20 julho 2011

Sex and the City and... a vida

Nunca fui fã de Sex and the City. Até passar dos 30 anos. Daí, comecei a entender porquê raios este seriado fez (e ainda faz) tanto sucesso, a ponto de ganhar 2 longa-metragens. Sim, você precisa ser mulher e ter mais de 30 anos pra achar graça e entender certas coisas.

Já assisti todas as temporadas e os dois filmes. Mais de uma vez. De férias, resolvi aproveitar pra ver tudo de novo (a-ham). E ainda assim, me divirto com as histórias. Coisa de menininha? Nope, babe. De mulherão! Tem que ser muito mulher pra poder entender todas as mensagens e rir delas, mesmo assim.

Aos 20 anos, menina nenhuma viveu ou tem história pra captar o cinismo, o humor, as piadas e as experiências de mulheres da década seguinte. Aos 30, você ainda não viveu tudo, é claro, mas já consegue rir das merdas que vez com a maturidade da idade e se ver (váriasssss vezes) em muitos episódios deste seriado. É aquela sensação de "opa, já estive aí" o tempo inteiro...

É como ver o relacionamento de amigos estando fora dele, mas enxergando você mesmo neles. O ponto-de-vista dela. O ponto-de-vista dele. Ela fazendo tempestade numa xícara de café. Ele não entendendo o drama dela. Ela intensa, ele mais ou menos. Ele casando com uma menina água-com-açúcar porque não sabe lidar com uma mulher independente.

Qual garota de 20 anos consegue bancar o próprio closet e a paixão por sapatos se não tiver a ajuda financeira do papai e da mamãe? Que menina imatura consegue ser confiante o bastante pra chegar no "alvo" que quer e saber conversar sobre o que quer que seja? Meninas de 20 anos ligam demais pra aparência e pra opinião dos outros... Ainda. Apenas fantasiam a idéia de morar sozinhas, mas nem imaginam as vantagens (e desvantagens) dessa conquista. Mocinhas de 20 ainda não saíram com todos os tipos de homens que existem por aí. Ela ainda dizem "sim" pro cara pra quem gostariam de dizer "não", mas não têm coragem... Sonham com casamento, filhos e em sair da casa dos pais, porque acreditam que a vida só tem sentido se seguir esta trilha.

Talvez se eu fosse uma serial killer, veria Dexter com estes olhos... Vai saber!

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