Já dizia o AC/DC - uma das minhas bandas preferidas, e uma música que ouvi muito essa semana: It's a long way to the top if you wanna rock n' roll. E eu digo: com certeza! Chegar ao topo não é fácil... Aliás, não é pra qualquer um. Muitos querem, passam a vida focados nisso e não chegam nem na metade do caminho. E, pra piorar, passam o percurso inteiro reclamando ou fazendo corpo mole.
Essa semana recebi uma notícia triste e outra feliz. A triste é que minha coordenadora vai embora... A feliz é que ela me indicou pra assumir o lugar dela: a coordenação! Cada vez que penso nisso, nessa nova função que me aguarda em 2011, me dá uma sensação estranha: quero que chegue logo, pra arregaçar as mangas e mostrar que sou capaz, mas também sei que tenho muito o que aprender até lá. Desafios dão um frio na barriga, mas sem eles, não há razão pra seguir em frente.
2010 não foi um ano fácil pra mim. Trabalhei muito. Ganhei 40 alunos, 7 turmas e muitos pepinos deixados por professores antigos. Muitas vezes tive que abrir mão das minhas noites pra dar conta do trabalho que não conseguia terminar na escola, porque era (realmente) humanamente impossível. Não pude ver de perto minha sobrinha pular dos 3 pros 14kg, ou passar o final de semana na praia jogando beach tennis e tomando sol. Sou responsável ao extremo (e não devo mudar...), então - neste ano que tá quase acabando - troquei a vida social pela profissional, enquanto alguns por aí reclamavam quando precisavam passar um dia da semana com o horário de almoço reduzido pra poder entregar uma coisa ou outra no prazo.
Apesar dos 40 alunos me enlouquecerem, do trabalho ser exaustivo muitas vezes, de ser difícil levantar às segundas-feiras de manhã e encarar outra semana com 60 horas de trabalho, em nenhum momento desejei tomar o lugar da minha coordenadora. Aliás, jamais cheguei a pensar que um dia ocuparia essa função. Estava feliz com o reconhecimento que recebia e, mesmo assim, não corrigia quase 150 gráficos por dia pensando no "good job" que poderia ouvir no corredor.
Por isso, fiquei surpresa quando soube que teria sido indicada pra assumir uma posição tão importante dentro da escola onde trabalho - coordenar a equipe de professores e todas as atividades de lá. Sempre fiz o meu papel, o que era esperado de mim e um pouco mais, porque não me sentia bem quando fazia menos.
Acho que o segredo pra se chegar lá é fazer a sua parte, da melhor forma possível. E não fazer o que tem que ser feito pensando onde se pode chegar. Eu discordo dessas frases de auto-ajuda que dizem o contrário, que insistem que as pessoas precisam ter um foco pra saber onde se quer ir. As surpresas que aparecem no meio do caminho são impagáveis. E, dessa forma, se chega muito mais longe. Quem estabelece uma meta e faz de tudo pra conseguir alcançá-la é aquele tipo de pessoa que conta os centavos pelas horas trabalhadas e não chega a lugar nenhum, se frustra no meio do caminho e torce pelo insucesso daqueles que só fizeram a sua parte na jornada.
19 novembro 2010
07 novembro 2010
Psiuuuuuu, caralho!!
Nunca fui a uma rave. Nunquinha nessa vida. Apesar de, quando mais nova, desejar - por algumas (poucas, pouquíssimas) vezes ver qual era a da balada. Eu gosto de rock, mas acho que - em algum momento da minha vida - devo ter jogado pro universo essa vontade momentânea de querer experimentar essas festas que começam às 17h de um sábado e terminam às 8h de um domingo.
Não dizem que quando você joga alguma coisa pro universo ele te entrega de presente? Pois é... São quase 2h30 da manhã de sábado e, a 3 quilômetros de casa, na Chácara do Jockey, está rolando uma rave desde as 17h de ontem. Até aí, tudo bem... Começou cedo. Nesse meio tempo, saí de casa, fui ao mercado, voltei, tomei um banho, enrolei um pouquinho, fui jantar num japonês com a minha irmã, voltei pra casa tarde, assisti UFC na TV, surfei na internet e... descobri que o barulho que me incomodava desde cedo só estaria previsto pra acabar as 8h da manhã de hoje (sim, porque já é domingo!). Ou seja, quem ler este post e quiser vir pra uma rave, tenho cerveja na geladeira e DJs internacionais tocando de graça dentro da minha casa.
Se abrir a janela, além da brisa, também teremos o som com mais potência. Grave... Como minha mãe diz, bate-estaca! Sim, agora entendo o que ela quer dizer com essa expressão, a tal da "bate-estaca"... Posso até gostar um pouquinho de música eletrônica (por favor, Universo, não use isso contra mim outra vez!!), mas sem estar na balada fica meio fora de contexto.
Adoro São Paulo. Aqui as coisas funcionam 24 horas. E hoje, mais do que nunca, descobri que isso é uma grande verdade! Entregam a missa de domingo na sua casa se você pedir um delivery... Mas essa rave, até onde me lembro, não foi encomendada pro único dia que posso dormir tranquila.
O mais engraçado é que o Psiu já interrompeu muitas das baladas que fui, bem mais silenciosas do que esta aqui do lado de casa, mas hoje resolveu me deixar na mão! O espírito de tia velha baixou em mim à 1h da manhã, quando tive que aumentar o volume da minha televisão pro máximo pra poder entender o que estava assistindo. Liguei 156 pra fazer uma denúncia, mas - pra minha surpresa - eles não podem fazer nada! Assim como absolutamente tudo nesse país, um pedido estará sendo encaminhado pro órgão responsável que estará verificando a veracidade de sua denúncia, e estará tentando resolver o problema dentro de alguns dias...
O nome Psiu deveria ser alterado. Na minha modesta opinião, pra Blá Blá Blá. Eu até comentei que eles teriam prazo suficiente pra verificar a veracidade, já que o evento vai rolar até as 8h da manhã. Mas, acredite, neste caso, pra acabar com a festa, eu teria que ligar pra polícia. Polícia, de acordo com o meu conhecimento, também modesto, serve pra resolver crimes, prender ladrões, proteger a cidade do mal. Certo? E o Psiu pra calar a boca de quem fala acima de 50 decibéis. Ledo engano. Hoje algum bandido sortudo vai poder fazer o que quiser, enquanto a polícia tenta baixar o volume da balada infinita.
No final da ligação, a mocinha, coitada, toda atenciosa, me desejou "boa noite". A-ham... Durma, então, com um barulho desses!
02 novembro 2010
Simples assim...
Outro dia, no começo de uma das minhas aulas, um aluno de 15 anos me fez o seguinte elogio:
- Teacher, sei que vai soar gay, mas gostei da cor do seu esmalte.
Fiquei contente. Como um garoto de 15 anos notaria a cor do meu esmalte se o cara com quem saio há 6 meses não percebeu que cortei e tingi as pontas dos meu cabelo de loiro? Na hora, as meninas da turma dele, lançaram a pergunta:
- Mas que cor é essa?
Sem pensar duas vezes, o garotão respondeu:
- Ué, é rosa. 'Cês não tão vendo?!
Óbvio que era rosa. O menino tava certo... O que ele não sabia, apesar da delicadeza dele em notar que eu estava com as unhas pintadas, é que pras mulheres o universo das cores não se resume a verde, amarelo, azul, vermelho, laranja, rosa, roxo, branco e preto. E isso vale pra tudo o que seja do interesse feminino. Esmaltes têm nomes e sobrenomes. O rosa em questão não era rosa, apesar de parecer. Na verdade, é, mas leva o nome de Charminho Lilás. Só pra confundir ainda mais a cabeça dos coitados. E isso vale pra tudo.
Bolsa, sapato, saia, blusa, blusinha, camisa, camiseta, brinco, pulseira, colar, vestido... Um pretinho nunca é básico. Pra seguir o que falam é necessário mais do que um GPS. Nem Google consegue achar o que elas comentam, falam ou discutem. As mulheres são complexas e, talvez, por este motivo, muitos homens tenham desistido de conversar com elas, preferindo ir direto aos finalmentes...
01 novembro 2010
Fodeu!
Vamos dar as mãos e dizer todos juntos Dilmavez... Fodeu! Como mulher, deveria sentir orgulho de morar num país que, a partir de janeiro do ano que vem, será comandado por uma também. Mas só de pensar que o próximo ano começa com a Dilma petista assumindo o poder, me dá vontade de contratar um coyote mexicano, fazer as malas e tentar a sorte na fronteira com os Estados Unidos, nem que seja pra ir nadando de Cuba à Flórida. Deve ser mais fácil entrar ilegalmente num país como aquele a morar nesse aqui, legalmente, com essa guerrilheira governando.
O que mais me assusta, por enquanto, é saber que quase 22% da população não votou. Não por falta de oportunidade, mas por preferir "aproveitar" o feriado viajando. Juro, se eu fosse um deles, teria vergonha de atualizar meu status no Facebook ou Twitter com algo do tipo: "Uhuuu, a praia tá demais hoje!", dar entrevista a um jornal e posar sorridente pra foto, como se a votação fosse pra escolher o próximo síndico do condomínio. Vamos combinar: 22% é muita gente! Eu, que fiquei em São Paulo, minha zona eleitoral, vou ter que engolir, pelos próximos 4 anos, a escolha daqueles que - apesar da baixa instrução - preferiram manifestar sua opinião política a ir pro Piscinão de Ramos mais próximo aproveitar o feriado chuvoso.
Daí, me pergunto: será que a minoria alfabetizada do país onde moro é mesmo inteligente? Questiono o Q.I. da população do Sul e Sudeste, que criticou tanto a escolha de Tiririca como deputado federal.
É bom que os paulistanos tenham aproveitado bastante os 4 dias de folga (como se daqui 15 dias não fossemos ter outro final de semana prolongado). Nos próximos 4 anos teremos que trabalhar muito pra bancar o Bolsa miséria pago às famílias dos nordestinos, bancado pela parte mais rica do país, a nossa. Enquanto você vira a noite trabalhando, achando que tá enriquecendo, o governo usa 6 meses do seu salário pra ajudar os 12 milhões de famílias pobres que trabalham bem menos do que você, dando a eles até R$200 mensais.
Bela escolha, hein, paulistanos... Eu deveria cobrar de cada um os meus R$2.400 a que tenho direito, pelos próximos 4 anos.
O que mais me assusta, por enquanto, é saber que quase 22% da população não votou. Não por falta de oportunidade, mas por preferir "aproveitar" o feriado viajando. Juro, se eu fosse um deles, teria vergonha de atualizar meu status no Facebook ou Twitter com algo do tipo: "Uhuuu, a praia tá demais hoje!", dar entrevista a um jornal e posar sorridente pra foto, como se a votação fosse pra escolher o próximo síndico do condomínio. Vamos combinar: 22% é muita gente! Eu, que fiquei em São Paulo, minha zona eleitoral, vou ter que engolir, pelos próximos 4 anos, a escolha daqueles que - apesar da baixa instrução - preferiram manifestar sua opinião política a ir pro Piscinão de Ramos mais próximo aproveitar o feriado chuvoso.
Daí, me pergunto: será que a minoria alfabetizada do país onde moro é mesmo inteligente? Questiono o Q.I. da população do Sul e Sudeste, que criticou tanto a escolha de Tiririca como deputado federal.
É bom que os paulistanos tenham aproveitado bastante os 4 dias de folga (como se daqui 15 dias não fossemos ter outro final de semana prolongado). Nos próximos 4 anos teremos que trabalhar muito pra bancar o Bolsa miséria pago às famílias dos nordestinos, bancado pela parte mais rica do país, a nossa. Enquanto você vira a noite trabalhando, achando que tá enriquecendo, o governo usa 6 meses do seu salário pra ajudar os 12 milhões de famílias pobres que trabalham bem menos do que você, dando a eles até R$200 mensais.
Bela escolha, hein, paulistanos... Eu deveria cobrar de cada um os meus R$2.400 a que tenho direito, pelos próximos 4 anos.
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