03 maio 2010

Escolhas

Escolher algo nunca é fácil. Mesmo as escolhas mais simples, como o que comer, que roupa usar, aonde ir e tantas outras escolhas idiotas pedem atenção. Imagine decidir onde morar, que carreira seguir, com quem casar, com quem ficar, pra quem entregar seu coração...

Dizer "sim" a uma coisa é dizer "não" pra outra. Escolher isto significa renunciar aquilo! Toda escolha traz uma renúncia, todo "sim" traz um "não", ou todo "não" traz um "sim". E um "não" na hora certa (ou errada) pode mudar muita coisa.

Quando escolhemos uma noitada com os amigos, estamos renunciando uma noite de sono, tranquila. Quando escolhemos uma profissão, estamos renunciando todas as outras que poderiam nos satisfazer muito mais ou nos render uma grana bem melhor. Quando escolhemos alguém para estar junto da gente, acabamos deixando muitas outras pessoas de lado, muitas vezes bem mais interessantes.

Não temos o hábito de medir nossas escolhas. Nossa balança está sempre tombada para o lado do "sim". Porque é mais fácil escolher aquilo que parece mais fácil. Nossas escolhas estão sempre recheadas de emoção e não de razão. Escolhemos o que está ao nosso alcance, o que achamos que é nosso. Mas ainda assim, mesmo depois de escolher, achamos que temos direito a todo o resto que foi renunciado. Esquecemos que, aquilo que deixamos de lado, pode também querer renunciar.

Por isso, antes de escolher, é importante pensar na renúncia, olhar para os dois lados, para a mão e a contramão, pensar se vale mesmo a pena dizer um "sim" no lugar de um "não". Haverá horas em que renunciar será melhor que escolher. Mas se tiver que escolher esteja pronto pra encarar a renúncia e suas consequências. Eu escolhi ser feliz. A minha felicidade é muito importante pra depender das escolhas de outra pessoa. Principalmente daquelas que ainda não sabem bem o que querem da vida, que repetem o "talvez" ao invés de dizer "sim" ou "não".

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