02 dezembro 2015

Como foi 2015?

Falta menos de um mês pra 2015 terminar... E resolvi dar uma olhada no que aconteceu nos últimos meses respondendo um quiz que postei num outro blog há alguns anos...

Como foi o seu ano, hein?

1. De 0 a 10, como foi seu ano?
11.

2. Se pudesse descrever 2015 em 3 palavras, quais seriam?
Trabalho, pole e Starbucks.

3. O que descobriu sobre você mesma?
Que sou mais forte do que imaginava. E um pouco mais flexível também...

4. Qual conquista te deixou mais orgulhosa?
É difícil apontar só uma. Mas diria que tem a ver com a minha carreira e aonde cheguei neste ano.

5. Qual foi a melhor notícia que recebeu?
Não recebi a notícia, mas ser efetivada no trabalho depois do curso de férias foi a melhor coisa que aconteceu em 2015.

6. Qual foi seu lugar favorito em 2015?
Room 52.

7. Quais das suas características pessoais foram as mais úteis neste ano?
Paciência e persistência.

8. Quem foi a pessoa com quem pode contar ao longo do ano?
Eu mesma.

9. Ao quê, ou a quem, é mais grata?
Todo mundo que cruzou meu caminho nesse ano foi importante. Minha coach teve um papel essencial no meu desenvolvimento profissional. Sou grata por todos os toques que me deu, pelas práticas, feedbacks e os “2 minutos”.

10. Qual nova habilidade você desenvolveu?
A de me prender de ponta cabeça numa barra foi a que eu jamais imaginei conseguir um dia.

11. Se alguém escrevesse um livro sobre a sua vida em 2015, qual gênero seria?
Acho que poderia ser de autoajuda. Só por acreditar que eu podia fazer alguma coisa quase impossível, não suportei ouvir desculpas dos outros.

12. Qual foi a lição mais importante que aprendeu em 2015?
Que priorizamos o que é realmente importante. Aprendi também que as pessoas não mudam. E que somos capazes de muita coisa quando queremos.

13. Qual bloqueio mental você superou?
Não superei 100%, mas por ser perfeccionista, me cobro demais e acabo sendo insegura. Acho que tô um pouco melhor... Hoje em dia não me preocupo em agradar ninguém, a não ser a mim mesma.

14. Quais foram as 5 pessoas com quem mais gostou de passar o tempo?
Impossível nomear só 5. Só no trabalho conheci mais de 10 e, no pole, são outras tantas...

15. Qual foi o melhor momento da sua carreira?
Acho que foi ouvir da minha coach que minha aula poderia ser considerada modelo.

16. Como o seu relacionamento com a sua família evoluiu?
Evoluiu “online-mente”. Criamos um grupo no Whatsapp e conversamos muito por lá, pelo menos diminui a distância...

17. Qual livro ou filme teve algum impacto na sua vida neste ano?
Eu nunca tinha lido o “Diário de Anne Frank” e acho que se eu tivesse lido quando todo mundo leu não teria entendido completamente. Deu pra perceber que o mundo era cruel e que não evoluímos muito... Também gostei bastante de “Eu, SA”, do Gene Simmons, me fez pensar um pouco sobre gastos e foco.

18. Qual foi a elogio que mais gostou de ouvir em 2015?
“Ae, garota!”,  “Dá pra ver sua evolução” e “Foi ótima!”.

19. Quais foram as pequenas coisas que você mais curtiu no dia-a-dia?
As piadas internas no trabalho. Tem coisas que dou risada em casa, sozinha, no final do dia...

20. Quais coisas legais você criou este ano?
Rapport com meus alunos.

21. Qual foi o estado mental mais comum neste ano?
Otimismo.

22. Há alguma coisa que fez pela primeira vez neste ano?
P-O-L-E!

23. Qual foi o momento preferido que passou com os amigos neste ano?
Não acho que tenha passado muitos momentos com eles ultimamente, mas meu aniversário foi bacana: estava no lugar que adoro e com pessoas que chegaram na minha vida neste ano. E, pela primeira vez depois de muitos anos, consegui passar esse dia feliz.

24. Pra qual grande objetivo você conseguiu começar a construir a base em 2015?
Profissionalmente, começando a trabalhar aonde estou, recebendo a ajuda de pessoas experientes e frequentando treinamentos. Tenho uma ideia do que quero e se pretendo chegar lá, preciso da base que tive este ano e que terei no próximo.

25. Qual preocupação foi desnecessária?
A de que manteria meu emprego...

26. Qual experiência gostaria de tentar de novo?
Quero tentar coisas novas... Parece clichê, né?

27. Qual foi o melhor presente que recebeu?
O livro que “emprestei” pra minha mãe e que me devolveu no dia do meu aniversário, com várias histórias sobre as nossas vidas, além dos bilhetinhos dos alunos no final dos semestres...

28. Como sua visão geral sobre a vida evoluiu?
Eu acho que este ano foi de muita descoberta: descobri que não preciso estar acompanhada pra estar feliz, que posso fazer o que eu imaginava que não era capaz, só bastava tentar... E que a felicidade vem das pequenas coisas.

29. Qual foi o maior problema que você resolveu?
Não me lembro de resolver problemas... Talvez um chuveiro queimado, a fechadura da porta, probleminhas com o carro... Nada que valesse cabelos brancos ou rugas. Depois de muitos anos morando sozinha, já sei me virar bem. Não gosto de burocracia e nem de resolver pepinos, mas a gente aprende a lidar com isso.

30. Qual foi o momento mais engraçado do ano, aquele que ainda faz você morrer de rir quando lembra?
Tem a ver com vídeos de cabras cantando...

31. Qual compra você fez que se tornou a melhor aquisição de 2015?
A minha barra de pole, que está no meio da minha sala.

32. O que faria diferente e por quê?
Talvez gastar menos dinheiro com livros?! Porque se quero trocar de carro não faz sentido gastar com livros...

33. Pelo quê você merece um aperto de mão e aquela batidinha nas costas?
Por não ter enlouquecido ou desistido.

34. Quais atividades fez com que perdesse a noção do tempo?
As aulas de pole, os cafés e livros na Starbucks, o preparo das aulas, e algumas aulas...

35. No que você mais pensou?
Em como ser melhor, tanto no trabalho quanto no que faço no dia a dia. E se estava mesmo preparada pra prestar o CPE no final do ano.

36. Quais tópicos mais gostou de aprender?
Classroom management e os moves mais avançadinhos do pole.

37. Qual novo hábito você passou a cultivar?
Passei a me alimentar melhor, larguei um pouco as besteiras, o refrigerante e o álcool.

38. Que conselho você daria a você mesmo no início do ano?
“Não perca tempo com gente idiota”.

39. Alguma coisa na sua vida deu uma baita guinada?
A vida toda.

40. O que - ou quem - teve um impacto positivo na sua vida neste ano?
Todos que entraram na minha vida neste ano foram e são importantes. Quero todos no ano que vem, pois me fizeram muito bem. Sou muito grata a todos eles. Se não sabiam disso ainda... Aqui está o meu “thank you very much”.

41. Qual foi a frase de 2015?
“Queixo no joelho”.

42. Você manteve suas promessas de ano novo? Fará novas resoluções na virada pra 2016?
Não fiz promessas, esqueci. E foi bom, porque não me senti “obrigada” a fazer nada. Acho que vou seguir esta nova tradição, porque deu certo. Resoluções criam expectativas e, como dizem, expectativas criam frustrações...

43. Alguém que você conhece deu à luz?
Sim! Minha prima Alice ganhou o Daniel.

44. Alguém que você conhece morreu?
Sim, o professor de inglês que tive no colegial (que me ensinou a gostar da língua) e que reencontrei na escola em que fui dar aulas quase 20 anos depois. Foi tão bom revê-lo e ver o orgulho que sentia de mim por ter escolhido essa profissão... E foi tão triste quando ele partiu.

45. Que lugares visitou?
Não viajei neste ano, não deu muito tempo. Visitei algumas Starbucks diferentes. Conta?

46. O que gostaria de ter em 2016 que não teve em 2015?
Mais dinheiro! E um carro novo...

47. Quais datas de 2015 ficarão na sua memória e por quê?
12 de Janeiro – primeiro dia de trabalho na Cultura Inglesa
26 de Fevereiro – primeira aula de pole fitness

48. Qual foi sua maior conquista do ano?
Meu novo emprego! Adoro o lugar aonde trabalho e aonde cheguei. Sou muito grata pela oportunidade que me foi confiada e dada.

49. Qual foi o seu maior fracasso?
Não ser capaz de enxergar que gente ruim não muda e dar chance pra quem nunca valeu a pena foi um “fracasso”. O tempo que perdi com essa pessoa não volta. Fica uma lição e isso não é fracasso.

50. Você sofreu alguma doença ou fratura?
Machuquei o joelho no pole, achava que tinha rompido os ligamentos, machucado o músculo, já estava na sofrência, achando que teria que parar de treinar. Mas duas semanas de repouso foram o suficiente pra me deixar seminova. Hoje, nem lembro da contusão.

51. Qual foi a pior coisa que comprou?
Não lembro... Acho que foi um carregador de celular pro carro, que não funcionou.

52. O comportamento de quem merece méritos?
O meu mesmo, ué. Fui paciente e persistente...

53. O comportamento de quem te deixou abatida e deprimida?
Não fiquei deprimida (nem vale a pena!), mas tive muita raiva de uma certa pessoa por acreditar que ela era capaz de mudar. Não sei se foi raiva desse idiota ou de mim mesma, por ser tão ingênua. Como disse, perdi tempo e tempo não se recupera.

54. Com o que mais gastou seu dinheiro?
Livros, cafés na Starbucks, roupas, comida, gasolina e contas. Muuuuitas contas!

55. Qual música vai marcar 2015?
“Am I Wrong?”, do Nico & Vinz, me faz lembrar dessa turma de alunos de 8-9 anos, cantando o refrão tão bonitinhos...

56. Comparando essa mesma época com o ano passado, você está:
- mais feliz ou mais triste? Beeeem mais feliz!
- mais magra ou mais gorda? Igual, só que mais forte.
- mais rica ou mais pobre? Igual (ou melhor?).

57. O que gostaria de ter mais tempo para fazer?
Estudar pra tirar meu CPE...

58. O que gostaria de ter feito menos?
Gostaria de ter perdido menos tempo surfando à toa na internet.

59. Como você pretende passar o Natal?
Com a minha família, em Santos. Vendo meus sobrinhos se divertindo com o Papai Noel...

60. Você se apaixonou em 2015?
Não. Só por mim mesma e por muitos momentos.

61. Qual foi seu programa de TV preferido?
Não assisto TV. Mas assisti muitos vídeos de pole no YouTube pra tentar aprender coisas novas...

62. Há alguém que você odeia agora e de quem gostava no ano passado?
Ódio dá câncer e se não gosto de alguém esse alguém não vale a minha saúde. Se alguém não me agrada, prefiro a indiferença.

63. Qual foi o melhor filme que assistiu neste ano?
“Clube de Compras Dalas”.

64. Que música mais te animou?
“Do or Die”, do 30 Seconds to Mars.

65. O que você queria e conseguiu?
Trabalhar na Cultura Inglesa.

66. O que você queria e não conseguiu?
Guardar dinheiro pra trocar de carro.

67. Qual foi sua comida favorita neste ano?
Abacate. E tudo o que é possível fazer com ele.

68. O que você fez no seu aniversário e quantos anos completou?
39! Tive o dia de folga e fiz tudo o que mais gosto: café da manhã na Starbucks, com direito a bebida de presente; aula de pole; show com amigos no Manifesto pra fechar o dia.

69. O que teria feito o seu ano mais satisfatório?
Eu não tenho do que reclamar... Mesmo!

70. Como você descreveria seu estilo em 2015?
Tive 3: o do trabalho (já que preciso seguir um dress code), o do pole (muitos, muitos, muuuuitos shorts) e o meu mesmo, que não mudou.

71. O que te manteve sã?
As aulas de pole...

72. Qual celebridade você mais admirou?
Jared Leto.

73. Que fato político mais te agitou?
Eu gostaria que a Dilma saísse do governo. Mas não me ligo em política. Já perdi a fé. É uma das coisas com a qual não perco tempo, discutindo ou entendendo.

74. De quem mais sentiu falta?
Da minha mãe...

75. Quem foi a melhor pessoa nova que conheceu?
Eu seria injusta se escolhesse só uma. Todas, absolutamente TODAS, as pessoas que conheci neste ano são incríveis. Tive muita sorte por ter encontrado cada uma.

76. Qual plano tinha para 2015 que não seguiu adiante?
Eu me lembro de ter começado uma conversa com uma amiga de ir pra Seattle nas férias de julho. Mas não tive férias e quando pensamos nisso, nossas vidas estavam diferentes. Também pretendia tirar o CPE, mas não tive tanto tempo pra me preparar pra uma prova tão cara!

77. Qual foi a maior lição que tirou de 2015?
Não criar expectativas pra não ter decepções. Tive respostas muito boas quando deixei a vida me surpreender. Além da história de tentar até o que parece impossível. A gente não tem ideia do que é capaz...

78. O que pretende levar para 2016?
A mesma persistência e paciência que me acompanhou em 2015.

79. Que letra de música resume o seu ano?
Unbrokendo Lynyrd Skynyrd  

80. Como pretende começar o próximo ano?
Na praia, tomando todo o sol que não vejo há um ano, lendo os livros que comprei e não tive tempo de ler e poleando nas placas de sinalização enquanto espero o farol abrir...

01 novembro 2015

Por aí...

Eu sei... Tenho andado "meio" ausente por aqui. Pura falta de tempo pra sentar na frente do computador e escrever alguma coisa. Apesar de muita coisa passar pela minha cabeça o tempo todo (pra isso não me dou folga...), quando tenho uma brecha aproveito pra ler, polear ou bater perna por aí.

Se sentir saudade, pode me procurar nos links que estão aí ao lado (ou pra facilitar a sua vida, segue a lista dos lugares onde pode me encontrar):

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube

Ou no Snapchat: juwashington.

12 julho 2015

Meus lugares em São Paulo

Apesar do trânsito, da quantidade de gente, do prefeito horrível que a gente tem e das ciclo-faixas que ele espalhou por aqui eu adoro São Paulo. E, como boa paulistana, há lugares que frequento tanto que não tem como não recomendá-los aqui. Eis meu “Top 5”:

1. Starbucks
Mas não é qualquer uma. Tenho a minha preferida, que é perto de casa e do pole dance. Não importa a hora do dia, todos os atendentes de lá são sempre supersimpáticos. O único problema é a quantidade de gente que não consome nada ocupando as mesas nos horários comerciais. Cansei de entrar lá pra tomar um latte e desisti da ideia porque essa gente espaçosa e seus computadores estavam por todos os lados. Fora isso, também é recomendável evitar esta Starbucks em dias de jogos, shows no estádio do Morumbi e nos horários das saídas do Porto Seguro e Miguel de Cervantes. Nos dias de eventos, mais gente espaçosa fica por lá só pra usar o banheiro.
Rua Jeriquara, 109 – Morumbi

2. Livraria Cultura
Tenho três favoritas: a do Shopping Market Place, do Iguatemi (a única coisa realmente bacana neste shopping) e do Conjunto Nacional, na Paulista. Dá pra “perder” horas nessas livrarias... Os atendentes são super prestativos. É possível importar livros sem custos adicionais e já fiz isso mais de uma dezena de vezes: sempre respeitam os prazos. Só não recomendo a do Conjunto Nacional nos finais de semana, porque é sempre bem lotada.
Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2.073 – Bela Vista
Market Place – Avenida Dr. Chucri Zaidan, 902, piso 1 – Morumbi
Iguatemi – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.232, piso 3 - Jardins

3. Manifesto
Lembro até hoje como fui parar neste lugar pela primeira vez e a impressão, de cara, foi ótima. Ninguém tá nem aí pro que você veste ou faz. Além disso, sempre encontro muitos amigos. De lá pra cá, a casa já passou por algumas reformas e sempre volta melhor. Gosto de um atendente em especial lá, o Fernando. Pra quem curte rock n’ roll não há lugar melhor. Recomendo as noites de sexta-feira (com hard rock) e sábado (sempre uma banda cover mais pesada). Sem falar na chance de cruzar com seus ídolos de passagem pelo Brasil enquanto você se esbalda por lá.
Rua Iguatemi, 36C – Itaim

4. El Kabong
Adoro comida mexicana e até hoje não comi nada tão gostoso quanto a comida de lá. Se bem que, quando levei o pessoal do Limp Bizkit (super acostumados a comer tex-mex em LA), o comentário foi de que nem se comparava com a comida mexicana que eles conhecem por lá. Mas, e daí? Eu adoro o chili e o Los Três Amigos. Vá às quartas, se você for mulher. Vale a pena! Além do cheque “double” (pra você voltar e comer o mesmo prato sem pagar nada), tem ainda double de frozen marguarita. O Long Island Iced Tea de lá também é um dos melhores.
Rua Mateus Grou, 15 – Pinheiros

5. Room 52
É onde pratico pole fitness. Há outras modalidades por lá e, mesmo sem conhece-las, recomendo o lugar de olhos fechados. As meninas e todos os professores com quem treinei são fofos! Se eu fosse você, trocaria suas visitas ao terapeuta por aulas de pole!
Rua Dom Armando Lombardi, 582 – Morumbi


Tenho duas listas no Foursquare, uma delas com lugares onde gosto de comer Check that out!

23 junho 2015

Bye, bye teacher...

No início deste ano, comentei com uns amigos que havia encontrado meu professor de inglês do colegial (sim, sou dessa época) dando aulas na mesma escola em que eu passaria o semestre dando aulas do idioma que aprendi com ele.  Depois de mais de 20 anos!

Era muito estranho dividir a sala dos professores com alguém que despertou em mim a paixão por essa língua (nenhum outro teacher tinha conseguido essa proeza...). Mas ele falava de mim pros outros com orgulho: "Ela foi minha aluna de inglês e agora dá aulas na Cultura Inglesa!".

Cruzava com ele toda terça-feira. Cruzei com ele na semana passada. O jeitão era o mesmo da época em que ele era o meu professor. Hoje, planejava encontrá-lo novamente pra (talvez) me despedir, já que hoje seria o dia de fechar o semestre com a minha turma de alunos. Mas Alguém tinha outros planos... Que dia triste.

Mesmo sem saber (ou vai saber?), o meu teacher começou meu dia ensinando mais uma lição: viva o hoje. Fale tudo o que tem pra dizer. Nem que seja "tchau". Diga. Na língua que for, mas fale.

16 junho 2015

Toda forma de amor

Esse último Dia dos Namorados deu o que falar, né? E pra desespero do deputado da PQP Marco Feliciano a tendência é “piorar”. “Piorar” entre aspas porque algumas pessoas ainda pensam que vivemos na Idade da Pedra, onde homem comia mulher e ponto. Ou pelo menos comia a mulher na frente dos outros e o resto às escondidas e ninguém sabia ou se importava, porque naquela época era vital sobreviver e não cuidar da vida alheia.

O Boticário lançou aquela campanha “polêmica” (vá se acostumando com as aspas, porque parece que serão muitas neste texto, e o que há dentro delas não reflete a minha opinião, mas a de uma sociedade hipócrita – sem aspas) para essa data tão especial que celebra o amor. AMOR, minha gente mente fechada, não se limita ao gênero oposto ao seu. Amor, como você ama estampar no seu Facebook, não tem limites e nem se coloca entre aspas. E por que raios o amor escolheria a quem amar?

Vou te dar um exemplo bem idiota: você tem seu animalzinho de estimação, certo? Gato, cachorro, cobra, passarinho, peixe ou a vaca da sua amiga, com quem você posta fotos, faz declarações apaixonadas, enche de mimos... A não ser que seja tudo falsidade, você expressa ali, nesses posts, o que sente por algo (ou alguém, na sua opinião). E, tudo bem. Porque, afinal de contas, beijar o focinho do seu cachorro peludo, que enfia o nariz no mijo de outro bicho enquanto você o leva pra passear na rua é OK, né?

Qual seria, então, o problema com a tal campanha publicitária que mostrou outras formas de amor, que não era aquela que você demonstra pelo seu gato, cachorro ou a piranha da sua amiga? O que há de errado em amar alguém igual a você?

Todo mundo pára pra ver briga na rua. Filma. Coloca no YouTube. Compartilha loucamente como se não houvesse amanhã. Essa semana mesmo, assisti um vídeo de dois bêbados quebrando o pau, em plena luz do dia, e logo embaixo muita gente comentando o post com KKKKKKKK’s infinitos. Dois homens brigando é engraçado, divertido, digno de compartilhamentos. Mas dois homens demonstrando sentimentos é tosco, nojento e desprezível? Reveja seus conceitos pré-históricos, bossais e ultrapassados urgentemente.

No ultimo final de semana, o final de semana dos namorados, enquanto eu comprava os meus próprios presentes numa livraria da Paulista, vi duas meninas apaixonadas trocando um rápido selinho e presentes. Em plena luz do dia, numa livraria lotada. Minha reação? Continuei a vida sem fazer drama, protesto ou baixaria. Ninguém morreu com isso e ninguém nunca morrerá. O Feliciano (e você que tem a cabeça fechada) que se acostume com a “modernidade”. Todo mundo pede amor, mas não perde a oportunidade de começar uma guerra, nem que o motivo da briga seja o próprio amor, oferecido àquele que não os convém.

Pra todos vocês que ainda condenam essa forma de amor, o meu desejo é que morram sozinhos, sem ninguém pra amar ou que os ame. E que você se contente – “apenas” – com o amor próprio, se é que tem algum já que rejeita o amor de um semelhante, né?

09 junho 2015

Quem quer uma boa dose de verdade?

Alguns bons anos atrás, entrei num relacionamento a distância que durou quase 1 ano. Trocávamos mensagens, ele vinha me visitar no Brasil com frequência e fazíamos planos. Até que num belo dia (era o feriado da Independência do Brasil), recebi um email de uma moça que dizia ser a namorada desta pessoa, o meu namorado. Na mensagem, ela contava sobre o relacionamento dos dois e como descobriu a minha existência. Minha primeira reação? Liguei na mesma hora pro filho da puta e exigi explicações. Eu tinha uns 25 anos, era imatura e respondi o email da coitada – que era tão vítima do safado quanto eu – com todo tipo de ofensas que você pode imaginar. Sim, essas mesmas e daí pra baixo.

Defendi o cafajeste, porque acreditei que a mulher era uma louca desvairada quando, na verdade, ela era uma alma iluminada tentando abrir meus olhos. Guardei o email e, um ano depois, resolvi responde-lo novamente, agradecendo a boa ação. O tom foi completamente diferente. Me desculpei pelas ofensas e me lembro de ter trocado algumas mensagens com a moça depois disso. O que ela tinha me dito era a mais absoluta verdade.

Alguns outros bons anos se passaram e, me vi no lugar dessa mulher: resolvi procurar a namorada de um cara que mantinha o relacionamento com nós duas quando descobri a infidelidade. Pisei em ovos ao abordá-la, porque já estive do outro lado da mensagem, mas pra minha surpresa ela disse que já desconfiava de algo. No começo, me agradeceu, admirou minha atitude, fez um milhão de elogios, mas no minuto seguinte ligou pro cara pra dizer que eu era biruta. Talvez não soube lidar com tanta informação e preferiu continuar acreditando na mentira.

Eu, no fundo, só queria me desculpar por qualquer mal estar que tivesse causado ao relacionamento dos dois. Não era minha culpa. Não era eu quem deveria me desculpar, mas resolvi fazer porque me sentia mal. Eu não sabia da existência dela. Tive boas intenções e, me fodi! Os dois se juntaram pra falar mal de mim. Não que eu ligasse pra isso, mas questionei a minha honestidade.

No início deste ano, recebi mais um desses e-mails surpresa. A moça abriu o coração, ouvi toda a história dela, falei da minha, comparamos e demos boas risadas. Afinal, éramos duas mulheres maduras, educadas e bem-resolvidas. Nos falamos até hoje. Nenhuma de nós procurou o cara em questão pra fofocar sobre as mensagens trocadas. Ia adiantar alguma coisa? O cara mentiu pra ambas! Ao procura-lo pra tirar satisfação, ele mentiria de novo, diria que éramos piradas e jamais assumiria a culpa. Mentirosos detestam ser questionados e descobertos. Fato!

Há alguns dias, resolvi conversar com alguém sobre o que ouvi a respeito dessa pessoa. Não havia namorado em questão, ou infidelidade, mas um passado em comum. A gente sempre acha que vai ajudar... Mas, nem sempre é visto assim. O que eu disse foi checado com o mentiroso, o mentiroso mentiu de novo. E, alguém acreditou... 

A questão é: até que ponto as pessoas querem mesmo ouvir a verdade? Ou será que elas gostam de ouvir a verdade só quando ela soa bem? Fechar os olhos pra ela não fará com que desapareça. Muitos se esquecem que nem sempre a verdade vem coberta com chantilly e com uma cereja no topo. Aprender a ouvi-la é uma lição diária, que faz crescer e é libertador. Estou sempre do lado e atrás dela, até porque fui educada assim. Mas, depois deste último episódio, não sei mais se gritaria a verdade pra qualquer um... Os mentirosos ainda são mais sedutores que os sinceros. Triste, né? Mas verdadeiro... 

24 maio 2015

O poder do pole dance

Quem me conhece sabe que sempre odiei atividades físicas. Na escola inventava qualquer desculpa pra não participar dos jogos. “Tô com cólica” era a minha preferida e sempre funcionava. Fiz balé, natação, ginástica olímpica, patinação artística e tênis. Se somar o tempo que me dediquei a cada um desses esportes não dá um ano da minha vida.

Desde criança carregava a bandeira do sedentarismo com o maior prazer. Não era aquela menina que passava o dia na rua andando de bicicleta ou pulando amarelinha. Eu preferia ficar em casa, dando aula pras minhas bonecas, ou num canto com a cara nos livros, quando não resolvia criar as minhas próprias histórias.

Depois de velha, pratiquei beach tennis. E, como o próprio nome “sugere”, qualquer partida envolvia uma viagem à praia. Não demorou muito pra minha raquete pink ficar encostada num canto, no meio das minhas bolsas.

Até frequentei a academia no meu ano sabático. Mas levantar peso era só um motivo pra que eu saísse da cama antes das 10 horas da manhã. Nunca morri de paixão por aquilo e nem combinava comigo. Bastou meu ano off acabar pra minha vontade de malhar ir pro vestiário e não sair mais de lá.

Há 3 meses, porém, resolvi me aventurar em algo que desafiava todas as minhas limitações, da timidez ao despreparo físico, passando pela falta de coordenação motora, força, flexibilidade e tempo: fui à uma aula experimental de pole dance/fitness. Saí dessa experiência com uma única sensação, a de que minha professora tinha me dado uma surra com a barra. Todos os pedacinhos do meu corpo doíam... Desisti? Nem morta (apesar de morta ser a palavra ideal pra definir como me senti)! Encomendei um pole e instalei na sala da minha casa, bem no meio do caminho. 

Descobri algo melhor que terapia e que sou capaz de tirar forças de onde nem imaginava que poderia. E tenho levado isso pra vida. As amigas me perguntam, curiosas, eu recomendo! Aumenta a auto-estima. Os caras elogiam, eu - na minha - dou risada. É incrível o poder que aquilo tem na imaginação desses rapazes. Posto fotos das minhas práticas e conquistas no Instagram e no Facebook não pra me exibir (a opinião dos outros nunca pagou minhas contas), mas pra registrar o meu progresso. Mas, sabe como é... Criei um canal no YouTube com essa mesma intenção e me orgulho de cada movimento, de cada hematoma, de cada queimadura. Mas, sabe como é...  

Sem desmerecer as malhadas, ratas de academia, que mostram os resultados de seus levantamentos de peso fazendo selfies e biquinhos na frente do espelho, enquanto se intitulam Mulher Maravilha, mas heroínas não se prendem ao chão e nem terminam o dia com o corpo do He-Man. Se eu puder dar um conselho. abre o olho, Incrível Hulk: enquanto você faz pose na academia, seu namorado curte meus vídeos, minhas fotos, me elogia inbox e me chama pra sair. 

Esse poder só heroínas que realmente voam têm... É o pole dance, sabe como é? 

02 maio 2015

Eu não sou só a minha bunda

Sejamos honestos: fazemos parte de uma geração que adora uma bunda malhada, daquelas tipo Panicat, tão masculinizadas que chegam a perder as curvas. As músicas, o Instagram das “celebridades” (e daquelas que pensam ser ou que frequentam a academia com a mesma intensidade e paixão com que frequento livrarias e a escola), o carnaval, as selfies e tudo o mais focam em apenas uma parte do corpo feminino: o vantajoso derriere. E a supervalorização dessa parte do corpo tem nos levado a questionar se não há nada de mais importante pra focar e elogiar.

Sim, “desbundadas” do meu Brasil, há sim! E a lista não é pequena. O problema é que apenas homens inteligentes prestam realmente atenção nos outros atributos. Os outros se esquecem de que bunda um dia, cai e não reparam no seguinte:

1. Sorriso – sorrir é o sinal mais claro de aprovação e, pelo meu entendimento, deveriam existir mais elogios ao sorriso do que à parte posterior do corpo. Sorrisos iluminam ambientes e mudam o humor de quem nele está presente, minha gente.

2. Senso de humor – bunda é bunda, todo mundo tem e, como já disse, uma hora ela não vai estar mais ali, firme e forte pra ser exibida na sua calça legging vestida a vácuo. Tudo muda quando alguém consegue fazer você rir com frequência. Até aqueles dias que começaram esquisitos podem se tornar melhores depois de passar um tempo com aquela pessoa que te faz perder a pose e cair na gargalhada. Senso de humor nunca envelhece, já as pessoas e o traseiro delas...

3. Lado aventureiro – mulheres que se dispõem a tentar coisas novas e ver o mundo por uma perspectiva diferente não são apenas mais divertidas e ótimas companhias, mas também capazes de fazer com que você mude a forma de ver as coisas, tornando-as ainda melhores. Isso mostra que elas sabem viver a vida de uma maneira divertida, com ou sem você, e sempre terão um monte de histórias pra contar quando as coisas começarem a ficar entediantes. Já as bundudas, provavelmente contarão a quantidade de agachamentos. E elas só vão até 8!

4. Olhos – alguém, um dia, disse que os olhos são o espelho da alma. Apesar de ser bacana quando alguém faz algum elogio à sua beleza, quando esse alguém elogia seus olhos, passa a significar bem mais do que um “puta bunda gostosa!”. Pode existir um bilhão de músicas hoje em dia que falam da bunda das mulheres, mas aposto que você – bunduda/bundona – adoraria ouvir no pé do ouvido o quanto seu olhar é marcante e único.

5. Inteligência – bunda dura qualquer uma pode conquistar. Nem precisa tanto esforço assim... Agora, pensar é pra poucas. Quer um desafio? Tente manter uma conversa inteligente com um cara sem que, pra chamar a atenção do rapaz, você precise levantar-se da mesa e rebolar a caminho do banheiro só pra ele conferir o que você carrega no porta-malas. É impressionante como as pessoas se tornam lindas e interessantes quando sabem usar a cabeça. Sem contar que dá pra aprender muita coisa com esse tipo de mulher...

6. Apaixonadas – alguém que valha seu tempo também precisa ter outros interesses que vão além das aparências. Ela é a melhor companhia pra ela mesma e é feliz com isso. Seja lendo um livro, tocando um instrumento ou qualquer outro hobby, mulheres que são apaixonadas por coisas que as fazem diferentes das outras são raras de encontrar.

7. Classe – mulheres com um pouco de classe tem algo que é cada vez mais difícil de se ver por aí: elas sabem como se vestir e se comportar sem que precisem chamar a atenção pela bunda que tem. Ter classe não tem nada a ver com saber segurar um garfo direito num jantar chiquérrimo. As classudas são finas, tem conhecimento e são valorizadas por isso.

8. Risadas – alguém que se dispõe a morrer de rir dela mesma e enxergar alegria na vida é alguém que todos querem ter por perto. Sabemos que nem tudo é um mar de rosas e muito menos festa o tempo todo, mas alguém que consegue apontar o lado bom, é capaz também de deixar tudo bem mais interessante.

9. Quem ela é na vida real – todo mundo já passou por isso: conheceu alguém num bar, na balada, num churrasco com os amigos, trocaram telefones, mensagens antes de se encontrar a sós por uma ou duas vezes. Às vezes, dá certo. Mas na maioria delas, aquela primeira impressão vai pro ralo. Por que? Ué, simples: simplesmente percebemos que a pessoa não é a mesma da balada, do bar ou do churrasco dos amigos. Era só pose e, no fundo, não tinha nada a acrescentar. A verdade é que alguém genuinamente bom de ser mantido por perto e que valha a pena conhecer melhor passa longe daquela periguete, de roupa agarrada, que dança até o chão só pra atrair olhares.

10. Na maneira como ela trata os outros – no final das contas, quem um cara vai respeitar pra valer: a periguete que se encaixa no estereótipo do momento e que sabe balançar a bunda ou alguém que, de verdade, tenta fazer algo mais além de se olhar no espelho e tirar selfies na academia? Quem cuida muito da própria aparência, da bunda malhada, não tem muito tempo pra olhar pros outros porque vive ocupada com o próprio umbigo (ops, bunda).

Homens de verdade querem bem mais do que um troféu pra carregar a tiracolo. E, quem gosta de bunda, que viva o relacionamento de merda sem chorar no ombro da amiga inteligente. Quem foca só naquilo que não expressa nada, é porque não é capaz de encantar as outras tantas partes do corpo da mulher, principalmente aquela que ela usa – e bem – pra pensar. Inteligência é afrodisíaco. Já o corpo, perecível.