02 maio 2013

E a cura pra ignorância, vota quando?

Tem que ser muito macho pra ser gay nos dias de hoje, sabia? Pois é, já viramos o milênio há alguns anos, mas parece que ainda existe bossal com a cabeça no início dos tempos, que prefere enxergar a escolha de cada um como coisa do capeta ao invés de aceitar a opção e encará-los como iguais.

O pastor evangélico Marco Feliciano, também presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados - teoricamente responsável por defender as minorias e suas opções -, resolveu colocar um projeto (idiota) para votação, que vem sendo chamado de "cura gay". Ele ainda defende um texto que penaliza a discriminação contra heterossexuais (a maioria). Mais homofóbico e racista, impossível! O santo-do-pau-oco em questão além de responder no Supremo Tribunal Federal por homofobia também tenta se defender do crime de estelionato.

Não sou homossexual e nem muito engajada em causas. Mas certos tipos de comportamento e atitude, como do sujeito aí, me embrulham o estômago. Preconceitos estúpidos como este, nos dias de hoje, são inaceitáveis. Já estamos num outro nível. Apesar de até a igreja católica ser contra, já estamos discutindo e aceitando com outros olhos a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Qual é o problema, então?

Não dá pra acreditar que, em 2013, ao invés de discutirmos coisas realmente importantes e relevantes, temos que nos deparar com projetos pensados na cura de algo que não pode nem ser diagnosticado como patologia. Não é possível que um país com a educação e o sistema público de saúde de m*** oferecidos pra quem trabalha 6 meses do ano só pra pagar impostos ignora problemas reais e ainda é representado por pessoas preconceituosas e de mentes tão fechadas.

Gays são cultos, inteligentíssimos, ocupam o tempo com aquilo que os fazem grandes, são honestos porque, acima de tudo, não escondem aquilo que a sociedade ainda discrimina, sua opção sexual que difere da maioria.Eles, sim, deveriam estar no poder.

Opção é opção. Seja ela qual for tem que ser respeitada. O que realmente deveria existir é a cura para a ignorância de pessoas pequenas e preconceituosas, como o nosso excelentíssimo (só que não) presidente de Direitos Humanos. Pessoas têm direitos e um deles é de escolher aquilo que os faz bem. E você, Feliciano, foi escolhido para representá-los.

Que nosso excelente sistema de saúde invente uma vacina pra acabar com este seu mal: a sua ignorância.

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