22 janeiro 2010

Não pode?


Não coma chocolate todos os dias. Não se apaixone pelo melhor amigo. Beba socialmente. Não faça barulho depois das 10. Nunca experimente drogas. Não tome sol ao meio-dia. Não fale com estranhos. Guarde parte do dinheiro que ganha. Entre o ano de branco.

Reparou como a vida é repleta de regras? Somos obrigados a tê-las porque vivemos em sociedade. Claro! Mais do que certo não atravessar o farol quando ele estiver vermelho e respeitar o pedestre quando estiver na faixa. Pagar as contas em dia pra evitar os juros e ser coerente com as autoridades.

Mas limitar o resto é seguir padrões demais. Já dizia o ditado: Se você respeitar todas as regras vai perder toda a diversão. Exagero? Eu prefiro acreditar que as regras foram criadas pra serem desrespeitadas. De limite já basta um: saber que um dia a vida vai acabar. Antes disso, devemos respeitar certas regras (e uma delas inclui o limite do próximo), mas esquecer as outras que nos deixam infelizes. O que tem de mais beber além da conta de vez em quando? Ligar pra alguém depois da meia-noite quando der vontade? Sorrir pro inimigo? Se entupir de guloseimas no final de semana? Convidar um cara de quem você está a fim pra sair?

O melhor arrependimento é aquele que sentimos por ter feito algo errado. Quem não tem coragem de viver, de testar limites, desrespeitar regras, não tem história pra contar. Se não pular o muro, como saber se o que tem do outro lado é bom ou ruim? Dever, talvez ninguém deva mesmo. Mas poder, todo mundo pode!

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