28 fevereiro 2014

O "the end" dos tempos modernos

Terminar um namoro nesses tempos modernos não é nada fácil. Antigamente, quando tudo acabava, cada um pegava as suas coisas e tchau! Hoje, depois do “the end”, além de pegar suas tralhas de volta é preciso percorrer todas as redes sociais e apagar rastros, atualizar status e dar explicações aos amigos antes de seguir em frente. Há aqueles que resistem bravamente em remover o/a ex da lista de amigos. E é aí que mora o perigo quando o que você mais quer é sair da fossa.

Colocar a fila pra andar não é uma das tarefas mais felizes. Dói, é triste e, às vezes, demora. Apesar de clicar em “excluir” ser a coisa mais simples e sábia a se fazer, tem muita gente que prefere manter o parceiro entre os amigos só pra dar aquela espiada de fez em quando. “Será que postou sobre o fim do namoro?”, “Será que tá arrependido?”, “Será que essa indireta foi pra mim?”, “Quem é que tá dando em cima?”, “Será que já tem alguém novo?” são as curiosidades mais comuns de quem tá sofrendo com a dor de cotovelo.

Antes desse monte de sites serem criados, quando alguém terminava um namoro, era preciso contar com a colaboração dos amigos em comum pra saber a quantas andava a vida do/a fulano/a. Mas com a ajuda do Facebook, os amigos que faziam o meio de campo foram chutados pra escanteio: cada um virou o próprio Sherlock Holmes pra aproveitar as vantagens de conseguir qualquer informação com poucos cliques. O que se tem esquecido é que essa vigília só atrasa a recuperação emocional.

Pessoas ansiosas são as mais propensas a stalkear o antigo parceiro. E nessa hora não dá pra deixar passar uma atualização de status ou fotos, até os amigos mais próximos são persuadidos a participar das constantes investigações. Então, nesse momento de desespero, o que é melhor fazer?

Livre-se de todas as lembranças digitais – Provavelmente elas estão espalhadas pelo seu perfil (comentários que ele ou ela fizeram na sua página, fotos ou posts em que aparecem juntos ou foram marcados, álbuns compartilhados...) e farão com que passe um bom tempo pensando no/a ex. Nessa era digital, apagar todas as memórias parece ser a coisa mais difícil de ser feita, porque elas estão ali pra lembra-lo do que foi bom e não o motivo que levou o romance ao fim.

Bloqueie e oculte – O Facebook permite que você bloqueie qualquer usuário ou oculte os posts deles, fazendo com que as atualizações não aparecem no seu feed de notícias. Então, quando seu/sua ex começar a adicionar pretendentes logo depois do fim do relacionamento, seu feed não irá se parecer teste de elenco pra novela adolescente. Mas é importante lembrar que, apenas ocultando, a amizade entre vocês dois, virtualmente, ainda vai existir, o que não te impede de dar aquela fuçadinha de vez em quando.

Desfaça a amizade – Essa é a melhor alternativa pra mantê-lo/a longe da página do/a ex, porém a mensagem pode ser entendida de forma errada pelo/a ex-parceiro/a. Sua intenção pode ter sido a de apenas manter uma distância saudável, mas eles podem entender como um aviso de guerra. Se o rompimento foi amigável, avise antes de remover a pessoa da lista.

A ajuda dos amigos – Essas modernidades da era digital te deixam sem a opção de queimar fotos antigas e todo aquele drama de jogar as coisas pela janela, então os amigos podem ser úteis na hora de deletar álbuns e fotos que você não gostaria mais de ver. Se eles tiveram algo compartilhado em suas páginas, não custa pedir pra remover também. Eles entenderão...

Fique longe das redes sociais – Se não confia em você mesmo e nessa vontade louca de fuçar, se distanciar de todas as redes sociais pode ser uma boa ideia. Remova os links do seu computador e os aplicativos do seu celular. Torne o acesso mais difícil. Vale até pedir a um amigo pra mudar a senha e só te entregar a informação quando você estiver com a cabeça e o coração no lugar pra logar outra vez.

Você é o maior interessado em dar a volta por cima e tomar as rédeas da sua vida depois do final do namoro. Lidar com essa proliferação de informações pessoais faz parte disso. Não adie o processo. Delete, desconecte, bloqueie e será mais fácil sair dessa. 

25 fevereiro 2014

A zona de desconforto

Nas últimas semanas tenho ouvido um bilhão de reclamações! Provavelmente ando reclamando na mesma intensidade... Gente insatisfeita com o que tem ou com o que faz. Cheia de vontade pra ter mais, fazer diferente, ganhar mais, mas vontade só não move montanhas.

Bem-vindo à zona de conforto! Um lugar que, aparentemente, parece interessante e agradável, confortável como o próprio nome sugere, mas que se você olhar de longe vai ver que é uma merda.
Puxa uma cadeira, pede uma xícara de café e algo pra beliscar, escolha a revista menos chata pra folhear, porque você vai passar um bom tempo aí, nessa salinha de espera da vida, se não tiver coragem o suficiente pra levantar e tocar a vida de forma mais corajosa, de uma vez por todas. O que posso dizer é que nesse lugar aí não há nada de novo, nem de interessante e muito menos desafiador.

Todos nós já passamos por aquela fase em que algo incomoda demais. A gente não sabe se é o trabalho, o cabelo, o corpo, a decoração da casa. Só sabe que incomoda, como uma maldita pedra no sapato. Mas temos a tendência de fazer aquilo que já nos é conhecido, que é cômodo, mais fácil. Evitamos interromper ciclos viciosos, porque isso demanda motivação e comprometimento, então acabamos adiando os desafios, preferindo a inércia por medo do desastre de uma nova experiência. 

Com certeza você já ouviu que “a vida começa onde a zona de conforto termina”. Pura verdade, garantida por quem já teve coragem de dar uma chance a esse ditado popular. De que adianta reclamar da vida, daquilo que se tem, do que se ganha, se falta coragem pra dar um passo à frente? Reclamar é fácil, é cômodo, é confortável. Jogamos pros outros a culpa da nossa insegurança, da nossa preguiça e dessa falta de vontade de buscar algo melhor e recompensador. Acabamos num território que dominamos, limitando nosso desempenho porque temos medo de perder o controle.

Esse estado letárgico e “confortável” só causa danos: além do sedentarismo, desperdiçamos o nosso próprio talento nessa auto-sabotagem, somos impedidos de criar uma carreira ascendente, ficamos estagnados, sem qualquer senso de propósito, só aceitando o que os outros tem a nos oferecer. E que, convenhamos, nunca é bom o suficiente ou algo que achamos que merecemos.

As pessoas estão sempre culpando as circunstâncias pelo que são ou têm. Aquelas que progridem são as que se levantam e procuram pelas circunstâncias que elas querem, e criam as próprias quando não conseguem encontra-las.

A vida não costuma ser gentil com quem é acomodado, com quem passa por ela sentado no sofá da zona de conforto só vendo a banda passar. O preço que se paga por estar nesse lugar é muito alto e, já adianto, não compensa. Sonhe grande e seja mais comprometido com o que planeja fazer. Transforme esse desconforto na faísca que precisa pra dar o primeiro passo, vá, tranque a porta e não volte mais.

22 fevereiro 2014

Não é você, somos nós

Esta semana, um dos blogs que acompanho publicou uma lista de motivos que põem fim a um relacionamento, depois de receber mais de mil sugestões de leitores sobre o tema. Veja quais foram os fatores mais citados que impedem qualquer história de amor promissora de ter um happy ending:

1. Contar intimidades do casal para os outros.
2. Ciúme exagerado.
3. O mau humor dos caras, que passam a tratar a namorada com grosserias. É nessa hora em que elas começam a reparar na simpatia de outras pessoas.
4. Facebook.
5. Falta de romantismo, de surpresas, de pequenos mimos. Bilhetinhos, chocolates, cartas, cartões, um SMS de “boa noite”, uma música que você ouviu e o fez lembrar a pessoa…
6. Desencanar de apimentar a relação.
7. O excesso de autoconfiança. O fato de estarem juntos há alguma tempo não quer dizer que o jogo está ganho. A conquista tem que ser constante.
8. Fazer papai-mamãe todas as vezes e transar apenas uma vez na semana.
9. Não resolver os problemas por completo.
10. Masturbação.
11. Ausência de programas só do casal.
12. Quando a namorada não apresenta os amigos com quem costuma sair.
13. A falta de comunicação: as pessoas vão esquecendo que antes de marido ou namorado, o parceiro é amigo. Por que não conversar com ele como se conversa com as amigas?
14. Convivência extrema. Passar muito tempo com a mesma pessoa (digo diariamente, constantemente, a cada minuto), faz com que o outro seja  o único alvo das suas reclamações, observações e objetivos.
15. Sentir ciúmes dos amigos e ter que dividir o tempo entre namoro e amizades.
16. Ligações insistentes, mesmo quando eles(as) sabem que estamos ocupadas(os).
17. Viver comparando o meu desempenho e meu modo de agir ao dos antigos parceiros.
18. Intimidade exagerada!
19. Cobranças demais.
20. Rotina. Você chega, dá um selinho. Sai, dá um selinho. Beije de verdade!
21. Não incluir a(o) companheira(o) em programas que ele(a) gosta de fazer.
22. Querer saber tudo o que aconteceu antes de você conhecer a pessoa.
23. Não expor a suas ideias, concordar com tudo que o outro diz e sempre responder que “tanto faz”.
24. Dar mais atenção aos outros (especialmente ao celular) do que à (ao) namorada (o).
25. A falta de dinheiro ou passar por uma má fase na vida financeira.
26. O orgulho e joguinhos. 
27. Se transformar em pai e mãe e esquecer que são homem e mulher.
28. Ser insensível e nunca se lembrar das datas importantes.
29. Desleixo com a aparência. Não é porque estamos juntos há muito tempo que não é mais necessário cuidar do corpo, das roupas etc.
30. Interferência da(s) família(s).
31. Afastar-se dos amigos.
32. O descuido em não mais demonstrar nem dizer que ama. Todos os casais deveriam dizer “eu te amo” todos os dias de suas vidas.
33. Cometer erros e vacilos repetitivos só porque sabe que sempre haverá perdão.
34. Vigiar a todo o momento o que o outro faz.
35. O fato de os homens acharem que DR é discussão, enquanto só queremos dizer como estamos nos sentindo.
36. A falta de confiança.
37. Os objetivos do casal. Ter ao lado alguém que não te encoraja faz o relacionamento se deteriorar.
38. Brigar sempre que a outra pessoa expressa a opinião dela sobre determinado assunto e contraria você.
39. Não querer assumir a seriedade do relacionamento e, mesmo após anos, não querer casar nem morar junto.

40. Mentiras.

19 fevereiro 2014

Não canse quem te quer bem

Foi durante o programa “Saia Justa” que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”.

Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, OK, também é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça pra trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo pra ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúmes toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.
Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem tem laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam ser elogiados, pra variar.

Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com as pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.


* Esse texto não é meu, não encontrei o crédito, mas achei sensacional!

11 fevereiro 2014

Isso é uma vergonha!

Quem me conhece sabe que não sou engajada em nenhuma causa política e que passo longe de discussões que envolvem esse assunto. Simplesmente porque não tenho saco, paciência ou chame do que quiser pra gente que não é aberta a escutar outros pontos-de-vista e aprender com eles. Ou seja, discussões sobre política, políticos, partidos não levam a lugar nenhum, mas a desafetos. E acho que o mundo precisa de amor.

Mas, ontem, mataram um cinegrafista no meio de uma dessas manifestações “pacíficas”. Não, ele não morreu, porque não era um doente em estado terminal, ou estava dirigindo imprudentemente um carro em alta velocidade na contra-mão, ou se quer à beira de uma ponte, pronto pra cometer suicídio. Ele foi morto, atingido por um rojão bem no meio da cabeça enquanto tra-ba-lha-va, cobrindo imparcialmente uma dessas manifestações estúpidas cheia de gente ignorante. Aí, queridos, não dá pra ficar calada.

Estou generalizando? Nessas manifestações não têm só gente imbecil? Toda a polícia comete excessos? FODA-SE! Mataram o pai de uma jornalista, o marido de alguém, um cara de 49 anos, que estava no meio do caos, apenas cumprindo sua função: a de levar informação pra você que defende manifestante abusado, que parte pra ignorância quando não tem os pedidos atendidos, igualzinho fazem as crianças mimadas.

E se fosse o seu pai? Tenho cada vez mais nojo desse país e das pessoas desumanas que moram nele, que perdem a razão – seja ela qual for – quando apelam pra violência. Sou jornalista também. E se fosse eu? Como estaria a minha mãe? Ou até mesmo você, que se importa um pouco comigo, como estaria?

O Jornal Nacional, que é tão hostilizado por defender esse ou aquele partido, esse ou aquele ponto-de-vista, fechou sua edição de ontem prestando uma homenagem ao cinegrafista e tentando colocar na cabeça dessa gente ignorante que imprensa é imparcial. 

Queridos, isso a gente aprende na primeira semana de aula. Até se você, que já pensou em ser jornalista e desistiu no meio do caminho, deve ter ouvido essa máxima de algum professor. William Bonner foi claro: Jornalista não é um ser especial, mas um elemento fundamental numa democracia (essa “merda” de regime em que vivemos, que te garante o direito de ir, vir, reclamar, mas não o de matar alguém), pois é a imprensa que informa, imparcialmente, o cidadão pra que ele crie suas opiniões. Sem cidadãos informados não existe democracia e essa bomba atingiu em cheio alguém que era os olhos e os ouvidos da sociedade.

Que ele não tenha sido morto em vão. Mas que descanse em paz. 


02 fevereiro 2014

Alegria é contagiante

Essa semana, alguém me mandou o link de um vídeo e perguntou: “tem coragem?”. Curiosa pra saber o que exigiria de mim tanta braveza assim, assisti, é lógico. Trata-se de um cara, dançando no meio de um gramado de algo que parece um festival, completamente desengonçado e que tinha tudo pra virar mais um desses virais engraçados no YouTube.

Tímida, eu seria, provavelmente, mais uma sentada na multidão, filmando a cena de longe com o celular, mas mandando meus amigos pro meio da bagunça, porque aquilo era sensacional! Brincando, a mesma pessoa que me mandou o vídeo, comentou: “essa droga aí deve ser das boas e estavam distribuindo pra galera, só pode ser!”.

Essa droga aí tem nome. Não é dessas ilegais e nem difícil de encontrar. Na verdade, é gratuita e distribuída por aqueles com quem convivemos, de mão em mão. A ciência explica que como uma lei da atração, nós gostamos de estar próximos de pessoas bem humoradas, que transmitem alegria. Isso acontece porque, muitas vezes, a nossa resposta depende do estímulo do outro, ou seja, nosso comportamento é desencadeado por pessoas e situação ao nosso redor. Alegria é contagiante!

Não estar nem aí pro que os outros vão pensar é o primeiro passo pra ser alegre.  Quem não se importa com os outros, vive da forma que lhe faz feliz. Consequentemente, os outros vão querer experimentar aquela sensação também. Quando dizem que dinheiro não compra felicidade ou que a felicidade está nas coisas mais simples da vida, é isso aí: ela pode estar no meio de um festival, em alguém desengonçado, que dança como se não houvesse amanhã.

Por que achar que a única coisa que contagia é a doença que se espalha no ar?

01 fevereiro 2014

Mulher Sansão

Já tive o cabelo bem comprido, muito comprido. Na altura da cintura... E, certa vez, deixei o salão de queixo caído quando sentei na cadeira e mandei um “pode cortar no ombro!”. Decidida. Dava pra ver a mulherada estarrecida com a minha firmeza e apego zero com aquilo que carrego na cabeça. Como assim vai tirar mais do que um dedinho do comprimento de um cabelão liso e lindo desses?

Tirando, ué! Não falam tanto em desapego? Pois é... Não tenho apego nenhum ao meu cabelo. Não descuido dele, tá sempre limpinho, cheiroso e faço uso de bons produtos, mas quando me dá na telha, corto mesmo e sem dó ou arrependimento.

Cabelo cresce, minha gente! Cresce tão rápido que é capaz de ele estar arrastando no chão e você ainda estar sofrendo com aquela dor de cotovelo. Aliás, pra corações partidos é um ótimo remédio. Mudar o cabelo deixa qualquer mulher mais confiante e, consequentemente, bonita ou vice-versa. Você não pode crescer um novo pulmão ou fígado, e nem por isso deixa de fumar ou beber.

Quando você dá aquela aparada, corta junto toda a energia de uma história, que xampu nenhum consegue lavar. Ainda tenho o primeiro chumaço de cabelo cortado. Não tinha nem um ano quando meu cabelo foi apresentado à tesoura e, de lá pra cá, quantas vezes já não sentei na frente de um espelho de salão pra dar aquele corte? E, ele cresceu de novo! Já fui de Joãozinho a Rapunzel e recomendo mudanças. Quem fica na mesmice não ouve novos elogios e até deixa de receber os antigos.

Gente, Sansão é lenda! Seu poder não está no cabelo, não acredite nessa ladainha, ignore todos os “nãooooos”, quando contar às amigas que pretende mudar radicalmente o visual. Não tenha medo das tesouras... Tem gente que se arrepende, mas isso não quer dizer que você irá.