02 abril 2013

Mandar cansa



Vou confessar: ser chefe não é tarefa pra qualquer um. Mandar cansa... e muito! E tá cada vez mais difícil encontrar profissionais por aí que não precisam ser mandados, mimados e tratados como crianças, com muito carinho, pra que desempenhem um bom trabalho. A maioria não quer mesmo saber de autonomia, quer ser levado no colo. 

Quando se é (ou sempre se foi) bom funcionário, capaz de acumular funções, cumprir prazos e expectativas, ser pontual (pra dizer o mínimo) fica difícil aceitar certos comportamentos dentro de uma empresa, por menor que ela seja. Trabalho é trabalho, é igual pra todo mundo, em qualquer lugar ou companhia. O que muda é a função, mas responsabilidades todos têm. 

Em tempos onde universidades vendem diplomas pra quem entrega o RG na portaria, contratar profissionais preparados pra qualquer cargo é, praticamente, impossível. Quando se encontra alguém mais ou menos, o chefe ainda precisa lidar com a falta de compromisso e competência. Os “profissionais” estão cada vez mais amadores e entendendo demais dos direitos, cumprindo quase nada os seus deveres.

É tão desgastante entrevistar e treinar pessoas pra uma vaga e desestimulante quando se vê – lá na frente – que o fulaninho não evoluiu. Pelo contrário: se acomodou e já não faz mais do que as obrigações. Contestam responsabilidades, mas cobram aumentos de salário. 

Não sou nenhuma expert em Recursos Humanos, mas há princípios básicos que poderiam ser seguidos pra se chegar em algum lugar, em algum trabalho, em alguma empresa:

1. Seja comprometido com seu trabalho. Se precisa acordar cedo e ir trabalhar, faça isso da melhor maneira possível. Comprometa-se, poxa! Seu chefe não espera além daquilo que você foi contratado a fazer. Isso é o mínimo que você deve a ele.

2. Seja pontual. Cada vez que um funcionário meu atrasa e preciso adiantar o trabalho dele, percebo o quanto ele é substituível. Portanto, se seu cargo é vulnerável à mudança ou substituições, seja pontual pra que isso não seja percebido tão facilmente...

3. Respeite regras. Onde há bom senso, não há regras. Mas se elas existem, não custa nada respeitar. Elas não estão lá por acaso... 

4. Aprimore-se. Qualquer mané é capaz de desempenhar uma função quando treinado para aquilo. Mas se você “perder seu tempo” melhorando o que faz, dá pra crescer, subir na carreira, ganhar mais... E todo aquele blá-blá-blá que, acredite, acontece só com quem trabalha duro. Ou você prefere acreditar em sorte?

5. Respeite a hierarquia. Se seu chefe é seu chefe é porque conhece um pouco mais do que você, trabalha na área há mais tempo, é batalhador. Então, assim como seus avós merecem ser respeitados, pois estão anos-luz à sua frente em sabedoria, faça o mesmo com quem está acima de você. Assim, o puxa-saquismo torna-se extremamente desnecessário. 

Fácil, simples e não custa nada.

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