Já tive o cabelo bem comprido,
muito comprido. Na altura da cintura... E, certa vez, deixei o salão de queixo
caído quando sentei na cadeira e mandei um “pode cortar no ombro!”. Decidida.
Dava pra ver a mulherada estarrecida com a minha firmeza e apego zero com
aquilo que carrego na cabeça. Como assim vai tirar mais do que um dedinho do
comprimento de um cabelão liso e lindo desses?
Tirando, ué! Não falam tanto em
desapego? Pois é... Não tenho apego nenhum ao meu cabelo. Não descuido dele, tá
sempre limpinho, cheiroso e faço uso de bons produtos, mas quando me dá na
telha, corto mesmo e sem dó ou arrependimento.
Cabelo cresce, minha gente!
Cresce tão rápido que é capaz de ele estar arrastando no chão e você ainda
estar sofrendo com aquela dor de cotovelo. Aliás, pra corações partidos é um
ótimo remédio. Mudar o cabelo deixa qualquer mulher mais confiante e,
consequentemente, bonita ou vice-versa. Você não pode crescer um novo pulmão ou
fígado, e nem por isso deixa de fumar ou beber.
Quando você dá aquela aparada, corta
junto toda a energia de uma história, que xampu nenhum consegue lavar. Ainda
tenho o primeiro chumaço de cabelo cortado. Não tinha nem um ano quando meu
cabelo foi apresentado à tesoura e, de lá pra cá, quantas vezes já não sentei
na frente de um espelho de salão pra dar aquele corte? E, ele cresceu de novo!
Já fui de Joãozinho a Rapunzel e recomendo mudanças. Quem fica na mesmice não
ouve novos elogios e até deixa de receber os antigos.
Gente, Sansão é lenda! Seu poder
não está no cabelo, não acredite nessa ladainha, ignore todos os “nãooooos”,
quando contar às amigas que pretende mudar radicalmente o visual. Não tenha
medo das tesouras... Tem gente que se arrepende, mas isso não quer dizer que
você irá.
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