14 maio 2013

Uma vírgula, muda tudo.

Vírgulas são fundamentais. Ponto final, também.
Tem uma coisa que me incomoda demais. Mais do que gente falando da minha vida, mais do que lugar lotado, mais do que dia frio e chuvoso, mais do que tudo aquilo que não suporto junto: erros de português.

Tudo bem que nosso país não é campeão em educação ou até mesmo em valorizar os profissionais desta área, mas eu não consigo aceitar – ou entender – como alguém, que até teve um certo acesso à escola e frequentou salas de aula, consegue escrever mal ou desconhecer certas regras (básicas) gramaticais, concordâncias e ortografia.

As diferenças entre “mas” e “mais”, “a” e “há”, saber o lugar certo onde se coloca uma vírgula ou um ponto final não é tão difícil assim, vai. Desconhecer a própria língua é triste. Muito, muito triste...

Vírgulas não separam o sujeito do predicado, ou do verbo (a ação, se pra você fica mais claro assim). Elas servem como uma pausa na leitura, um respiro e separam frases completas, ou seja: com sujeitos e predicados, sujeitos e predicados. E não: sujeitos, predicados. Listas são assim, não frases. A pontuação no lugar errado compromete absolutamente tudo aquilo que você queria dizer.

Apoio todas as formas de expressão, desde que elas expressem alguma coisa e não o seu desconhecimento gramatical. Do contrário, aconselho pesquisas no Google e o uso do corretor do Word. Pra quem não domina a própria língua, é ótimo, não falha! Leitura também vai bem... Enriquece o vocabulário e ocupa o tempo. 

É lógico que não estou me referindo aqueles que, por alguma má sorte na vida, não tiveram a oportunidade de aprender. Seria cruel demais da minha parte e isso, não combina comigo, uma professora e jornalista, conhecedora do idioma do país no qual eu nasci. Mas, gente, se você já tem idade pra acessar redes sociais, é porque já tá grandinho pra saber como escrever e sabe, no mínimo, criar login, senhas e é curioso pra LER sobre a vida alheia. 

Aqui vai a minha dica: antes de tentar aventurar-se numa segunda língua – acho digno aprender e tiro o chapéu pras pessoas que se dispõe a estudar -, tenha certeza de que seu português é bom. Não precisa ser impecável, porque daí talvez seja mesmo pedir demais (nossa língua é cheia de “pegadinhas” e, pra piorar, tem novas regras de ortografia), mas compreensível já tá bom.

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