02 dezembro 2014

Conselhos de vó

Regina Brett ficou conhecida como uma velhinha de 90 anos que dá lições de vida que valem ouro. O problema é que quando alguém procura uma foto da vovozinha no Google, se espanta com a aparência jovem. A verdade é que ela ainda nem chegou aos 60. Mas, quando descobriu – aos 45 anos – que estava com câncer de mama, resolveu sentar e escrever 45 conselhos que se espalharam rapidamente na internet. No fundo, não importa a idade dessa senhora, mas sim os chacoalhões que nos fazem acordar pra vida, seja qual for a sua idade.

1. A vida não é justa, mas ainda assim é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê o próximo passo, mas ande devagar.
3. A vida é muito curta pra perder tempo odiando os outros.
4. Não se leve tão a sério. Ninguém vai leva-lo tão a sério assim.
5. Pague a fatura de seu cartão de crédito todos os meses.
6. Você não precisa vencer todas as discussões. Concorde em discordar.
7. Chorar com alguém ajuda mais do que chorar sozinho.
8. Quando o assunto é chocolate, resistir é perda de tempo.
9. Fique em paz com seu passado pra que ele não bagunce o seu presente.
10. É OK deixar que seus filhos o vejam chorar.
11. Não compare a sua vida com a vida dos outros. Você não tem ideia das lutas pelas quais estão passando.
12. Você não deve entrar em relacionamentos que precisam ser mantidos em segredo.
13. A vida é muito curta pra se lamentar. Ocupe-se vivendo.
14. Você consegue superar qualquer coisa se viver um dia de cada vez.
15. Um escritor escreve. Se quiser ser um escritor, escreva.
16. Nunca é tarde pra se ter uma infância feliz. Mas a segunda depende de você e de mais ninguém.
17. Quando o assunto é ir atrás do que você ama na vida, não aceite “não” como resposta.
18. Queime velas, use os melhores lençóis, vista a lingerie mais sexy. Não guarde isso pra ocasiões especiais. Hoje é um dia especial.
19. Esteja sempre preparado, mas siga o fluxo.
20. Seja excêntrico agora. Não espere até envelhecer pra usar roxo.
21. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
22. Ninguém é responsável pela sua felicidade, a não ser você mesmo.
23. Lembre-se das seguintes palavras quando as coisas estiverem ruins: “Isso vai ter alguma importância em 5 anos?”.
24. Perdoe tudo e todos.
25. O que as pessoas pensam sobre você não é da sua conta.
26. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
27. Não importa se a situação é boa ou ruim, ela irá mudar.
28. Seu emprego não irá cuidar de você quando estiver doente. Seus amigos sim. Mantenha contato.
29. Acredite em milagres.
30. O que não te mata, realmente te fortalece.
31. Envelhecer mata a alternativa de morrer jovem.
32. Seus filhos terão apenas uma infância. Faça com quem seja memorável.
33. Saia de casa todos os dias. Os milagres acontecem lá fora.
34. Se todos nós jogássemos nossos problemas numa pilha e olhássemos pros problemas dos outros, certamente pegaríamos os nossos problemas de volta.
35. Não analise a vida. Faça acontecer.
36. Livre-se de tudo o que não é útil, bonito ou alegre.
37. Tudo o que realmente importa no final é aquilo que você amou.
38. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
39. O melhor ainda está por vir.
40. Não importa como se sente, levante-se, arrume-se e se mostre.
41. Respire fundo pra acalmar a mente.
42. Se não pedir, não irá receber.
43. Renda-se.
44. Guarde dinheiro pra sua aposentadoria e comece com seu primeiro pagamento.
45. A vida não vem embrulhada com um laço, mas ainda assim é um presente. 

04 novembro 2014

Não vivo sem!


Todo mundo tem aquele (não necessariamente no singular, é lógico) item que não consegue viver sem. Eu, por exemplo, não saio de casa sem lentes de contato, óculos escuro, celular (e o carregador) e minha carteira. Não consigo viver sem livros, internet, lápis e bloco de anotações. Minha família é extremamente essencial e é o tipo de coisa que não se inclui numa lista. Mas, além desses objetos necessários pra sobrevivência – ou pelo menos pra chegar viva até o fim do dia – sempre tem aquelas outras coisinhas que, ao longo da vida, descobrimos e não conseguimos mais imaginar a nossa existência sem.

Se eu tivesse que levar alguns objetos pra uma ilha deserta, estes 5 teriam que estar na mala:

1. Starbucks Vanilla Latte – todo mundo que me conhece já percebeu meu vício em Starbucks e é óbvio que eu não conseguiria passar uma semana sem a minha bebida preferida. Bebo tanto que, na loja que mais frequento, não preciso fazer meu pedido ou dizer meu nome: quando paro no balcão eles me perguntam: “O de sempre, Juliana?”.

2. Dry shampoo – lavo meu cabelo todo santo dia, apesar de saber que isso não é recomendado. Mas eu não gosto daquela sensação ensebada, sabe? Por isso, essa invenção é um item que não sai da minha bolsa. Costumo carregar a versão pra viagem e, se achar que no fim do dia meu cabelo não tá legal: spray nele!

3. Tangle Teezer – sou do tipo de pessoa que só penteia o cabelo quando sai do banho e não tenho um bilhão de escovas. Mas essa coisa aí tem feito com que escove os cabelos com mais frequência, porque parece massagem. É caro, confesso, mas valeu o investimento.

4. BB Cream – não importa a marca, já experimentei algumas, e posso dizer que essa invenção também caiu do céu. Tenho um monte de manchinhas no rosto e ele cobre tudo sem deixar pesado.

5. Seu Horóscopo Pessoal – ganhei este livro do Joseph Polansky de presente no meu aniversário do ano passado e, desde então, consulto mensalmente as previsões. E elas acontecem, exatamente quando e como estavam previstas. Anoto as mais importantes na agenda e sigo ao longo do ano, algumas pra tomar certas decisões. Deu tão certo que, este ano, vou comprar a edição de 2015. Recomendo, viu!

07 outubro 2014

O direito a opinião

No fim da tarde de ontem, deixei um comentário num post publicado pela candidata Dilma, na página do Facebook dela. Não sou politizada e não curto política, mas acompanho há um tempo posts não apenas dela, mas de outros candidatos (diferente de alguns, que preferem se alienar do resto do mundo, sigo sim os concorrentes daqueles que admiro, pois assim posso formar a minha opinião). A candidata estava conclamando as pessoas que melhoraram de vida nos últimos 12 anos, tempo em que o PT está no poder, a se juntar a ela na campanha para o segundo turno das eleições para presidente.

Como minha vida mudou (para pior), fui deixar lá a minha opinião. Afinal, ainda não vivemos numa ditadura e acredito ter liberdade para expressar a minha insatisfação com a atual presidentE, pois pago impostos e moro no país que ela comanda. Pra minha surpresa, a repercussão do meu comentário foi enorme: até o momento, 450 pessoas curtiram e muitas outras que não conheço comentaram. Aqueles que dividem a mesma opinião que a minha foram extremamente educados. Os PTistas, ao contrário, foram agressivos e me encheram de desaforos, ofendendo a mim, minha qualificação profissional e minha jornada de trabalho.

Alguns disseram que meu discurso era vazio. Concordo com todos. Até porque não tenho discurso. Tenho, sim, pouco dinheiro na minha conta bancária e muitos anos de contribuição em impostos. O suficiente pra me deixar insatisfeita com a situação atual do meu país. Não tenho discurso, tenho discernimento, bom senso e opinião.

Em momento algum defendi um partido ou político (apesar de ter os meus), mas defendi a minha insatisfação. Ainda posso discordar com o fato do que o país não estar bem ou preciso pagar uma taxa pra isso? Minha vida e a de muita gente que conheço não melhoraram. Poder comprar um carro em 60 vezes não é sinônimo de melhora. Comprar uma casa em parcelas a perder de vista, não é sair da miséria. Minha ideia de progresso é bem diferente.

Nasci na época da ditadura. Não sou uma menina que vive de mesada. Contribuo com TODOS os impostos, pois se não os pago, sou punida. Meu salário seria excelente, mas parte dele é desviado pra pagar impostos e garantir o Bolsa Família de gente capaz de arrumar emprego, mas que se encosta na sombra de benefícios do governo (por exemplo).

Eu tinha 10 anos quando o movimento das Diretas Já conseguiu garantir a redemocratização, mesmo depois da censura imposta sobre a imprensa e de muitas manifestações políticas pra derrubar João Figueiredo. Eu vi Tancredo Neves ser eleito presidente. E me lembro, também, da felicidade do povo deste país indo às urnas. E vejo, hoje, a mesma esperança nas discussões (sadias) promovidas em redes sociais.

Ofensas me irritam, porque são gratuitas. Campanhas baixas me entristecem (Dilma, por exemplo, dividiu ontem o povo brasileiro entre brancos e negros, num post em seu Twitter pessoal. Um pouco mais tarde, o mesmo post foi deletado). Duas pessoas podem olhar pra mesma coisa e ver coisas totalmente diferentes. Discordar é inteligente. Ofender, assim como concordar com tudo, é ignorância.

Meu voto vale mais que os benefícios oferecidos pelo governo. Ele foi conquistado por políticos que todos nós “devotamos” nos dias de hoje, tanto os meus quanto os seus – e isso independe de partido ou no que você acredita. Eu não jogo o meu fora. Assim como não pretendo jogar no lixo o meu direito a opinião. Quero ordem e progresso, não desordem e retrocesso. 

21 setembro 2014

Em quem você coloca a culpa?

Não falo sobre política. Odeio esses debates promovidos nas redes sociais às vésperas das eleições. Não assisto horário político e nem os confrontos entre os candidatos exibidos na TV. Assim como também não converso sobre religião. Pode parecer óbvio evitar estes tipos de assuntos, mas prefiro assim a perder a admiração que ainda tenho por algumas pessoas.

Primeiro, porque quem realmente gosta de discutir política tem a cabeça fechada demais pra aceitar a opinião dos outros e tenta, a todo custo, me convencer de que o ponto de vista dela é o correto. O mesmo sobre as crenças que temos. O que acredito ser bom pra mim não será o mais indicado pra outra pessoa. Temos backgrounds diferentes e isso é saudável. Não há certo ou errado. Não nestes dois casos.


Apesar de achar que o voto deveria ser opcional – acredito cegamente que o resultado das eleições seria bem diferente do que aquele que tivemos até agora – eu já tenho meu candidato. E baseio a minha decisão naquilo que mais se aproxima do que sou. Afinal, alguém teria que me representar.

Porém, o que tenho visto por aí anda me fazendo pensar se o povo desse país tem mesmo (algum) bom senso (sobrando). Não quero defender aqui nenhum candidato, nem o meu, nem o sem. Mas culpar o atual governador pela seca de São Paulo e a falta d’água na cidade acho um pouco exagerado, afinal o coitado não é São Pedro. Não me lembro de nenhum político prometer chuva pra uma cidade desse porte. Pelo menos as promessas ainda não chegaram neste ponto. Mas, e você, playboyzinho, que lava seu carro – pelo menos – uma vez por semana pra impressionar as menininhas, o que tem feito pelas nossas represas? Sua faxineira sabe que não é ecologicamente correto lavar a calçada da sua casa com mangueira? Quando a senhora toma aquele banho demorado, tem consciência de que já estamos usando o volume morto da represa que abastece a nossa cidade e não apenas a sua casa? 

Também acho um pouco demais exibir a imagem de uma polícia despreparada pra lidar com uma população sem limite como se isso fosse culpa de quem a comanda ou dos próprios policiais, que estão cada vez mais brigando pela própria vida do que preocupados em salvar a população de bandidos. A culpa é da sua mãe que não bateu na sua bunda o suficiente quando você era criança e achava bonito desrespeitar as “autoridades” (leia-se a autoridade da sua própria mãe, dos mais velhos, e dos professores que te aturavam na escola).

Acho infantil transferir a culpa, tentar se isentar dela, só pra parecer politizado e consciente. O mundo aonde você mora pode ser comandado por políticos, mas não pertence a eles. Políticos são transitórios, vem e vão.  Existe abuso de autoridade, sim. Assim como talvez não tenha existido um planejamento apropriado do controle da água que sai da sua torneira. Mas culpar uma só pessoa por isso só pra livrar a sua falta de educação e respeito não lhe torna santo.

Não falta consciência política, mas social. E aí (como canta o Titãs há muitoooo tempo), quem quer manter a ordem e quem quer criar desordem?

14 setembro 2014

Sabe por que você ainda tá solteira?

Por acaso, ultimamente, você tem se sentido a última solteirona do planeta? Já apelou pra sites de encontro, deu em cima de homem comprometido, se apresentou pra estranhos na rua na tentativa de arrumar alguém pra chamar de seu? Você tem passado tanto tempo sozinha que já nem se lembra mais como é ter a companhia de alguém bacana, com quem pode dividir seu dia, as alegrias e os problemas?

Relaxa! Deixa o desespero pra outra causa que, ironicamente, você não tá sozinha nessa luta. Suas melhores amigas também estão solteironas, já faz tempo que suas primas não levam ninguém no almoço da família e, se reparar bem, tem tanta gente se divorciando ou reclamando do parceiro que o time dos sozinhos só aumenta a cada dia.

Você não é a única que tem se sentido como se estivesse fora do time. Talvez a sua enorme vontade de arrumar alguém tenha te tirado a visão do mundo que a rodeia hoje em dia. Uma geração inteira divide essa sensação de solidão. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais da metade da população tá solteira, contra 37,4% do ano em que nasci (1976). Os jovens de hoje não querem comprar casas ou ter filhos.

Ou seja, sua situação não tá tão feia assim. O problema é que a senhorita olha tanto pro próprio umbigo e insiste em comparar a sua vida com a dos seus pais quando tinham a sua idade que tá aí, à beira do surto.

Da mesma forma como não pode comparar a tecnologia existente hoje, com tantos celulares e velocidades de internet, com a de antigamente, não dá pra comparar a vida dos seus pais com a sua vida social. Atualmente, estamos mais preocupados com o preço do novo iPhone do que com os nossos relacionamentos caindo aos pedaços.

Então, depois dessa mega introdução informativa, aqui vão outros 71 “porquês” que te fazem a solteirona da galáxia: 

1. Porque é muito mais fácil ficar em casa, com a sua Netflix.
2. Porque você acha muito mais fácil escrever 140 caracteres num status a dizer aquelas 3 palavrinhas românticas.
3. Porque você é apenas mais uma farsa.
4. Porque não consegue conversar sem que tenha bebido antes.
5. Porque você tem duas caras: essa que carrega e a outra que exibe no Facebook.
6. Porque tem sempre alguém mais atraente no Instagram.
7. Porque você publica fotos seminuas.
8. Porque você não quer descobrir depois de 3 encontros e $500 que eles não prestam.
9. Porque é mais importante focar na sua carreira agora.
10. Porque você não consegue nem terminar de ler um livro, imagina escrever a própria história de amor.
11. Porque os atendentes de telemarketing não te interessam.
12. Porque ama suas próprias selfies mais do que qualquer outra pessoa.
13. Porque prefere sair com as amigas na sexta-feira à noite.
14. Porque você precisa oficializar seus relacionamentos no Facebook.
15. Porque você nunca vai ser como o casal famoso que tanto admira.
16. Porque não quer admitir que seus pais estão certos.
17. Porque não quer sair com alguém que pode ser o último cara da sua vida.
18. Porque você ainda faz joguinhos.
19. Porque o cara nunca vai parecer o Tom Brady.
20. Porque você não é a Gisele Bündchen.
21. Porque você não quer que alguém descubra que é fã de uma série de TV tosca ou assiste novelas.
22. Porque você fica esperando aparecer alguém melhor.
23. Porque prefere sua cama como está, sem mais ninguém nela.
24. Por causa dos filtros que usa.
25. Porque ninguém te leva pra tomar café-da-manhã.
26. Porque seus encontros tem se resumido a conversas às 2 da manhã pelo Whatsapp.
27. Porque é mais fácil se esconder por trás do monitor.
28. Porque você não tem nem ideia de quem você realmente é.
29. Porque tá desempregada.
30. Porque o mais próximo que esteve de uma autoanálise foi ao preencher o seu “Sobre Você” num site de encontros.
31. Porque você acha estranho sair pra jantar.
32. Porque você não larga seu celular.
33. Porque você não gosta de se comprometer.
34. Porque prefere sexo casual.
35. Porque é orgulhosa.
36. Porque prefere não se comprometer com apenas uma pessoa já que pode ter várias.
37. Porque seus Snapchats estão substituindo conversas reais.
38. Porque sua vida sexual nunca será como a de “50 Tons de Cinza”.
39. Porque usa calça legging.
40. Porque não gosta de se depilar.
41. Porque você não gosta de dividir o banheiro.
42. Porque seu ex não para de ligar e aparecer nas suas redes sociais.
43. Porque nunca tem uma pessoa só.
44. Porque ninguém gosta de assistir os mesmos programas que você.
45. Porque você bebe demais.
46. Porque você valoriza mais o tempo que passa sozinha que aquele acompanhada.
47. Porque você não gosta de ser incomodada com os problemas dos outros.
48. Porque tem muita gente louca por aí.
49. Porque você não consegue amar alguém mais do que ama a si mesma.
50. Porque pedir comida pra dois vai além do seu orçamento.
51. Porque já te magoaram antes.
52. Porque você não gosta de dividir a conta.
53. Porque você não sai de casa.
54. Porque a ideia de conhecer alguém envolve responder e perguntar e você não tem tempo pra isso.
55. Porque é mais difícil ser convidada pra festas sendo um casal.
56. Porque você sabe que um dia pode acabar.
57. Porque você odeia casamentos.
58. Porque você já não tem medo de ficar sozinha.
59. Porque tem sempre alguma coisa sobre ele que você não gosta.
60. Porque não vale a pena apresenta-los pra sua família.
61. Porque você acha que um dia vai acontecer.
62. Porque você não quer alguém fazendo parte dos seus eventos familiares.
63. Porque você tem a si mesma. E em alguns dias nem você mesma se aguenta.
64. Porque você prefere assistir pornô.
65. Porque tem sempre uma bolsa nova pra comprar.
66. Porque ninguém quer usar camisinha.
67. Porque ninguém sabe o que quer.
68. Porque a hora nunca é certa.
69. Porque você visualiza e não responde as mensagens que recebe.
70. Porque assistir seus realities shows favoritos numa roupa velha largada no sofá não é atraente pros outros.
71. Porque temos a vida toda pra nos comprometer.

(post inspirado num artigo de elitedaily.com)

05 setembro 2014

A vida está na mudança

If you want to fly, you must be willing to let go!
Há 6 anos não sabia o que era acordar e ter tempo pra arrumar minha cama. Não tinha mais ideia de como era lavar o cabelo no banho logo cedo e recorria todas as manhãs ao santo dry shampoo. Tinha esquecido como era tomar café sem ter que empurrar o pão com um copo de leite goela abaixo. Há 6 anos não encontrava meus vizinhos no elevador!

A sensação que tenho é a de que estive fora do planeta esse tempo todo, existindo apenas e vivendo muito pouco. Estava tão exausta nas férias que a única coisa que eu conseguia fazer era hibernar como fazem os ursos no inverno. Mal via o sol nascer e nem percebia quando ele se punha.

Chega uma hora em que mudar é a única solução que você pode tentar por você mesmo. Tem momentos na vida em que é preciso saber que um ciclo acabou antes que ele acabe com você. É necessário fechar a porta que já não leva a lugar nenhum antes que seja tarde demais pra perceber que a banda passou e você nem sequer parou pra ouvir.

Mudar não é preciso. É necessário, é vital! Dá medo? Lógico! Você troca o certo pelo desconhecido e todo mundo tem um certo receio do escuro. Mas mudar dá frio na barriga, dá gás, dá vontade de viver de novo.  Mudar é arriscado, mas se não tentar, não saberá o que a vida tanto te reservou.

A zona de conforto é o lugar dos acomodados e dos fracassados. Onde as pessoas não arriscam, não crescem e nem conquistam. Pra ser um vencedor é preciso sair dela. Começar do zero é renascer, dar à vida novas oportunidades.

E não há sensação melhor do que acordar com calma, arrumar a cama, tomar aquele café-da-manhã e um bom banho antes de enfiar a cara naquilo que gosta e te dá pilha pra fazer tudo de novo.


(Quem quer aprender a voar, precisa estar disposto a soltar a mão)

13 agosto 2014

Desistir não é uma opção

Já desisti de sair num sábado à noite por causa da preguiça. Já desisti de comer a sobremesa com medo de estragar a dieta. Já desisti de enviar cartas de amor, porque talvez não fosse compreendida. Já desisti de postar assuntos polêmicos pra não causar discórdia. Já desisti de uma briga, porque não valia a energia desperdiçada nas discussões. Já desisti de acordar cedo num final de semana de sol, porque estava cansada demais da semana. Mas, nunca desisti da vida.

Todo mundo conhece alguém que sofre ou já sofreu com a depressão, aquela tristeza profunda que parece não ter fim, nem cura, nem remédio, nem mesmo vontade de sarar. A gente costuma achar que não passa de frescura, mas pelo menos 5% da população mundial tá, nesse momento, sem a menor vontade de sair da cama e, 15 entre 100 deprimidos irão cometer suicídio eventualmente. Depressão é uma doença e o preconceito só atrapalha a busca pela cura. Muitas vezes, por melhores que sejam as intenções dos amigos, só conversas de mesa de bar, desabafos regados a lágrimas e aquele ombro acolhedor, não são suficientes.

Esta semana, Robin Williams chegou ao limite. E você pensando como alguém com tanta fama, dinheiro e realizações poderia se matar, tendo tudo o que muita gente sonha nas mãos. Depressão não escolhe carreira, beleza ou status social. E Robin Willians jogou a toalha, fazendo a depressão vencer mais uma batalha.

É errado achar que o suicídio vai libertar alguém do sofrimento, fazer com que esta pessoa encontre, finalmente, a paz. Ao dar um fim na própria vida, o ator com cara de fofo e feliz mostrou que também era humano. A morte dele não é mais importante só porque todos o conhecem, não porque ele partiu, mas porque ele escolheu deixar o mundo.

Tem gente que acha suicídio um ato de coragem. “Como é que o sujeito teve colhão pra se jogar da ponte, atirar na própria cabeça, se enforcar, tomar uma dose potente de remédios ou se envenenar?”, você se pergunta. Outros acreditam ser o extremo da covardia; afinal, todos nós estamos na vida pra enfrentar problemas, resolvê-los, vencê-los, porque a vida não é fácil com ninguém.

Não consigo compreender tanta e absoluta rejeição a vida, a falta de capacidade de ver o valor em seja lá o que for a ponto de se perder toda a esperança. É uma escolha trágica, e isso deve ficar claro: suicídio, apesar de horrível e desesperador, é uma escolha. Ele não acontece com alguém, não te ataca como uma doença ou um furacão. Robin Williams era genial, mas ele não morreu de depressão, não é isso o que irá aparecer nos laudos da autópsia, porque depressão – sozinha – não mata ninguém, não te sufoca e nem faz seu coração parar. Por mais triste que seja, ele morreu pela escolha que fez. É uma escolha puxar o gatilho, se envenenar, pular da janela, desistir de vez.

Por mais triste que esteja, você não precisa escolher tirar a própria vida, como se ela fosse o presente de Deus (ou seja lá no que acredita) que você não gostou e quer devolver insatisfeito ao remetente em forma de protesto. Suicídio não acaba com o sofrimento, só o transfere pra quem fica por aqui, pro resto da vida deles. A vida existe e todos nós fomos feitos pra vive-la. Não desista da luta, porque esperança não se mata, ela é a última que morre. 

05 agosto 2014

Eu voltei...

Voltei a ler livros antes de dormir. Aliás, voltei a comprá-los também, pra depois passar a tarde com a cara no meio das novas aquisições numa Starbucks, tomando lattes demorados, sem ter que dar minha atenção pra alguém que reclama do gosto do café.

Voltei a me presentear com mimos bem femininos, porque cansei de esperar presente ou agrado de alguém. Voltei a frequentar restaurantes japoneses e a me entupir de peixe cru e arroz frio. Voltei a sair com as amigas, sem ter medo de ser abordada por estranhos e seus elogios. Voltei a me produzir pra passeios, porque já passei tempo demais em casa, de calça jeans e camiseta e, meus sapatos de salto alto agradeceram a decisão.

Voltei a assistir meus seriados preferidos sem legendas, não porque já os conheço de cor, mas porque as malditas letras no rodapé da TV me roubam o foco. Voltei a encher minha geladeira só com o que gosto. Voltei a confiar nas pessoas (certas) e a acreditar em promessas.

Desaposentei aplicativos de chat no meu celular. Voltei a fazer planos! Não posso me acomodar naquilo que tanto me incomoda. Não tenho esse direito...

Depois de agradar muito quem não merece, você chega a conclusão de que deve valorizar a única pessoa que estará do seu lado até o fim: você mesmo. Chega uma hora em que você percebe que fez tanto por alguém que a única coisa que resta fazer é parar, se distanciar e deixa-los partir. Dar lugar pra quem quer ficar. E nem sempre deixar de fazer algo por alguém significa que desistiu ou não tentou.

É preciso saber separar a determinação do desespero. O que é seu, de verdade, no final será seu. E o que não for, não importa o esforço que tenha feito ou continue fazendo, nunca será.

Chega uma hora em que você cansa de virar a página, porque percebe que a história não é a sua, que não faz mais parte dela. E nessa hora, o melhor é trocar o livro. Eu já sou outra (ou, talvez, a mesma de antes de você chegar) e, sendo outra, já não sou mais sua. Eu voltei a ser minha. 

28 julho 2014

O que a mentira aumenta?

Dizem que a mentira tem perna curta. Eu poderia descrevê-la com mais detalhes, dizer que é charmosa, tem um olhar sedutor e que sabe escolher bem as palavras. Mas a ideia não é criar uma imagem bonita e interessante pra ela, pois não é assim que deve ser retratada.

Este não é um texto sobre alguém, mas sobre um comportamento comum que vem se repetindo na minha vida. Não por mim, óbvio, já que fui educada por pais honestos e sinceros até além da conta. Desde cedo, se preocuparam em expor a verdade, por mais dolorosa e traumática que ela pudesse ser, me ensinaram que mentiras não têm vida longa, têm prazo de validade e são exibidas: adoram aparecer.

Cresci no meio de conversas muito francas, que transbordavam respeito. Principalmente sobre relacionamentos e não é à toa que espero o mesmo dos outros. Seria correspondida, quem sabe, num lindo mundo cor-de-rosa, que não existe.

Desde cedo somos ludibriados com a história de um bom velhinho, que só presenteia aqueles que se comportam bem. Passamos o ano sendo boas crianças, porque o idoso fictício precisa trazer o bendito agrado. Crescemos e nos decepcionamos ao descobrir que Papai Noel não existe. Trocamos essa mentira por muitas outras, porque elas fazem bem aos ouvidos e nos mantém na linha. Acreditamos em cremes milagrosos, em comerciais de TV, em cursos rápidos e em dinheiro fácil.

Passamos a dar ouvidos às promessas dos políticos e campanhas eleitorais, porque soam sedutoras e sempre trazem aquela esperança de um país melhor. Quando tomamos outra rasteira desses tais comandantes é que nos damos conta de que estamos, na verdade (opa, olha ela aí!), cercados por mentirosos e enganadores. Gente que se aproveita da ingenuidade de quem ainda espera pelo presente no Natal, acredita num rótulo de anti-idade e num mundo melhor, incapaz de enxergar a maldade na conversa atraente dos outros.

Mentir não é um defeito, mas uma escolha. Quem mente, sabe exatamente o que está fazendo, conhece as consequências, mas – por mentir – se julga esperto o suficiente pra achar que não será pego. Subestimam a inteligência dos outros e, inteligência, não se subestima. Ela existe, é real, é lógica pura, não gosta de brincar e ao tentar juntar peças de quebra-cabeças incompletos acaba achando aquela que não encaixa. A imagem construída pelo mentiroso vai pro ralo e ainda estou tentando entender a vantagem de comportamentos assim. 

Recentemente, conversando com amigos sobre este assunto, tentei chegar a uma conclusão. De que a culpa, talvez, fosse mesmo minha, por dar tanto crédito a quem não merece nenhum, nem meu tempo ou meus ouvidos. Mas isso também é mentira. Os sedutores gostam de inverter o jogo e fazer acreditar que o errado é você.

É elegante ser honesto, além de ser gentil com aqueles que nos devotam confiança. Mentir é feio e não aumenta o nariz. Isso é outra história que inventaram pra te manter na linha, porque se mentir aumentasse alguma coisa, certamente alguns homens o fariam com certa constância, sem culpa ou dor no coração. Mentir, verdade seja dita, só diminui a sua credibilidade. 

24 julho 2014

Bem na foto, mas ruim no conceito

Seja honesto: você tira conclusões sobre a personalidade de alguém baseado na foto de perfil que uma pessoa exibe em sites de relacionamento ou redes sociais, como o Facebook, por exemplo?

Não temos ideia, mas o poder de uma foto – bem escolhida – é imenso. O problema é que essa ideia pode ser completamente errada, não pela beleza, mas pela personalidade que uma foto pode transmitir. Por trás daquele sorriso maroto e olhar sedutor pode existir um ogro boçal e você nem sabia.

Pesquisadores da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que as fotos de perfil são mentirosas e podem ser facilmente mal interpretadas por quem as vê. Ou seja, somos literalmente seduzidos pelas imagens e, pequenos ajustes feitos nas fotografias, como provou o estudo em retratos tirados com uma luz diferente, fazem com que tenhamos uma outra opinião sobre a mesma pessoa, como se ela fosse uma segunda, completamente diferente.  

Os critérios analisados pelos psicólogos foram baseados em traços de personalidade, como atratividade, competência, criatividade, astúcia, extroversão, mesquinhez, confiabilidade e inteligência. A pesquisa mostrou, ainda, que esse julgamento não demora muito pra ser feito e pode levar segundos, por isso – não raramente – ficamos surpresos ao conhecer a fundo alguém que saiu do mundo virtual.

É o que dizem: a gente não tem uma segunda chance pra causar uma boa primeira impressão. Mas fazer com que ela seja mentirosa também não vai te render likes no final das contas. Sair bem na foto não é o bastante. Prefira retratar quem você realmente é ao invés de fingir ser o bom moço (ou a boa moça) que qualquer um gostaria de apresentar pra família. 

18 julho 2014

Tal pai, tal filho

Quer saber o que alguém se tornará? Ouça suas histórias de família. Pode ser a coisa mais clichê do mundo, mas nos tornamos exatamente como nossos pais. Não porque crescemos ouvindo lições de moral, broncas, frases prontas, etc e tal. Mas porque temos neles exemplos a serem seguidos.

E a maior verdade é: ninguém aprende com sermão, mas com exemplo. É o típico “faça o que eu faço e não o que eu digo”. Crianças não vão comer verduras só porque você diz à elas que faz bem, enquanto você devora um salgadinho gorduroso. Elas não vão estudar só porque você insiste que não terão um futuro adequado caso não o fizerem, enquanto você passa o dia sentado na frente da TV. E nem tratarão bem a própria faxineira, caso você desrespeite o garçom no restaurante.

As influências que tivemos na infância seguem com a gente pro resto da vida e são elas que moldarão a nossa personalidade no futuro. Óbvio? Não pra muitos. Conheci muita gente que torcia o nariz pro comportamento dos pais, mas sem perceber agiam exatamente como eles. Tornaram-se adultos grosseiros, mentirosos, acomodados ou traidores, da mesma forma que aqueles que foram educados com base no respeito e amor, passaram isso adiante, sem que precisassem fazer esforço algum.

Se quisermos adultos melhores no mundo, precisamos ser melhores também. Esquecer as frases de autoajuda, deixar as falas bonitas e sedutoras de lado e agir como alguém que mereça ser um exemplo a ser copiado. 

19 junho 2014

Amigos… ? Não, obrigada!



O relacionamento termina e surge um dos maiores clichês de todos os temos: “Podemos ser amigos”. Não importa se você é um zé-ninguém ou uma celebridade, se terminou por SMS ou teve a consideração de fazer isso pessoalmente, temos essa ideia cultural de que términos de relacionamentos tem que ser amigáveis. Quase sempre se presume que o melhor jeito de se colocar um ponto final no namoro é continuar o convívio numa amizade feliz, onde ambas as partes, contentes, conseguem conversar sobre coisas corriqueiras, como se nada tivesse acontecido.

Mas será que essa fantasia alguma vez deu certo? Será que é inteligente seguir por este caminho? Será que dá mesmo pra ser amigo de alguém com quem você namorou, mesmo que essa pessoa te conheça melhor do que ninguém? Será que todos os romances, até os mais rápidos, devem mesmo terminar numa amizade?

De acordo com o site Psychology Today, a resposta pra todas essas perguntas é, muitas vezes, um sonoro não! É claro que, às vezes, isso pode acontecer, mas vai levar um tempo. Há 6 coisas que todo mundo que termina um relacionamento pensando em continuar com a amizade deve ter em mente quando cogitar essa ideia. “Vamos ser amigos” pode não ser a melhor opção.

1. Um dos dois quer realmente a amizade, enquanto o outro só está usando este argumento pro fim do relacionamento e não quer ser amigo coisa nenhuma – Quando este é o caso, a dor do rompimento é prorrogada, porque você acaba se convencendo de que ele ou ela quer realmente ser amigo, enquanto seu ex só encontrou uma boa desculpa pra se esquivar. Este empurra-empurra é pior do que o término do relacionamento e pode durar semanas ou meses. Diga não e pronto.

2. Vocês não eram amigos antes – Relacionamentos amorosos que vão esfriando porque vocês não tinham nada além de atração não vão esquentar quando o sexo sair de cena. Não se iluda: há alguma amizade aí que merece realmente ser salva? A não ser que vocês queiram uma amizade colorida, sem nenhum comprometimento, quem sabe. Por favor, deixe um comentário aí embaixo se isso funcionou pra você, porque seria o primeiro.

3. Há ausência de respeito mútuo – Talvez seu relacionamento não tenha sido baseado em respeito, ou talvez entre os gritos e o silêncio do término, o respeito que você gostava tenha ido pelo ralo. Independente do motivo, como você magicamente reconstrói o respeito, ou até finge que há respeito numa amizade platônica? E por que você gostaria de passar por isso?

4. Houve abuso emocional (ou outros) durante o relacionamento – O critério mais básico pra embarcar em qualquer amizade, mesmo quando o romance ou o sexo estão completamente fora da equação, é a capacidade de acreditar que vocês não vão se machucar deliberadamente. Quando o que teve foi um relacionamento abusivo, não dá pra acreditar que aquela pessoa irá começar a te tratar bem só porque vocês se tornaram amigos. Na verdade, esta é uma situação bem perigosa, porque quem abusou irá continuar com a mesma postura, porque gosta de estar no controle e machucar. Neste caso, o melhor a fazer é procurar ajuda profissional se você tiver dificuldade em lidar com a partida.

5. Você ou a pessoa serão extremamente ciumentos ou possessivos quando o outro começar a sair com alguém – Esta é a realidade do porquê amizades saudáveis depois de um rompimento são geralmente difíceis de acontecer, por pelo menos uns bons meses. Você ficaria bem ao saber que o cara que achava ser o amor da sua vida está apaixonado por outra? Por que se colocar numa situação dessas? E quão confortável você se sentiria ao esconder um relacionamento que tá começando só pra não machucar seu ex? Talvez, na hora certa, essa amizade possa acontecer. Mas não imediatamente. O que nos leva...

6. Você ainda não deu ao seu relacionamento tempo e espaço pra morrer naturalmente – Mesmo que você sinta que deve dar uma chance à amizade, porque eram amigos antes e terminou o relacionamento porque acreditou que a amizade seria melhor, você ainda precisa de um pouco de tempo e espaço pra se recompor. Do contrário sua amizade será construída em cima de um relacionamento falido e os sentimentos que ainda tem e que estarão aí logo após as primeiras semanas do término não criam a base mais estável pra uma amizade. Você precisa voltar a ser quem era, como indivíduo, e não como uma das metades de um casal, antes de poder decidir se uma conexão platônica é bom pra você.