19 fevereiro 2012

Isso é que é introdução!

Gosto de coisas criativas. Leio livros que jamais tiraria da prateleira da loja só porque o título ou a introdução chamaram a minha atenção. E, na maioria das vezes, acabo me surpreendendo mesmo. Largei o livro do Steven Tyler porque meu Tommyland chegou. Esperei 6 meses por ele... E já na introdução, tive vontade de ler o livro, sem parar, até o fim. A melhor de todas! Quem, neste mundo, pensaria em começar uma biografia conversando com o próprio pau? Tommy Lee, é lógico!

Introdução: Estado de espírito (também conhecido como “Direto da Redoma”)

Tommy: Bom dia, meu rapaz.

Pau: E aí? Bom, além de mim? Já estou de pé faz um tempo. Aliás, acordo sempre antes de você.

Tommy: Você tá certo. Será que dá pra voltar a dormir? Por que você tem que me acordar tão cedo toda manhã? Você sabe que gosto de dormir.

Pau: Estou de pé porque quero estar de pé. Não tem nada a ver com você. Você só tá ligado em mim, meu. Esta vida que você tá vivendo, não é sua, Tommy, é minha. Desde a sua primeira ida ao banheiro pela manhã até seu último orgasmo à noite, sou eu. Sou o cara, meu. Você é o copiloto. Se não fosse por mim, você dormiria o dia todo, e daí onde você estaria?

Tommy: Estaria bem e relaxado.

Pau: Você estaria descansado e sem vida. Ouça, sou ocupado o bastante, mas sabe o que? Você deveria me promover a seu road manager, Tommy. Sou o único que consegue te acordar na hora.

Tommy: Isso é loucura! Meu próprio pau mandando em mim. Cara! Você não pode ser meu road manager, você é um pênis! Bem... Talvez você tenha razão, muitos road managers são do caralho.

Pau: Entendeu o que eu disse? Bom, já que você tá acordado, o que vamos fazer hoje? Os clubes de strip já estão abertos? Não consigo ver o relógio daqui. Podemos visitar o Hef na Mansão da Playboy e ver quais garotas estão na piscina? Eu poderia tomar um sol.

Tommy: Desculpa, cara, sem strip e sem Mansão. Estou escrevendo meu livro hoje.

Pau: Sério? Então você vai falar toda a verdade, a verdade verdadeira, nada além da verdade, em nome de Deus?

Tommy: Sim, majestade. Este livro vai ser sobre toda a verdade, prometo, o mundo sabendo lidar com isso ou não. Mas cara, você está me trazendo más lembranças com essa conversa de corte. Não se lembra da prisão? Pega leve, ainda nem tomei o meu café-da-manhã.

Pau: OK, mas fico contente em saber que você será honesto, amigo. Fico feliz que está pronto para admitir publicamente que sou bem mais famoso que você. Nós dois sabemos que eu sou a estrela e que você é um assistente, que eu sou Batman e você é o Robin.

Tommy: Meu, isso não é certo.

Pau: Ah é? Todos nós temos dons, e eu sou o seu. Você acha mesmo que as pessoas querem ler um livro sobre o que você acha da sua rotina? Todos esses conceitos românticos no que você tem baseado a sua vida? Certo. Tudo o que eles querem sou eu, eu, e mais eu. Se seu corpo fosse uma banda, eu seria o líder. E o líder sempre dá entrevistas. Então vamos começar com o ditado. Quem vai escrever este livro sou eu.

Tommy: Que porra é essa? Ficou louco? Você tá dentro das minhas calças na maior parte do dia. Eu falo com o público, meu querido, e as pessoas querem ouvir o que eu tenho a dizer. Sou eu quem comanda e você só estrelou no filme. Tenho tido uma vida muito louca sim, e você definitivamente fez sua parte. Não há como negar, mas você não é tudo isso. Haverá bastante coisas sexuais onde você poderá co-escrever. Posso contar com a sua ajuda para relembrar algumas das nossas cooperações ao longo dos anos. Mas, meu caro, tenho 41 anos, vivi uma vida inteira, e há muito o que dizer e você não tem nada a ver com isso. Sou o capitão deste navio.

Pau: Que se dane, comandante. Se ajudar, segura a onda. Apenas certifique-se de colocar um pouco da verdade: Você me deve a vida. Fiz o que você é hoje.

Tommy: Tá maluco?

Pau: Não, é você quem está. Sou o legal e racional deste relacionamento. Sei o que quero e como conseguir o que quero. Foda-se, sei o que você quer e como conseguir. Tommy, meu querido amigo, você já é velho o bastante para saber isso: tenho estado atrás de todas as decisões desde o segundo ano. Consegui tudo e todas que você já teve. Pense sobre isso. Heather Locklear? Pamela Anderson, e muitas outras para listar? Entrar na sua primeira banda? Pegar na baqueta? Isso tudo foi graças a mim, meu filho. Plantei essas sementes. A verdade é, eu sabia como conseguir o que queríamos. Não iria esperar você tomar a decisão.

Tommy: Cara! Vou colocar uma camisinha em você se não calar a boca.

Pau: Como quiser, machão. Não importa o que irá escrever neste livro, te prometo, as pessoas irão compra-lo por uma razão: saber quanto eu realmente meço.

Tommy: Cara! Por favor, cale a boca, tenho que trabalhar. Já não é fácil lembrar de alguns detalhes da minha vida sem ter você me sacaneando. Não sou o tipo de cara que manteve um diário por todos esses anos. Ouça, irei escrever sobre você, vou até escrever com você, prometo. Você terá seus créditos e seu espaço. Quando estiver por aí promovendo meu livro, autografando, confie em mim, você estará comigo, e me perguntarão sobre você. E nem ouse perguntar sobre Jay Leno sobre o sofá dele, porque se você fizer isso, vou prendê-lo no meu zíper antes de entrar em cena. Mas preste atenção, enquanto eu estiver no sofá dele e você e minhas bolas estiverem soando, me certificarei de trocá-lo para uma posição confortável para que a câmera o pegue no seu melhor ângulo.

Pau: Meu, não me desrespeite. Sempre fui seu fã.

Tommy: Sempre fui seu fã também. Mas vamos esclarecer uma coisa. Sou o homem com um rosto neste circo. Esta é a minha vida, a minha história. Você é parte dela, mas tem muito mais coisa rolando o tempo todo. A vida me oferece loucuras todos os dias. Algumas são boas, outras são muito, muito boas, mas outras são bem ruins. Mas, sabe, não mudaria nada. Tenho tido os picos mais altos e os baixos mais baixos que você pode ter na vida. Fiz coisas ótimas e cometi grandes erros. E assumo tudo. Estou dizendo a você, as pessoas vão aprender a verdade sobre mim neste livro, vão aprender que quando faço alguma coisa, qualquer coisa, sempre opto pelo maior.

Pau: A-ham. Já acabou? Você realmente não consegue ser humilde. Então vamos começar esta porra de livro com um capítulo sobre as groupies.

Tommy: Inacreditável! Sossega, por favor! Deixe-me começar a escrever. Vamos tratar delas – não se preocupe, você terá sua chance de aparecer. Vamos deixar isso claro, eu dirijo o barco e você só aciona a buzina, lembra?

Pau: Como quiser, capitão.

15 fevereiro 2012

E a sua vida, vai bem?

Big Brother já tá na décima segunda edição e, apesar do fiasco da audiência, duvido que saia do ar tão cedo. Sabe por quê? Porque gente desocupada e com a vida medíocre adora fuçar o que os outros fazem. As pessoas entram anônimas no programa e, mesmo assim, despertam a curiosidade de outras pessoas porque, no fundo, estas desejariam que suas vidas fossem iguais àquelas que ela vê.

Esta semana aconteceu algo que já não me acontecia há muito tempo. Recebi um e-mail (anônimo) com o conteúdo que prova a minha teoria acima. A provável dita cuja, dona da mensagem, é conhecida de um cara com quem saio há quase 2 anos. Os adjetivos usados por ela vão de vagabunda pra baixo... (engraçado, pois no meu vocabulário, vagabunda é aquela mulher que dá em cima de homens acompanhados...). Porém, não foi o conteúdo do e-mail que me deixou bem puta da vida, mas a invasão da privacidade que jamais foi concedida à ela.

Hoje em dia é bem difícil não se expor, já que colocamos quase tudo em redes sociais, pois este é um espaço pra socializar com as pessoas que escolhemos. O problema é que tem gente que entende social por sociopatia. Não sabe o que é limite ou se quer respeitar aquele que é imposto. No fim, acabei descobrindo que a fulana em questão fuçou até no meu LinkedIn! Pagar as minhas contas, a mocinha aí, não quer né?

Coisas parecidas já me aconteceram outras vezes, com duas garotas diferentes e bem mais novas, num passado bem distante, quando ainda me relacionava com moleques. Comportamentos assim até que são esperados de garotas imaturas, não de mulheres de 40 anos. Não consigo entender o que se passa na cabeça dessa mulherada que não aceita a rejeição. Tenho pena, apenas... E medo, é claro! Já que não é nada normal invadir a privacidade de alguém da forma como elas invadem.

Se quer saber de mim, da minha vida, da minha família, pergunta. Se não tem intimidade é porque nem perguntar é permitido no seu caso. Enquanto fuçar a minha vida, vai encontrar tudo aquilo que não gostaria de ler ou ver. Porque, provavelmente, tenho e levo a vida que você gostaria de levar e ter. Como a vida dessas pessoas é sem graça, deprimente e medíocre, tudo o que eu disser ou fizer, elas - que não devem estar com o tanque de roupa suja em dia - vão entender que é pra... elas! Quando, no fundo, não me importo ou me interesso pela sua vida.

Tive berço (mas sou ótima na cama!), educação e é por isso que somos bem diferentes: eu sei até onde posso ir e respeito isso. Vagabunda, invejosa e falta de senso crítico são adjetivos que eu dirigiria a pessoas assim. Só não digo, pois, como disse, somos bem diferentes. Aproveitar a vida é privilégio de poucos... Que Deus ilumine a vida dessas pessoas, pois a minha tá do jeito que vocês queriam!

*Ah! E o "você" é geral... Mais uma vez, quem leva pro pessoal é porque tá fazendo merda e, consequentemente, tá com a consciência pesada...

04 fevereiro 2012

Consciência pesada

Hoje eu tava pensando sobre umas coisas que aconteceram recentemente. Culpa de pessoas que - muito provavelmente - não tem o que fazer. Sempre deixei claro que sou contra a inclusão digital. E o principal motivo pra isso é que tem gente que ainda não aprendeu a socializar. Na verdade, essa gente deveria viver em jaulas, ser domesticado até ser capaz de entender que internet é legal, mas tem que saber usar.

Meus 2 celulares não são do tipo "moderno". Quem me conhece um pouco sabe o quanto detesto falar ao telefone. Acho um saco e por isso não invisto em aparelhos de última geração, que conectam a todos os tipos de redes sociais e dizem onde você tá e que porra tá fazendo, minuto-a-minuto. Gosto de navegar por aí, ver algumas atualizações, mas só quando sento na frente de um computador pra este fim. Não tenho iPad, iPhone ou qualquer iPhoda pra carregar embaixo do braço e dar satisfação de cada passo que dou. Se quisesse isso, arrumaria um marido pra prestar contas da minha vida. Quando saio pra tomar café, levo um livro, porque ainda acho que vale mais a pena saber da vida de quem deu certo do que fuxicar a vida alheia de gente que não é merda nenhuma.

Enfim.... Há um tempo escrevi sobre pessoas que se acham o certo do universo num outro post. Falei sobre como elas achavam que tudo, absolutamente tudo, girava em torno do próprio umbigo e o quanto o mundo cortejava cada passo que davam, na cabeça delas. Eu, na verdade, não dou e nunca dei a mínima pra gente assim. Tenho pena, pra ser sincera (e pra enfatizar). Mas, elas existem... E o que posso fazer a não ser aprender a conviver? Afinal, sou civilizada. Elas não...

Não sou do tipo que manda indiretas e, mais uma vez, quem me conhece um pouco (mas bem pouco mesmo) sabe disso. Sabe que falo mesmo, nem que isso custe uma amizade. Não mando recados, não falo entre as linhas. Falo na cara, pra que o recado chegue ao destinatário sem que haja mal-entendidos. Mas me divirte essa gente que tem a consciência pesada que acha que coisas que eu escrevo são dirigidas a elas, como se eu acompanhasse a vida de cada uma e me importasse como as mães delas deveriam se importar.

Eu sei o que faço. E o que faço é: andar na linha e respeitar os outros. Indiretas não me incomodam, porque sei que não são pra mim. Na verdade, não levo nada pro perssoal. Mas quem anda fazendo merda por aí anda também esquentando a cabeça com cada palavra que falo. E se você carrega um desses celulares MacGyver no bolso pra fuçar toda hora deve ter mesmo tempo de sobra pra se preocupar com isso.

Então, vamos lá: olhe pro seu umbigo (como gosta de fazer), perceba que não é o centro do universo, mas tome esse tempo também pra pensar se meus posts te ensinaram alguma coisa. Se você é a vaca oferecida das minhas atualizações, então este post é dirigido a você... Não sei qual é o seu nome (porque se soubesse, diria), mas é diretamente pra você!