorro... Como será o próximo?
Ontem, lendo pela primeira vez algo sobre o caso do goleiro do Flamengo, tive a certeza de que as pessoas cruéis perderam a noção do que é limite. Infelizmente, logo menos, outro crime chocante vai acontecer por aí... Talvez mais surpreendente do que este, ou não. Por mais lógico que seja o motivo, ainda assim, não será o bastante pra que outra pessoa perca a vida.

28 junho 2010

A quem possa incomodar


Criei esse blog há 3 anos. Atualizo sempre que tenho algo a dizer ou tempo. Infelizmente (pra muita gente, não pra mim) não sou madame, filhinha de papai e nem estou com a vida ganha pra postar coisas novas TODOS os dias.

Aliás, jamais tive a pretensão de que alguém, algum dia, fosse ler o que escrevo aqui. Pois é, 3 anos depois e já tô perto das mil visitas. Confesso que isso chega a me surpreender um pouco.

Tem gente que realmente gosta do que escrevo. Tem gente que segue. Tem gente que só lê e não se manifesta. Tem gente que prefere fazer os comentários pessoalmente ou por e-mail. Mas tem aquele tipo de gente pé no saco, que se dá o trabalho de vir aqui só pra me ofender ou tentar me tirar do sério. Gratuitamente e, covardemente, de forma anônima e desagradável.

Acho incrível! Mas, fazer o quê? Tem gente que realmente "perde tempo" fazendo isso, o que só me leva a acreditar que este tipo de comentário vem de quem tem de sobra aquilo que mais me falta atualmente: TEMPO!

Conheço TODOS os leitores disso aqui. Os que não deixam comentários, muitas vezes comentam, elogiam ou criticam por e-mail. Por isso, e infelizmente, mais uma vez, quem quiser se manifestar a partir de agora vai ter que mostrar a cara e assinar embaixo.

Isso aqui não é a privada da sua casa, onde você vomita toda a merda que come por aí.

Já faz tempo que lidamos com a internet. Mas ainda tem gente que não é civilizada o bastante pra saber usá-la. Todos os comentários, críticas e elogios são bem-vindos. Desde que façam sentido. Ataques gratuitos, eu dispenso. Dizer que sou uma pessoa frustrada com a vida quando escrevo que sou contra o país parar por causa de uma Copa do Mundo é coisa de quem realmente não tem porra nenhuma pra dizer ou acrescentar. Portanto, este tipo de comentário não me interessa.

Pra quem deixou, meus sinceros pesares... Mas aqui vai meu conselho: o que você precisa, de verdade, é de ajuda psicológica. Procure a terapia ao invés de clicar em comentários quando precisar desabafar. Aposto que já está bem grandinha pra tocar a campainha da casa dos outros e sair correndo, né?

27 junho 2010

Tamanho P


Calcinhas precisam ser confortáveis. Mulheres e ginecologistas concordam com a afirmativa, dizem que os modelos maiores são mais saudáveis e incomodam menos. Mas por que tantas mulheres têm aversão ao uso do fio-dental de vez em quando, nem que seja pra agradar um pouquinho aquela pessoa que adora te ver pelada?
Certo dia, conversando com umas amigas, percebi que sou minoria. Pensei nas últimas peças que comprei e que lotam a minha gaveta e, sim, a maior parte delas provavelmente serviriam na minha sobrinha. Uma delas disse que, numa aposta com o namorado, foi questionada por jamais usar um desses modelinhos pequenos. Reclamou que incomodava, deixava a bunda grande e com jeitão de vagabunda. Poderia listar outros argumentos que me fizeram ter pena do rapaz em questão, que precisou fazer uma aposta pra ver a namorada do jeito que ele gosta.
Para algumas, calcinhas do tipo frio-dental podem ser um estorvo mesmo. Até entendo, quem não sabe comprar e usar um tamanho PPP deve sofrer horrores. Mas, vamos concordar: não são as calçolas bege estilo vovó que fazem os homens morrer de tesão. Aquelas que ainda pensam que homens sonham com mulheres que usam calcinhas fofinhas com estampas de bichinos anime são as mais propensas a serem passadas pra trás por mocinhas com cara de santa que, por debaixo da burca, se vestem do jeito que o diabo gosta!

21 junho 2010

Amigos?

Homens e mulheres podem ser amigos? Teoricamente, sim. Quantas vezes se precisa de alguém pra conversar e pedir conselhos, e nessa hora só um amigo homem pra explicar como entender um outro homem? Ou vice-versa...

Várias coisas a gente já sabe, mas o que nos deixa perplexas é que eles não podem ver um rabo-de-saia sem fazer uma profunda avaliação, dos pés à cabeça. Nem que a avaliada em questão seja a própria amiga. E é aí que eles, sem perceber, acabam mostrando que todos os homens, de todos os tempos e galáxias, são exatamente iguais.

Um amigo pode sempre dar dicas e também explicar a razão pela qual, depois de passar a noite de sábado inteira dizendo e mostrando o quanto você é especial, no domingo trocar você pelo futebol com os amigos.

Ter amigo homem é preciso. Ele pode até morrer de tesão por você, te chamar de gostosa, investir, mas jamais ultrapassará a fronteira da amizade se você não der corda. Um amigo homem jamais irá desejar o seu mal, ou invejar aquilo que você tem. De coração, vai querer que você seja feliz e fará - muitas vezes sem perceber - ver o quanto você também é preciosa.

Já o mesmo não acontece com as amigas... Conto nos dedos de uma mão, a quantidade de meninas em quem posso confiar. Já me decepcionei com muitas "amigas", que juravam querer a minha felicidade, mas bastava virar as costas pra torcer pra que eu fosse infeliz. Mulheres falam de coisas fúteis, falam mal de outras mulheres, dos homens, de mais coisas fúteis, de homens e outras mulheres, delas mesmas e do fato de serem o centro do universo.
No final das contas, percebo que amigo homem é o melhor amigo da mulher... Tenho os meus, não são poucos, adoro... e recomendo! Nada melhor do que sentar numa mesa de bar com eles e ver - enquanto a mulherada aposta que estão galinhando por aí - discussões calorosas sobre carros, futebol, tecnologia e as amigas gostosas que eles têm!


19 junho 2010

Patriotismo não é isso


Brasileiro só sabe ser patriota a cada 4 anos. Nem em ano de Jogos Olímpícos ele se esforça tanto pelo país. Se não tiver futebol no meio, brasileiro quer que o país se foda.
Começou outra Copa do Mundo (e eu tô contando os minutos pra isso acabar logo) e, de uma hora pra outra, ficou bonito carregar a bandeira verde-amarela no carro, pintar as unhas nessas cores, vestir a camisa. É muito blá blá blá pra quem, no fundo, não tá nem aí pro país onde mora.
Em dia de jogo todo mundo se mobiliza, sai do trabalho mais cedo, reúne a maior galera, prepara a festa. Mas reclama do país onde mora e não usa o mesmo esforço pra mudar alguma coisa por aqui.
Seria lindo se - mesmo que - de 4 em 4 anos, todo brasileiro parasse em prol do país onde mora. Reunisse os amigos pra juntar roupas e alimentos pra ajudar quem não tem. Se saísse do trabalho mais cedo pra montar uma ONG que ensina analfabetos a ler. Se, ao invés de encher a cara num bar na frente da TV, arregaçasse as mangas pra transformar isso aqui num lugar pra se ter orgulho. E não ser conhecido apenas como o país do futebol.
O Dunga escalou um bando de nego que tá bem de vida e que vai ganhar ainda mais dinheiro, ganhando ou não a Copa. Enquanto a sua vidinha vai continuar a mesma merda depois do mundial. Como torcer pro Brasil se o país pára pra ver um jogo de futebol?
*Só pra constar: ganhei, junto com uma das turmas de alunos que tenho, uma "competição" pra arrecadar roupas pra Campanha do Agasalho. Digo "competição", porque não acredito que ajudar seja competir. Fiz a minha parte, e não fiz mais do que a minha obrigação.

05 junho 2010

I do!


Hoje acordei com uma idéia na cabeça: quero me casar em Las Vegas! Pode parecer piada, eu sei. Mas não é. Na verdade, essa vontade nem é nova, não inclui meu noivo fantasiado de Elvis Presley e nem eu com uma perucona loira à lá Marilyn Monroe. Pra "desespero" da minha mãe, que um dia confessou que gostaria de ver a filha dela entrando na igreja de branco, véu e grinalda, a imagem que eu tenho do dia em que eu disser "sim" é bem mais rock n' roll.

Na verdade, nunca me imaginei casando. Apesar de ser "menina" e, lógico, querer dividir a minha vida com alguém, sempre achei que casamento não era evento. Talvez por isso não me veja "fantasiada" de noiva, cortando o bolo e bebendo champanhe numa festa lotada de gente que, um dia, passou pela minha vida. Deve ser algum distúrbio, ou falta do chip matrimonial no meu sistema, defeito ou excesso de hormônio masculino, que me fazem gostar só da festa de casamento dos outros. E não desejar, em nenhum momento, algo semelhante pra mim.

Sempre disse que trocaria a festa por uma viagem a dois. Afinal, casamento é isso. Coisa a dois. E não algo que precise incluir 200 convidados, bem-casado, padrinhos, damas-de-honra, lembrancinhas, igreja e um álbum de fotos.

Hoje, "surtada", pensei no meu: quero a lua-de-mel antes, uma road trip, que corte alguns dos quase 4 mil quilômetros da Route 66, de moto ou carro, tanto faz. Mas tem que ser no verão, porque quero passar boa parte de shorts e camiseta. Trocar de hotel (ou motel) todas as noites durante o percurso. Jantar na beira da estrada e beber Jack Daniel's. Casar numa dessas chapels de Las Vegas com vestido curto, brindar num cassino e passar a noite de núpcias num Bellagio qualquer.

Sem padre, juiz ou testemunhas. Só passaporte e uma taxa de US$65. Se for assim, exatamente assim... I do!

04 junho 2010

Segredo


É muito triste quando a gente não pode dividir com os outros a própria felicidade. Mas, fazer o quê? Enquanto os outros não aprenderem a controlar a inveja que sentem é assim que a minha banda vai tocar.
Já sou meio fechadona. Não gosto de sair contando as minhas coisas e nem dividir o que penso com todo mundo. Sou mais de ouvir e é assim que vou continuar sendo. Com todos.
Infelizmente, aquele velho ditado - "a inveja tem sono leve" - é verdadeiro. Não dá nem pra cochichar, que ela logo acorda. Se alimentar com detalhes, então... É uma pena que essa inveja toda venha de gente que se diz "amigo". Ao invés de torcer pro seu bem, eles querem exatamente aquilo que você conquistou. Acredito em olho gordo e sei que a macumba de muita gente aí é boa.
Meu santo é forte. Mas não é o Chuck Norris. E pros que torcem pra minha infelicidade, o recado: apesar de não ser nenhum Rambo, meu anjo-da-guarda gosta (e muito) de mim. E vai fazer o que for possível pra que todos aqueles desejos que as pessoas têm (secretamente) por mim, sejam retornados (e em dobro) pros seus respectivos remetentes.
A minha vida, que já era mantida trancada a 7 chaves, agora foi pro cofre!

26 maio 2010

Tô ficando velha...


Semana passada o Pacman comemorou 30 anos! E, não sei se é triste, mas lembro muito bem quando este jogo era o que havia de mais genial. Bom, naquela época, eu só podia jogar video-game no final de semana e quando chovia, porque nos outros dias da semana e de sol, podia ficar na rua, pulando amarelinha ou andando de bicicleta, até escurecer.

Trinta anos... Parece uma eternidade. Na verdade, é. Pra mim, uma vida inteira. Mas não dá pra acreditar em como as coisas mudaram e na velocidade em que isso tem acontecido. O que você aprende hoje, amanhã já não vai servir pra nada. Tudo tem se renovado muito rápido e ainda não consegui perceber se isso é bom ou ruim.

Assim como esse papo de reposição hormonal, vacinas pra tudo e uso excessivo de aparelhos eletrônicos que podem ou não causar danos à saúde, não deu pra notar se tanto avanço vai deixar o povo louco ou não.

Eu sou do tempo em que Orkut não existia. Aliás, a forma mais rápida de trocar mensagens com os amigos era durante as aulas e em bilhetinhos. Os lanches do McDonald's custavam R$4,50 e eram novidade! Meninas de 11 anos ainda acreditavam em Papai Noel e brincavam de boneca, enquanto os meninos de 13 jogavam botão. As novelas mexicanas eram inocentes, existia "Carrossel" e não "Rebeldes". Sou da época em que Plutão ainda era um planeta e as palavras ainda eram acentuadas. As festas de 15 anos não eram eventos e maquiagem era coisa de gente grande. Crianças tinham, no máximo, um Tamagotchi e não celulares. As fotos eram tiradas pra recordarem um momento e não pra lotarem os sites de relacionamento.

O Wii pode até ser bacana, modernão e tal... Mas a época do Atari era muito melhor!

07 maio 2010

Ídolos

"Crianças" de 16 anos deveriam estar na escola. Fato! E só deveriam sair de lá preparadas pra todos os tipos de perguntas. Inclusive as mais fáceis. Não é de se espantar quando lemos piadas sobre respostas absurdas dadas em provas de vestibular ou outros exames, como o Enem. Basta seguir "Perolas do Enem" no Twitter pra ver a criatividade (ou ignorância) das pessoas que se formam no nosso país.

Grande parte dos meus alunos idolatra Justin Bieber, aquele astro "mirim" de 16 anos que se acha tão gangstar quanto 50 Cent (mas que no fundo lembra bastante o filho de Vanilla Ice - Ice Baby). E depois do que vi, passei a entender o motivo de alguns deles limitarem seus conhecimentos a lançamentos de celulares, o iPod da moda ou as festinhas da semana.

Confesso que não senti pena do garoto. E acho mais do que justo que o vídeo em que ele aparece fazendo papel de ridículo num programa de entrevistas seja divulgado da forma como foi. Infelizmente, esta é a juventude que está sendo preparada para comandar o mundo daqui uns anos.

Na entrevista, um apresentador da Nova Zelândia pergunta a Justin - durante um jogo de Verdadeiro ou Falso - se Bieber significa basquete em alemão. Mesmo repetindo 200 vezes e mostrando a ficha pro bonitinho, ele não entende e desconversa, dizendo que na América não falam isso. O ídolo canadense tentou se explicar no Twitter. Deve ter convencido o bando de seguidores, mas não deve passar de ano na escola.

Pois é, tá na hora da criançada desligar o iPod, parar de fingir que ser gente-grande-que-faz-cara-de-mal é legal e estudar um pouco mais. Os meus ídolos eram bem mais inteligentes, talvez por isso a minha geração seja um pouco menos perdida que a atual.

03 maio 2010

Escolhas

Escolher algo nunca é fácil. Mesmo as escolhas mais simples, como o que comer, que roupa usar, aonde ir e tantas outras escolhas idiotas pedem atenção. Imagine decidir onde morar, que carreira seguir, com quem casar, com quem ficar, pra quem entregar seu coração...

Dizer "sim" a uma coisa é dizer "não" pra outra. Escolher isto significa renunciar aquilo! Toda escolha traz uma renúncia, todo "sim" traz um "não", ou todo "não" traz um "sim". E um "não" na hora certa (ou errada) pode mudar muita coisa.

Quando escolhemos uma noitada com os amigos, estamos renunciando uma noite de sono, tranquila. Quando escolhemos uma profissão, estamos renunciando todas as outras que poderiam nos satisfazer muito mais ou nos render uma grana bem melhor. Quando escolhemos alguém para estar junto da gente, acabamos deixando muitas outras pessoas de lado, muitas vezes bem mais interessantes.

Não temos o hábito de medir nossas escolhas. Nossa balança está sempre tombada para o lado do "sim". Porque é mais fácil escolher aquilo que parece mais fácil. Nossas escolhas estão sempre recheadas de emoção e não de razão. Escolhemos o que está ao nosso alcance, o que achamos que é nosso. Mas ainda assim, mesmo depois de escolher, achamos que temos direito a todo o resto que foi renunciado. Esquecemos que, aquilo que deixamos de lado, pode também querer renunciar.

Por isso, antes de escolher, é importante pensar na renúncia, olhar para os dois lados, para a mão e a contramão, pensar se vale mesmo a pena dizer um "sim" no lugar de um "não". Haverá horas em que renunciar será melhor que escolher. Mas se tiver que escolher esteja pronto pra encarar a renúncia e suas consequências. Eu escolhi ser feliz. A minha felicidade é muito importante pra depender das escolhas de outra pessoa. Principalmente daquelas que ainda não sabem bem o que querem da vida, que repetem o "talvez" ao invés de dizer "sim" ou "não".

28 abril 2010

Sozinhas, uni-vos?


Homens que procuram por uma Amélia precisam voltar ao século passado, quando as mocinhas estavam dispostas a fazer tudo (tudo mesmo) pra agradar e agarrar seu partidão. Hoje em dia, mulher que lava, passa e cozinha só pra prender o futuro marido virou raridade. Elas sabem se virar sozinha e estão bem assim, do jeito que estão.
Aliás, estão cada vez mais sozinhas. E não é por falta de opção. Mas as boas opções, assim como a Amélia, andam sumindo do mapa. Elas estão cada vez mais exigentes e nem um pouco a fim de perder tempo com relacionamentos que não chegam a lugar nenhum.
O inimigo do cupido é o rigor com que as mulheres andam escolhendo suas companhias. E não é pra menos. Pra ganhar espaço na vida das meninas, que estão cada vez mais conscientes de sua autossuficiência (e eu odeio essa nova gramática!), tem que ser bom. Mesmo! Elas estão aprendendo a buscar a gratificação em coisas que não dependem dos homens e, hoje, a solidão - apesar de não esquentar ninguém - não humilha mais.
Muitas delas cansaram de se dar mal ao colocar os homens como o centro de seus universos. Agora, eles são um dos planetas e estão no mesmo grau de importância das amigas, do trabalho, das baladinhas, dos animais de estimação, dos hobbies ou de um filme muito bom. E, quem disse que pra ser feliz tem que casar, ter filhos e cachorro?
São poucas as que procuram um protetor. Esse papel pode muito bem ser feito pelos pais, caso precisem de proteção. Elas querem um homem companheiro, que caminhe junto e que podem também chamar de amigo. Enquanto os homens, ou a maioria deles, só espera encontrar uma mulher para um relacionamento descartável.
Levar o amor a sério demais, pensar nisso o tempo todo como se fosse o único assunto no mundo, transbordar carência afetiva não fazem mais parte da pauta das solteironas. Elas estão percebendo que homem não é o único remédio pra solidão. Florais de Bach e amigos podem suprir esse buraco. E têm tapado todas as crateras pra maioria das moças. A verdade é que mulheres seguras, que confiam no próprio taco, são afrodisíacas. Escolhem mesmo e sabem que ninguém é a metade da laranja de ninguém. Elas nascem inteiras e não deixam na mão de qualquer um a responsabilidade de se sentir completas.

27 abril 2010

Não mata, mas deveria!


Dizem que decepção não mata, mas ensina a viver. Bom, não mata... Mas deveria. Não quem se decepciona, mas quem causa a decepção. Eu acho o ditado original meio sem cabimento, principalmente quando nos decepcionamos com pessoas que costumávamos gostar e admirar. Afinal, não dá pra voltar atrás e recuperar o tempo e a confiança perdidos. Confiança, tudo bem, mas o tempo é um bem precioso.
Ao longo da vida aprendemos regrinhas básicas pra manter uma boa convivência com o resto do planeta. Uma delas é saber respeitar o próximo. Isso está na Bíblia. Apesar de não precisar ser citado por Deus, respeito é a base de tudo. E, vale lembrar, conserva os dentes.
Mas, às vezes, tenho a impressão de que seres de outros planetas foram enviados à Terra com a única missão de provar que as pessoas não são assim tão boas como imaginamos. A decepção é um sentimento tão frustrante, que entristece até a mais forte das criaturas. Por que raios depositamos tanta esperança em alguém que não merece nem a nossa atenção? Será que somos nós, quem acreditamos no ser humano, os errados da questão? Ou será que os valores estão mesmo não valendo nada?
O bom é que a pior decepção é o melhor motivo pra se tentar algo novo, ou de novo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas, porque toda crise traz progressos. O decepcionado não deve se sentir culpado por ter depositado toda a admiração e confiança em quem o decepcionou. Porque foi ele quem aprendeu alguma lição, talvez da forma mais amarga e triste. Quem o decepcionou deve sentir vergonha por não valorizar tamanho respeito e consideração. Paciência... A vida tem que escolher alguém pra ser mais inteligente. E escolhe aqueles que sabem respeitar. Quem sofre, cresce. E pra aprender, é preciso ser humilde.

15 abril 2010

365 dias

Os últimos 365 dias passaram voando. Rápido demais. Talvez não para a maioria de nós, que nem nos damos conta do tempo que perdemos com tanta coisa pouco ou nada importante. Aliás, isso é o que mais nos consome e, ao mesmo tempo, o que mais faz com que não notemos o tempo passar.

Já reparou que não percebemos o quanto nosso cabelo cresce a cada dia? O quanto a nossa pele muda? A fisionomia? O quanto crescemos, ou diminuimos? Mas pra quem tá começando a vida, cada dia conta. E muito. Todo dia é dia de descobertas e, na verdade, deveríamos ver a vida da mesma forma, como uma criança que acabou de chegar ao mundo. Porque é exatamente isso o que somos: novos no lado de cá, cheios de coisas pra aprender, não importa o quão "velho" achamos que somos.

A cada dia percebo que não é a idade que temos que comprova a experiência que podemos ter em ensinar. Seríamos pobres de espírito se pensássemos que, quanto mais velhos ficamos, menos temos a aprender e mais a ensinar.

Mesmo estando 3 décadas na minha frente, minha sobrinha, às vésperas de completar 1 ano de vida, é a minha maior professora. Mesmo sendo novinha, é ela quem me ensina uma forma diferente de ver a vida. É ela quem me mostra que rir das coisas mais simples pode ser divertido. Que não há problema nenhum em cair quando se está aprendendo a andar, porque isso faz parte. Depois do tombo, levantar e tentar outra vez pode ser indolor. Nem que pra chegar onde se quer seja preciso se apoiar nas paredes. É ela quem me ensina que confiança se ganha no dia a dia e que olhar nos olhos é a melhor maneira de se comunicar quando ainda não há palavras. Que nem sempre se chega longe caminhando sozinha, mas que o mais importante é dar o primeiro passo.

É uma pena que tenhamos que crescer um dia e deixar de aprender as coisas da forma mais simples, experimentando. É uma pena que não tenhamos prestado tanta atenção aos últimos 365 dias... Mas é bom saber que ainda podemos aprender a prestar atenção aos próximos que virão por aí.

14 abril 2010

Planos pra me livrar da exaustão


É incrível como rotina me entedia. Me tira do sério, de verdade! Adoro trabalhar, não nasci pra ser madame e nem pretendo viver às custas de ninguém, mas acho que todo trabalho/emprego tem prazo de validade. Talvez por isso não entenda as pessoas que passam 10-15 anos trabalhando no mesmo lugar ou fazendo exatamente a mesma coisa.

Comodismo não é comigo. Depois de um tempo, exercer a mesma função, conviver com as mesmas pessoas, fazer a mesma coisa, dirigir o mesmo trajeto e respeitar os mesmos horários perde a graça, deixa de acrescentar, não faz crescer, não leva a lugar nenhum e isso, na minha opinião, não é bom. O trabalho que, antes, era tão elogiado, passa a receber a mesma crítica feita pela minha mãe quando eu ainda estava na escola: a de que não fiz nada além da minha obrigação. E obrigações já bastam as que tenho por aí, com prazo de validade e código de barras.

Ser humano precisa de desafio, estímulo, mudanças pra crescer e aprender. E começar algo novo é, a princípio, a melhor saída contra o tédio e a exaustão.

Ando bem cansada. Exausta, pra ser sincera. Apesar de gostar (muito) do que faço, não acho saudável me sentir dessa forma. Ver minha vida social mudar pro status off, perceber que ando priorizando coisas erradas e colocando todo o meu esforço em algo que não me traz mais benefícios, mas sim esgotamento e irritação.

Dinheiro é bom. Eu gosto de ganhar o meu, é lógico. Todo mundo trabalha pra ganhar o seu também, mas dinheiro é só o fim de um processo, é uma recompensa por algo bom que se faz. E fazer algo de que gostamos não tem preço.

Ando considerando mudanças, porque acredito que mudar é preciso. Necessário até. Lógico que esta mudança não vai acontecer da noite pro dia (seria ótimo, mas não é bem assim...). Pra conseguir resultados diferentes, temos que tentar algo que nunca fizemos. O meu hoje me incomoda, me afasta das coisas que gosto de fazer, me deixa cada vez mais distante das pessoas que amo e, pior, de mim mesma. Planos é o que não me falta. Colocá-los em prática é uma questão de tempo.

11 abril 2010

Afinal, o que é a tal felicidade?

As pessoas não sabem ser felizes, mas fingem bem. A frase não é minha, mas até poderia ser, porque acredito que faz sentido. É lógica! Ser feliz não é tão fácil assim. Exige muito e o esforço é diário. E pessoas não gostam muito de fazer força, vamos ser honestos.

Tem gente que define a felicidade como uma capacidade de sentir uma profunda e sincera gratidão, diária, por aquilo que possuímos e que nos traz, além de paz de espírito, motivação para buscar o que ainda não temos. Ou talvez acordar com alegria e disposição todos os dias, ou na grande maioria deles.

Eu, pra ser sincera, ainda não encontrei a minha. Confesso que muitas vezes não tenho a menor vontade de sair da cama e me vejo triste e infeliz. A boa notícia é que não sou a única. As pessoas não são felizes porque fazem justamente o inverso do que manda o "Manual do Ser Feliz" (se é que existe um!). Ao invés de irem dormir verdadeiramente gratas por aquilo que têm, deitam e acordam canalizando todas as energias e pensamentos em função daquilo que falta. São infelizes porque abdicam daquilo que já têm para tentar se encaixar em modelos de realização socialmente aceitos. O carro que tem, o celular que usa, a casa onde mora, o trabalho que lhe rende dinheiro, os amigos com quem convive ou o companheiro que dedica tanto amor não servem porque não são eles que estão dentro de um "padrão". E daí, o que elas realmente possuem tornam-se coisas chatas e medíocres.

A merda é: sempre vai ter alguém com algo "melhor" do que aquilo que você tem. Mas nem sempre isso significa que aquilo é o que faz aquela pessoa mais feliz, pois ela poderia estar querendo exatamente o que você tem e não valoriza. Surge aquela sensação de vazio... Nada mais óbvio! Quem foca no externo deixa de alimentar a própria alma. E quando este doloroso vácuo é percebido lança-se mão da receita mais prática: fingir felicidade vivendo a euforia.

Mas euforia não resolve, só disfarça. Euforia não preenche ninguém. Viver o superficial não traz felicidade. Só engana. Vontade de ser feliz todo mundo tem. É claro! Eu tenho, também... É óbvio! Mas, confesso, que nem sempre consigo me manter no alto e positiva. Os períodos no andar de baixo me derrubam mesmo. Me entristecem e, geralmente, são longos. A diferença é que eu não consigo fingir felicidade. Não sei esconder aquilo que está no meu coração. Mesmo sabendo que ser feliz depende só de nós, neste caso... de mim!

Passamos a vida em busca disso, como se procurássemos um tesouro escondido, esperando descobrir uma resposta única, uma fórmula mágica, unânime. Mas isso não existe. O que faz alguém feliz, pode ser a infelicidade do outro. Tem gente que é feliz sozinho. Eu prefiro estar com alguém pra me sentir bem.

Felicidade é um estado de espírito. É saber aproveitar o momento, aquele momento que te faz sorrir. Não existe fórmula, nem resposta certa, ou errada. Passamos muito tempo procurando por aí algo que não não está exposto e muito menos à venda. Felicidade não se acha, se conquista. E, por incrível que possa parecer, está nas coisas mais simples da vida.