Nunca fui a uma rave. Nunquinha nessa vida. Apesar de, quando mais nova, desejar - por algumas (poucas, pouquíssimas) vezes ver qual era a da balada. Eu gosto de rock, mas acho que - em algum momento da minha vida - devo ter jogado pro universo essa vontade momentânea de querer experimentar essas festas que começam às 17h de um sábado e terminam às 8h de um domingo.
Não dizem que quando você joga alguma coisa pro universo ele te entrega de presente? Pois é... São quase 2h30 da manhã de sábado e, a 3 quilômetros de casa, na Chácara do Jockey, está rolando uma rave desde as 17h de ontem. Até aí, tudo bem... Começou cedo. Nesse meio tempo, saí de casa, fui ao mercado, voltei, tomei um banho, enrolei um pouquinho, fui jantar num japonês com a minha irmã, voltei pra casa tarde, assisti UFC na TV, surfei na internet e... descobri que o barulho que me incomodava desde cedo só estaria previsto pra acabar as 8h da manhã de hoje (sim, porque já é domingo!). Ou seja, quem ler este post e quiser vir pra uma rave, tenho cerveja na geladeira e DJs internacionais tocando de graça dentro da minha casa.
Se abrir a janela, além da brisa, também teremos o som com mais potência. Grave... Como minha mãe diz, bate-estaca! Sim, agora entendo o que ela quer dizer com essa expressão, a tal da "bate-estaca"... Posso até gostar um pouquinho de música eletrônica (por favor, Universo, não use isso contra mim outra vez!!), mas sem estar na balada fica meio fora de contexto.
Adoro São Paulo. Aqui as coisas funcionam 24 horas. E hoje, mais do que nunca, descobri que isso é uma grande verdade! Entregam a missa de domingo na sua casa se você pedir um delivery... Mas essa rave, até onde me lembro, não foi encomendada pro único dia que posso dormir tranquila.
O mais engraçado é que o Psiu já interrompeu muitas das baladas que fui, bem mais silenciosas do que esta aqui do lado de casa, mas hoje resolveu me deixar na mão! O espírito de tia velha baixou em mim à 1h da manhã, quando tive que aumentar o volume da minha televisão pro máximo pra poder entender o que estava assistindo. Liguei 156 pra fazer uma denúncia, mas - pra minha surpresa - eles não podem fazer nada! Assim como absolutamente tudo nesse país, um pedido estará sendo encaminhado pro órgão responsável que estará verificando a veracidade de sua denúncia, e estará tentando resolver o problema dentro de alguns dias...
O nome Psiu deveria ser alterado. Na minha modesta opinião, pra Blá Blá Blá. Eu até comentei que eles teriam prazo suficiente pra verificar a veracidade, já que o evento vai rolar até as 8h da manhã. Mas, acredite, neste caso, pra acabar com a festa, eu teria que ligar pra polícia. Polícia, de acordo com o meu conhecimento, também modesto, serve pra resolver crimes, prender ladrões, proteger a cidade do mal. Certo? E o Psiu pra calar a boca de quem fala acima de 50 decibéis. Ledo engano. Hoje algum bandido sortudo vai poder fazer o que quiser, enquanto a polícia tenta baixar o volume da balada infinita.
No final da ligação, a mocinha, coitada, toda atenciosa, me desejou "boa noite". A-ham... Durma, então, com um barulho desses!
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