26 maio 2013

Não, obrigada.

Excelente!
Não li a Veja esta semana (e nem as passadas!), mas ontem, na fila do supermercado, a capa desta edição me chamou a atenção. E achei excelente!

Vamos lá: os tempos são outros... Hoje em dia, mulheres não procuram mais maridos pra serem sustentadas e terem seus gostos bancados por eles. Elas procuram trabalho e, nele, encontram o dinheiro que precisam pra ver seus sonhos (materiais) realizados. Mas é lá também que encontram reconhecimento e realização que dinheiro nenhum pagam.

Imagina a luta da sua avó ou mãe pra conseguir um lugarzinho no mercado de trabalho dominado, no passado, por um bando de marmanjos machistas, que achavam a mulher incapaz de exercer as mesmas funções que eles comandavam. Deve ter sido bem difícil pra elas...

Antigamente, a mulher encontrava no casamento e na maternidade toda a realização de uma vida. Porque, lá atrás, ela havia sido preparada pra isso. E pra isso. Como a Veja mesmo reconheceu "as mulheres que dizem não à maternidade fazem parte de uma revolução de costumes que está mudando a cara do Brasil e do mundo". Não estou aqui desmerecendo quem fez esta escolha de coração, mas quem faz isso só pra seguir o que a sociedade impôs desde o começo da humanidade tá na hora de ter um pouco mais de personalidade e seguir aquilo que realmente a satisfaz.

Não é toda mulher e, hoje vejo essas mulheres como uma boa maioria, que precisa de um outro ser pra se sentir completa. Nascemos sozinhos e vamos morrer assim. Criar filhos é muita responsabilidade que, como disse num post não muito antigo, posso apenas imaginar. Mas, colocar filhos no mundo pra jogá-los nas mãos de babás despreparadas pra educação ou interná-los em escolas integrais só pra, também, poder dar conta da vida profissional é muito egoísmo.

Tiro o chapéu pras mães-mães, aquelas que acompanham os filhos em tudo e que conseguem criar adultos melhores. Mas acho vergonhoso saber que há mães por aí que tiveram filhos apenas pra alimentar o ego e calar a boca de uma sociedade que cobra este papel das mulheres, dizendo: "OK, fiz minha parte, tive um filho".

Filhos são opção. Não obrigação e acho ótimo uma revista, de vez em quando, lembrar a sociedade disso. Os tempos são outros... E, podemos sim ser felizes sozinhas!

Um comentário:

Fiamma disse...

Muito bem colocado.. parabéns