Quem te conhece, que te compre! |
Diferente das outras princesas,
esta aqui morava sozinha num castelo só dela, próprio e bem alto. De lá, podia
ver o sol nascer todos os dias, porque se levantava bem cedinho para trabalhar.
Sim, esta princesa trabalhava. E como! T-o-d-o-s os dias... E adorava! Gostava
muito das crianças que encontrava por lá e este sentimento era recíproco. Tinha
delas, também, o carinho, pois era uma pessoa muito boa e que gostava de falar
de valores. Eles ouviam e sempre aprendiam alguma coisa.
Quando não estava trabalhando, a
princesa gostava de tomar café lendo livros. Tinha uma pilha deles e sempre
comprava mais. Gostava muito, também, de ir aos bailes do seu povoado – uma cidade
muito grande e que não dormia nunca. Nestas festas, ela bebia, conversava com
os amigos, era galanteada por muitos príncipes e ouvia sua música preferida, o
rock n’ roll.Num belo dia, a princesa recebeu um pequeno bilhete enviado por um plebeu, que parecia vir de muito longe. Nele havia um convite para sair. O plebeu explicou que o irmão havia aconselhado-o a se encontrar com a princesa para um café. Ela acabou aceitando e os dois foram conversar.
Não demorou muito para que a conversa acabasse num romance, cheio de
planos e muitas promessas. O plebeu levou a princesa para o reino onde morava,
onde ela ficou por um tempo. Porém, o que ela não sabia é que, aquela linda
história de amor, seria estragada por uma bruxa, uma mulher feia, invejosa e
muito má, que morava num povoado afastado e muito pobre, que espiava todos os passos do casal de longe.
A princesa, muito boa, passou a ser perseguida insistentemente pela bruxa, que também começou a ameaçar o plebeu. Assustados, os dois decidiram se isolar. Porém, a
bruxa, muito, muito má, não desistiu. Passou a persegui-los cada vez mais e mais.
Com inveja da história de amor dos dois, a bruxa - que havia sido um dia abandonada - acusava a princesa de coisas que não eram verdadeiras, o que a
deixava cada vez mais triste, pois desde pequena aprendeu a falar somente a
verdade. O plebeu não podia fazer nada, pois a bruxa dizia que trancaria uma pobre e indefesa criancinha em sua masmorra e nunca mais a deixaria sair de lá... A princesa não tinha para onde
correr, pois a bruxa sempre a encontrava!
Os finais de semana, antes tão aguardados pela princesa e pelo plebeu, passaram a
ficar monótonos. Ela e o príncipe não podiam fazer muito. Ela sentia falta de
ser livre como antes. Queria muito poder fazer o que sempre fez, da forma como fazia, sem
ser controlada pelos olhos da invejosa bruxa.
Cansada de tanta maldade e perseguição, a princesa decidiu voltar para o seu castelo. Lá, recebeu bilhetes de muitos príncipes. Príncipes de verdade! E lembrou-se de
uma importante lição que aprendeu com um deles no passado: que ela merecia o melhor, sempre!
O plebeu? Bem, o plebeu viveu infeliz para sempre, perseguido pela bruxa
feia, que ele tanto temia, mas desprezava e sentia nojo.
Fim.
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