29 outubro 2009

Que tal calar a boca?



Já dizia o ditado... "Em boca fechada, não entra mosca". E eu completo: fechada também não tem como sair o monte de bosta que certas pessoas adoram falar.

Sempre disseram que eu não sou do tipo que fala muito. Verdade. É bem difícil me ver tagarelando pelos cotovelos. Mas isso não quer dizer que deixo de falar aquilo que penso. Até porque posso até ser o tipo quietinha, mas levar desaforo pra casa são outros 500. Só acho que, certas coisas, não precisam ser ditas. Guardá-las pra você, trancadas num cofre a sete chaves, ao invés de jogá-las no ventilador é - em sua maioria - mais seguro, digamos assim. Evita mal-entendidos, explicações desnecessárias, dores de cabeça e perda de tempo com pessoas que jamais entenderiam o que você tem a dizer.

Sou do tipo que respeita a proporção uma-boca-dois-ouvidos, então prefiro deixar a minha boca fechada. É melhor ser a rainha do silêncio a ser escrava das palavras. Tem gente que fala sem pensar, fala mais do que deve e fala mal dos outros, sem levar em consideração, bem... você sabe: que tenho dois ouvidos e consciência de que, quem fala mais do que a boca muitas vezes nem sabe o que está falando.

Ouço mais do que falo e deixo as coisas irem pro ralo antes que eu forme a minha opinião sobre algo. Se não tenho nada realmente importante pra dizer, prefiro não dizer nada. Palavras são capazes de construir e destruir muitas coisas. Falar é uma escolha, não uma exigência. Todo mundo pode escolher o silêncio.

Ser agressivo com as palavras, ofender sem dar nomes, se fazer de nervosinho, xingar meio mundo, como tenho visto por aí, pra mim é só uma forte evidência de fraqueza. Tenho conhecido gente que fala demais, sem ter nada a dizer. Calar a boca, nesses casos, seria o mais prudente. Faça esse favor à humanidade, vai!

Cuidado com o que você diz. Não sou a favor da fofoca, porque acho um vício desprezível. Mas sei ouvir. E bem. E já deu pra perceber que, entre aqueles que não dizem nada, são poucos os que preferem o silêncio.

Shhhh!

28 outubro 2009

Sozinha X Solteira


Engraçado como tem gente por aí que não consegue ficar sozinha. Termina um relacionamento e logo começa outro. E não é porque tá podendo. É porque não consegue mesmo lidar com a solidão. Ser solteiro não é pra qualquer um...
Muita gente deve achar que sou louca pra namorar, casar e ter 8 filhos. Só porque estou à beira dos 33 anos, não quer dizer que vou ser crucificada por estar sozinha. Na verdade, "sozinha". Solteira por opção mesmo, mas não tão só como muita gente deve achar. Modéstia à parte, sou linda, inteligente e interessante. Não me falta homem, o que falta mesmo é homem interessante, interesse da minha parte e amor.
Relacionamentos são complicados. Já tenho problemas demais pra resolver. E se puder escolher com quais lidar ou não, vou acabar optando por aqueles que realmente precisam ser resolvidos. Namoricos não estão na minha lista de prioridade. Antigamente, não vou negar, o que eu mais queria era arrumar um namorado pra preencher algo que me faltava por morar sozinha. O tempo passou, me acostumei com a "solidão" e vi que é bem difícil encontrar alguém que me faça deixar de lado a liberdade de escolher o que eu quero fazer num sábado à noite. Sempre que acho alguém com potencial pro cargo de amado, coloco todas as noites com os amigos na balada, os filmes que eu quero assistir me entupindo de Coca-Cola e chocolate, a vontade de passar o final de semana de pijama em casa, as viagens pra praia, as tardes de sol torrando à beira da piscina e as horas ao lado da minha sobrinha na balança e... acabo optando pela solteirice.
Não entendo essa coisa de que namoros devem ser baseados em sacrifícios das duas partes, abrir mão daquilo que você curte só pra agradar o outro... Gosto da parte divertida. Da companhia, dos beijos, passeios de mãos dadas, cafuné e tudo o mais. Mas aprendi, também, a gostar da minha companhia e das coisas que posso fazer por mim. Sozinha!
Ser solteira não significa, obrigatoriamente, estar sozinha. Tenho mais companhia e atenção do que muita mulher que namora sério e acha que está garantida. A diferença entre nós não é o status ou o homem que ela carrega como troféu, mas o fato de eu saber lidar bem com as noites frias e os Dias dos Namorados all by myself. Sou não só a dona do controle remoto, mas também do meu coração, que vai muito bem, obrigada.

25 outubro 2009

A conta, por favor


Quando se pede a conta, o momento de constrangimento é quase inevitável. A culpa é de certas mulheres com complexo de inferioridade que resolveram assumir o papel do homem e de homens pouco cavalheiros que se aproveitam da oportunidade pra se livrar de uma responsabilidade básica entre os sexos.
Vamos lá pra lição básica: homem é homem, e mulher é mulher. Existe diferença e ela deve ser respeitada. E o momento da conta é uma boa hora pra colocar essa lição em prática. Ou, caso esteja em dúvida se deve ou não levar o relacionamento adiante, veja o momento como um divisor de águas.
Bem, todos nós temos, desenhados na cabeça, o ideal do parceiro. O meu, por exemplo, paga a conta, pelo menos no primeiro encontro (os outros podem ser negociados, mas as circunstâncias variam bastante). Muitos encantos podem ser quebrados neste momento. Não acredito nesse papo de igualdade. Não nessa hora... Sou independente, não tenham dúvidas disso. Moro sozinha, pago todas as minhas contas sozinha. Resolvo todos os pepinos que aparecem sem a ajuda de ninguém. Por isso, aprecio qualquer gesto de cavalheirismo e não pago pela companhia de um homem na minha mesa.
As mulheres que defendem essa bandeira, que se dizem independentes o suficiente pra pagar a conta do restaurante (umas aceitam até dividir a do motel, o que eu acho lamentável), são na verdade pobres carentes e dependentes de um homem que fazem pouco ou nada por elas. E eles, quando dizem que respeitam mulheres que não dependem deles estão, na verdade, apenas se livrando do trabalho que dá em agradá-las e conquistá-las com gestos sutís de cavalheirismo.
A verdade é que eles estão com preguiça de fazer o negócio direito e elas, topando qualquer parada. Não existe nada mais brochante do que, no final do jantar, ouvir um "Então, sua parte é...". Homem que não paga a conta, não valoriza a mulher com quem está. Os tempos mudaram, está todo mundo meio moderno demais, mas certas coisas devem ser mantidas e cavalheirismo está no topo delas.
"Vamos rachar?" pra mim soa como sugestão: rachar a cabeça do cara que sugerir essa idéia.

22 outubro 2009

Ow, bola pra frente!


Devo estar ficando cada vez mais insensível... O fato é que tenho me curado de certas decepções bem mais rápido do que costumava. Sem falar que antes o que me emputecia, chateava, entristecia ou me fazia arrancar os cabelos, hoje em dia, não me incomoda ou me tira do sério. E quando incomoda tem prazo bem curto pra expirar. Pãozinho francês costuma estragar depois que minhas "depressões" já estão curadas.
Talvez seja a minha falta de sensibilidade, mas também não ando com muita paciência pra crises de drama. Hoje, com essa atualização constante de status em Twitter, Orkut e Facebook, tenho percebido como as pessoas andam deprê, dizem tudo o que sentem, o quanto estão tristes e quando pensam em se matar. Ninguém mais faz questão de se trancar no quarto pra chorar escondidinho, afogar as mágoas pra depois sair de cara limpa, como se nada tivesse acontecido. Tá tudo muito exposto. Deprimente não é você tomar um pé-na-bunda, se decepcionar com um amigo ou ficar chateado com alguma coisa no trabalho. Triste mesmo é ler status... Nem o Jornal Nacional traz tanta desgraça!
Acho que todo mundo deve sofrer pra crescer e cada um tem um tempo pra voltar à tona. Mas, convenhamos, espalhar a tristeza é o fundo do poço! Se você não tem vocação pra emo, não faça com que sintam pena de você. Não existe nada pior do que se fazer de coitado. Bola pra frente... Nem que você tenha que chutar as dele pra se sentir melhor!

21 outubro 2009

Ponto de vista


Acredito que tudo na vida é uma questão de ponto de vista. Pelo menos foi o que aprendi com ela. Aos 15 anos, por exemplo, você vê alguém de 60 como o ser mais caquético e gagá do universo. Quando chega aos 30 e fica sabendo que um idoso de 60 anos morreu, logo pensa: "nossa, coitado, tinha a vida inteira pela frente ainda, é uma pena morrer tão jovem".
Acho que tudo por aqui depende de que lado da mesa você está. Tem gente que gosta de sentar dos dois lados. E não é porque tem opinião formada sobre tudo, mas porque simplesmente não sabe nada sobre nada, apesar de gostar de falar de tudo. Falta de conhecimento de causa é uma merda!
Pontos de vista podem ser mudados. E, às vezes, até devem. Mas palpitar, falar, xingar, resmungar sem fundamento, não dá. Há pouco tempo, uma pessoa que conheci dizia por aí que me achava maravilhosa, hoje - aposto - que os adjetivos atribuídos a mim não são lá tão positivos como este. Afinal, a pessoa que ele achava chata, gorda e sem graça se tornou - num piscar de olhos - linda, guerreira e inteligente. O que será que diz a meu respeito por aí?
A verdade, sejamos honestos, é que as coisas sempre foram do jeito que são. Nunca fui só maravilhosa, assim como a vida não é toda cor-de-rosa. O problema é que sempre olhamos pra um lado apenas da questão, aquele que geralmente nos agrada mais, e costumamos criticar aquele que não conhecemos. Tenho meus defeitos, como todo mundo tem. Mas não sou feita só deles.
Pra mim, quem muda de opinião, ou ponto de vista, como a Madonna muda a cor do cabelo dela, é porque não sabe bem o que quer da vida. Não existe nada pior do que não saber que decisão tomar, que rumo seguir, e pior, pré-conceituar aquilo que não conhece, rotular pessoas como mercadorias. Preguiça é pecado capital!
Tudo bem trocar pontos de vista. Mas respeite a proporção. Temos dois olhos, dois ouvidos e apenas uma boca. Fale menos, observe e escute mais. Antes de falar, analise. Tem muito ponto de vista por aí que não anda enxergando bem... E nestes casos consultar o oftalmologista não resolve mesmo!

19 outubro 2009

E aí, vamos casar?


Já faz um tempo que quero postar algo sobre isso, mas sempre aparece um assunto mais interessante e acabo deixando este de lado. Vai ver, inconscientemente, é exatamente neste setor que eu deixo a parte de relacionamentos na minha vida: de lado. Lá no segundo plano... Pra quando assuntos menos interessantes aparecerem.
Parece incrível, mas um monte de gente que conheço deu pra namorar sério agora. E isso inclui galinhas e putos de ambos os sexos. Bom, enquanto eles estiverem saindo juntos, tá bom. O negócio é que muitos desses casais (e não só o de putos) mal se conheceram e... putz, já estão namorando. Oficialmente! Levam pra casa, apresentam a família, o quarto, a cama e todas as intimidades. Hoje em dia, namora-se por namorar, pra não ficar sozinho. E diz que ama como se pede um copo d´água. Sem amar.
Pra ser bem sincera, apesar de ainda acreditar no amor, não vejo isso como algo positivo. Os bons olhos embaçam um pouco nessas horas e acabo não vendo respeito nenhum em relações assim. Tudo bem, devem existir as exceções, de afinidades a primeira vista, mas conhecer o outro, saber se o santo bate, se é bom ficar junto, se vale a pena juntar os trapos, se dá pra aturar os defeitos leva tempo. É algo que se constrói no dia-a-dia. E não do dia pra noite. Os casais não respeitam mais o tempo, aquela coisa de descobrir o outro, conquistar e quando surge a primeira falha, dá-lhe pé na bunda. É tudo tão rápido que, quando acaba, parece que nem começou: vai cada um pra um lado, sem sentimentos, sem ligação nenhuma, sem história. Às vezes, chego a pensar que pessoas assim devem fazer parte de algum tipo de pesquisa ou experimento. Ou que eu fiquei presa na cápsula do tempo... lá do tempo da minha avó!
Hoje recebi um e-mail de uma pessoa com quem não troco um "oi" há meses. Pro meu espanto, ele me pediu (virtualmente) em casamento. Eu tento ser moderninha, mas certas coisas devem respeitar a tradição. Expliquei pro dito cujo que mal o conhecia, acreditando que o "quer casar comigo" fosse uma brincadeira. Mas não era! Razões pra união? Eu sou brasileira e bonita. Poderíamos morar juntos e nos conhecer. E pra quê mais, né? Afinal, os relacionamentos de hoje não são baseados em afinidades e convivência. E sim em facilidades e conveniências. E este proposto a mim se encaixa perfeitamente nos padrões da atualidade. Sou conveniente a ele, como um DVD que deve ter visto no e-Bay.
Infelizmente este padrão moderninho não se encaixa no meu. Meu coração ainda é muito romântico pra entender esse tipo de "compromisso". Ainda resta um pouco de moral e bom costume desse lado do teclado. Vai ver que é por isso que acabo deixando esses assuntos pra segundo plano. Enquanto não colocarem o coração onde ele deve estar - em primeiro lugar - e respeitá-lo como tal, vou continuar preferindo as coisas do jeito que eles estão. Já dizia o ditado: antes só, do que mal acompanhada. Dormindo com o inimigo é um ótimo nome pra filme, e que ele permaneça na ficção.

18 outubro 2009

Crime virtual


Bem que escrever errado poderia estar na lista de crimes virtuais e deveria dar cadeia! Seria como não saber cantar o Hino Nacional. Tanta gente criticou a (coitada da) Vanusa, mas na hora de escrever dá um show... de horror!
Hoje existem tantos recursos pra saber se tal palavra é com x ou ch, ss, s, ç, se tem acento ou não, se a concordância está certa, que não é nada aceitável, ou bonito, escrever errado. Joga no Google, usa o Word, dicionário online, pergunta pra sua empregada, que se bobear é mais esperta do que você que passa horas no computador ao invés de estudar. Pelo amor de Deus, você só está usando a língua que passou - no mínimo - 8 anos aprendendo na escola. Aquela que você fala todos os dias! Aquela que você lê até em site pornô!
Não existe essa conversa de que "ah, mas hoje em dia pode, na internet pode tudo", porque isso não me convence de que você é moderninho. E sim de que a ignorância reina aí na sua cabecinha e que é mais fácil usar a desculpa de que na internet pode tudo do que admitir a sua burrice.
Duvido que muita gente por aí seria aprovada na redação de um vestibular com o vocabulário pobre que tem. Prova de que minha teoria de que "não pode tudo" está mais do que certa. Às vezes, pra entender um scrap que me mandam ou uma mensagem no MSN, juro, preciso ler em voz alta pra tentar dar um sentido a tanto K no lugar de Q, ou contrações no lugar de palavras reais. Eu teria vergonha de escrever algo que não sei e deixar exposto pra todo mundo ver.
Isso sem falar no inglês que nego por aí acha que fala e abafa. Gente, por favor, antes de tentar uma segunda língua (eu concordo, inglês é bem mais fácil, gramaticamente falando), aprendam aquela que seu país usa oficialmente. Tudo bem que nosso próprio presidente não é exemplo pra isso, que é um iletrado e precisa que alguém escreva o discurso pra ele a fim de evitar o "pra mim fazer". O tupi-guarani já foi extinto, então por que ainda muitos de vocês insistem em escrever como índios?

16 outubro 2009

Chorar é bom!


Há quanto tempo você não chora um choro daqueles bons, de deixar a cara inchada e fazer você passar a noite pensando em qual desculpa vai dar no dia seguinte quando perguntarem o que houve? Confesso que já fui mais chorona... Mas, ultimamente, tenho segurado a barra e nem filme romântico me faz perder a linha. O que eu ganho com isso, eu não sei. Mas cheguei a conclusão de que com o tempo aprendemos a conter as emoções e fica difícil derrubar lágrimas até mesmo quando quebramos a perna.
Chorar faz bem, poxa! A vida não é bela o tempo todo. Levamos rasteiras, nos decepcionamos com as pessoas, ficamos tristes, sofremos... Chorar só leva tudo isso embora, limpa a área, dá forças pra começar de novo. É como um ponto final. Necessário. Fingir que somos fortes só nos deixa, na verdade, mais fracos e vulneráveis.
É verdade, porém, que com o tempo você vai percebendo que nem todas as situações que te faziam perder os cabelos no passado (por exemplo, homens) valem tanto sofrimento, cara inchada ou mesmo uma lágrima sequer. Você chora um pouquinho e logo tá se perguntando: "mas que porra é essa?". Levanta a cabeça e dá graças a Deus! Segue em frente e apela, no máximo, pra uma panela de brigadeiro.
Houve um tempo em que bastava que as mulheres chorassem pra conseguir o que queriam. Ah, bons tempos aqueles... Mas, estamos cada vez mais parecidas com os homens, duronas na quedas, mais fortes que Chuck Norris. Homens costumam ter pavor a mulheres que se comportam como mulheres. Querem que sejamos iguais a eles: que nossos conhecimentos sobre futebol e carros sejam similares, que sejamos independentes, racionais e, ao mesmo tempo, gostosas. Chorar? Nem pensar... Homem não choraria nem na morte do melhor amigo!
Eles não sabem o que estão perdendo... Se tivessem um pouquinho mais de sabedoria, perceberiam que não há nada melhor do que chorar e começar tudo de novo. Chorar lava a alma. Se ninguém mostra suas fraquezas, nenhuma relação pode existir, seja ela de amor ou de amizade.
Chore. Muito. Tudo o que precisa. A cara fica inchada um dia. E você feliz pro resto da vida!
Mas vamos combinar uma coisa: tem que valer a pena, hein!

14 outubro 2009

Qual é o seu preço?


Cada um sabe o valor que tem. Ou, pelo menos, deveria saber. Eu, por exemplo, aprendi a calcular o meu e não importa o que façam ou digam, nada vai mudar o meu "preço". Posso sofrer reajustes, mas descontos, jamais!
É engraçado como muita gente faz de tudo pra se encaixar e nessas deixa de lado o valor que tem. Seja no que for... Relacionamentos, trabalhos, na galera, no mundo. Esquecem os princípios e abrem mão da própria personalidade só pra fazer parte de um mundo ao qual ele, talvez, nem pertença.
Já vi gente mudar o estilo, a vida, o jeito de ser e pensar e quebrar a cara ao perceber que nada disso valia a pena. Falta de amor próprio, dá nisso. Essas coisas, como diria alguém bem mais sábio do que eu, aprendemos com a vida.
Já servi de capacho pra muita gente. E quem não passou por isso? Hoje, procuro apenas agradá-las fazendo aquilo que está ao meu alcance. E só. Sorte de quem valoriza. Quem perde o respeito, sai da minha lista. Não tenho vocação pra amostra-grátis e cada experiência negativa só faz aumentar o meu preço.
Não nego: já fui maria-vai-com-as-outras. Mas na idade certa e durou o tempo que deveria durar pra ensinar alguma coisa. Não vale a pena deixar de ser quem somos só pra agradar quem achamos que vai gostar. Nessas você deixa de fazer feliz uma pessoa: você mesmo. E é essa pessoa quem mais importa. Pelo menos, deveria, pra você.
O meu preço é bem alto. Não entro em liquidação e nem aceito financiamento. Se achou o produto caro, logo ali deve ter uma lojinha de R1,99, produto meia-boca, mas sabe como é... é o que cabe no seu bolso...

13 outubro 2009

Lei da compensação


Estamos em 2009, certo? Mas as diferenças entre homens e mulheres no campo profissional ainda fazem jus ao tempo pré-histórico. Infelizmente. Apesar de termos, em média um ano a mais de estudos do que eles, ainda ganhamos quase 30% a menos.
Mulheres não são burras e nem merecem trabalhos submissos, como muitos homens pensam. Aliás, os que pensam assim merecem, no mínimo, meu desprezo. Mas, somos talvez modestas, por aceitar esta situação e não nos importar. A diferença é que não precisamos sair por aí ganhando mais pra sentir que somos melhores. Não sou feminista, pelo amor de Deus. Mas realista, sim.
Homem tem pinto, né? E qual a primeira coisa que aprende a fazer com a régua quando descobre pra quê ela serve? Medir o tamanho do dito cujo. E se não tiver certeza de que o dele é o maior, perde o chão e não funciona. Então, por que receberiam menos do que as mulheres e aceitariam isso numa boa?
Já que ganhamos menos, nada melhor do que, de vez em quando, fugir das responsabilidades pra fofocar e dar uma espiada na vida alheia. A mulherada comanda os sites de relacionamento. Se pensar que somos maioria no planeta, dá até pra entender a vantagem nesse número. Somos 57% dos usuários do Twitter e do Facebook, e no MySpace já chegamos aos 64%. Mulher que sou, estou em todas as redes.
Navegando em outras praias, dá pra entender porque a maioria dos membros do Digg são homens (64%): lá eles dominam, pois a maior parte dos assuntos tem a ver com sexo, mulher pelada e carros... Convenhamos, coisa de quem ganha mais e nem sabe com o que gastar!

12 outubro 2009

30 (longos) dias...


Daqui um mês vou acordar com 33 anos. Nunca achei que chegaria tão longe... Afinal, Jesus morreu com a minha idade e ele era um santo. Bizarro, né? O que acontece é que nesta época do ano eu acabo pensando nas coisas mais malucas que alguém pode imaginar. Como esta, por exemplo. Talvez por isso chamem isso de inferno astral.
Esse ano começou uns dias mais cedo. Entrei na toca, pra ficar na minha, em casa mesmo, fazendo coisas que eu curto, longe de pessoas que possam tirar a minha paz ou que me deixam confusas. Anti-social mesmo! Pensando, pensando, pensando... Observando o que acontece a minha volta. Tomando algumas decisões. E eliminando tudo aquilo que não me faz bem, ou pessoas que não me acrescentam em nada. Reciclar é sempre bom. Às vezes, mais do que necessário. Talvez por isso nem relute quando algo que poderia me surpreender no resto do ano acontece nesta fase. O botão do "foda-se" foi acionado e tem dia certo pra ser desativado: 12 de novembro.
Por outro lado, já começo a pensar nas comemorações. E a infernizar (talvez por isso inferno astral) as pessoas com a contagem regressiva. Quem me conhece sabe que eu adoro comemorar meu aniversário e conto mesmo os dias pra isso. Igual criança! É como se eu tivesse que começar um caderno novo, num novo ano letivo e ter a oportunidade de escrever mais 365 páginas nele. É muita sorte... É fogo!

11 outubro 2009

Pensamento feminino


Eu devo ser meio antigona pra essas coisas, mas não consigo entender o que leva uma mulher a tirar a roupa pra uma revista ou site. E posso ser ainda mais antigona, ou até mesmo a única a ter bom senso, pra achar que isso tem a ver com prostituição. Ué, vamos lá: vender o corpo é prostituir-se. Ou não? Pelo menos foi assim que aprendi.
Um médico, por exemplo, estuda a vida toda pra ser quem é, trabalha duro e recebe o salário dele. Ou seja, é pago pelos serviços que presta. Nada mais justo. A mesma coisa eu. Ou você. Trabalha horrores e é (ou não, às vezes!) recompensado financeiramente pelos serviços prestados. Daí, a moça vai lá, tira a roupa, vende o produto dela (leia-se, o corpo) e ganha pra isso.
Já trabalhei em revistas de mulher pelada. Que fique bem claro: na parte inteligente, aquela que ninguém lê. E não conseguia entender o motivo que levava tanta mulher a posar pelada. Já vi de tudo... Feia, bonita, gorda, magra, mulher que se acha, mulher que tem que se achar mesmo porque é, mulher que deveria vestir burca porque é um trambolho sem roupa. Mas até hoje não consegui entender o que leva todas elas a aparecer na capa de uma revista como veio ao mundo. Tá certo, ganha-se muito dinheiro com isso. Mas tirando o financeiro, qual o objetivo? Mostrar talento?
Juro... ainda vou entender!

10 outubro 2009

O que te faz feliz?


Quisera eu ter o segredo da felicidade. Teria economizado tempo e um dinheirão com terapia, além de passar 100% do tempo sorrindo à toa. A boa notícia é que sei que não sou a única nesse barco.

O ser humano tem essa mania esquisita: a de nunca estar feliz com nada. Quem não acha a grama do vizinho mais verdinha e saudável é porque está acomodado. E mesmo gente acomodada é infeliz. Quem é saudável de verdade vai sempre achar que poderia ganhar mais, ter um carro melhor, morar numa casa maior, ter amigos mais legais, sair com alguém mais bonito e gostoso... Mesmo tendo tudo aquilo que um monte de gente inveja, você ainda vai achar que tem pouco e que é infeliz.

Felicidade, aliás, parece estar sempre num patamar mais alto do que aquele que podemos alcançar. Isso, na verdade, acontece porque estamos sempre nos comparando a alguém, ao invés de valorizar aquilo que já temos em mãos. Ou porque valorizamos demais aquilo que é material, quando na verdade o que mais nos faz feliz, dificilmente pode ser comprado no varejo. É errado deixar que a nossa felicidade dependa dos outros. Até porque os outros estarão sempre mais interessados em achar algo que os façam mais felizes ao invés de valorizar o fato de que ele te faz feliz. Ninguém é mais responsável pela sua felicidade do que você mesmo.

O que o outro faz pode até ser parte dela, mas deixar que o outro seja a sua felicidade só vai trazer o contrário. O que te faz feliz? Uma panelona de brigadeiro? Acordar tarde, sem despertador? Um dia ensolarado na praia? O sorriso de quem ama? Um e-mail no começo do dia? Um banho quente no final do dia? Um dia inesquecível no parque?

Eu já tenho a minha lista...

08 outubro 2009

13 anos


Mulheres, já pararam pra pensar que homem é um ser que não evolui? Nada contra a espécie, adoro, e acho que até morreria por um. Mas é bom deixar avisado, que teria que valer muuuuito a pena pra chegar a este ponto da loucura. Ainda consigo perfeitamente viver sem um.

Mas é triste saber que eles nunca passam dos 13 anos.

Quando eu tinha 13 anos, me apaixonei loucamente por um menino lindo, de 13 anos também. Namoramos, foi ótimo. A gente se divertia horrores, curtia as mesmas coisas, falava a mesma língua. Mas fiz 14, 15, 16 anos... e descobri que todos os demais ficaram parados nos 13. É por isso que tenho a sensação (pedófila), às vezes, de estar saindo sempre com caras mais novos do que eu.

Você quer manter um relacionamento bacana, e o cara só pensa em sexo. Você quer conversar coisas interessantes, ele só quer jogar videogame. Enquanto você curte livros, ele ainda coleciona Playboy ou sabe de cor o link de todos os sites de sacanagem. Você tenta combinar um programinha e ele quer ver futebol. Se você pega uma gripe, levanta da cama e vai trabalhar, enquanto ele precisa de mimos e parece estar a beira da morte, porque simplesmente não consegue lidar com febre e dores no corpo. Se vocês brigam, ele age como se fosse o dono da bola, leva tudo embora e ninguém joga mais!

Sexo, videogame, mulher pelada, futebol e manha... Coisas típicas dos garotos de 13. Falo isso porque trabalho com um monte de meninos nesta idade e vejo neles os mesmos hormônios e idiotices que vejo nos homens da minha idade. E não percebo nenhuma evolução. A não ser a vontade enorme que eles têm em ficar presos no tempo. É, maturidade é qualidade pra poucos. Depois é mulher que não evolui...

07 outubro 2009

Tem que valer a pena


No mundo dos negócios existe um cálculo chamado custo/benefício, que deveria ser usado em todas as circunstâncias da vida. O que todo mundo quer é se jogar nas coisas boa, sem pensar nas consequências. Mas a vida, mais cedo ou mais tarde, costuma mandar a conta.


Quem é que não gosta de comer um monte de besteiras, se entupir de chocolate, refrigerante, fritura e etc.? Mas se fizer isso, no dia seguinte vai morrer de remorso. É assim com tudo. Não só com a comida, mas com a diversão, os romances, o trabalho... Se fizer em excesso, vai sempre bater o arrependimento.


Existem dias em que tudo conspira a favor. A vida fica maravilhosa e você esquece que existem problemas. Mas eles existem e os mais difíceis de resolver são aqueles que envolvem sentimentos. Porque são nessas horas em que a gente costuma mandar a razão pro espaço e cair de boca na vida. "Ah, tá tudo tão bom, quero mais é aproveitar!", você pensa. Certo? Pois é... Daí você vai lá, deita e rola, curte tudo, sem ponderar nada, igualzinho ao que faria se pudesse comer chocolate todos os dias sem pensar nas consequências. Mas chega uma hora em que a vida vai entregar a conta, porque ela sempre entrega...

Antes de tomar qualquer decisão mais radical é sempre bom pensar, mas pra raciocinar é necessário ter a cabeça fria. E é claro que não se pode - e nem se deve - ser sensata o tempo todo. Mas é importante que a conta seja paga com prazer. E só pagamos com prazer aquilo que valeu de verdade.

05 outubro 2009

Fechado pra balanço

Acho engraçado como as pessoas gostam de ser psicólogas nas horas mais inconvenientes. Já fiz terapia, pagava uma grana por isso, mas ia lá ouvir conselhos com hora marcada, com uma profissional de verdade.

Tem gente que costuma dizer que terapias não servem pra nada. Mas eu aprendi muito com ela. Aprendi, por exemplo, a ignorar qualquer tipo de conselho. Já dizia o ditado: se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. E eu sou pobre pra comprar conselhos, prefiro gastar minha grana em roupas, que me fazem muito mais feliz.

Toda vez que alguma coisa ruim ou triste acontece comigo, eu preciso de um tempo pra me recompor. Tem gente que faz o contrário: sai, enche a cara, vai ver os amigos, conversar, cair na esbórnia. Eu não. Preciso de tempo. Preciso sumir. Preciso pensar. Ficar sozinha. Aprender. Ficar mais forte. Mas é incrível, quase ninguém respeita isso.

As pessoas acham que devemos reagir aos nossos problemas e tristezas como elas reagiriam aos problemas e tristezas delas. Já cheguei a ouvir que, por agir assim, me isolando do mundo, estava sendo egoísta, não ligando pra preocupação das pessoas que gostam de mim. Egoísta? Eu?!

Agindo assim, são incapazes de perceber que, quanto mais tentam me fazer reagir como acham que deveria, mais me afastam deles. Tudo o que eu menos preciso é palpite. Se quisesse conselho, estaria ainda frequentando a terapia. Não preciso de ajuda. Já aprendi a lidar com essas situações. Já aprendi a reconhecer qual é o melhor remédio pra essas horas. E já aprendi que não tenho que mudar isso só pra não ver triste quem ainda não entendeu como eu funciono.

Me dê um tempo. Me deixe sozinha. Não bata na porta. Não diga que sumi. Por favor, não incomode. Quando eu quiser, eu volto... Inferno astral, logo mais passa. Por enquanto, tô fechada pra balanço.