15 maio 2013

A princesa, o plebeu e a bruxa

Quem te conhece, que te compre!
Era (mais) uma vez, uma linda princesa que vivia muito feliz. Sempre cercada de amigos e príncipes, a princesa gostava muito de ser livre. Foi criada assim pela rainha, a sua mãe, que também ensinou a importância do respeito aos outros e da educação.

Diferente das outras princesas, esta aqui morava sozinha num castelo só dela, próprio e bem alto. De lá, podia ver o sol nascer todos os dias, porque se levantava bem cedinho para trabalhar. Sim, esta princesa trabalhava. E como! T-o-d-o-s os dias... E adorava! Gostava muito das crianças que encontrava por lá e este sentimento era recíproco. Tinha delas, também, o carinho, pois era uma pessoa muito boa e que gostava de falar de valores. Eles ouviam e sempre aprendiam alguma coisa.
Quando não estava trabalhando, a princesa gostava de tomar café lendo livros. Tinha uma pilha deles e sempre comprava mais. Gostava muito, também, de ir aos bailes do seu povoado – uma cidade muito grande e que não dormia nunca. Nestas festas, ela bebia, conversava com os amigos, era galanteada por muitos príncipes e ouvia sua música preferida, o rock n’ roll.

Num belo dia, a princesa recebeu um pequeno bilhete enviado por um plebeu, que parecia vir de muito longe. Nele havia um convite para sair. O plebeu explicou que o irmão havia aconselhado-o a se encontrar com a princesa para um café. Ela acabou aceitando e os dois foram conversar.

Não demorou muito para que a conversa acabasse num romance, cheio de planos e muitas promessas. O plebeu levou a princesa para o reino onde morava, onde ela ficou por um tempo. Porém, o que ela não sabia é que, aquela linda história de amor, seria estragada por uma bruxa, uma mulher feia, invejosa e muito má, que morava num povoado afastado e muito pobre, que espiava todos os passos do casal de longe.
A princesa, muito boa, passou a ser perseguida insistentemente pela bruxa, que também começou a ameaçar o plebeu. Assustados, os dois decidiram se isolar. Porém, a bruxa, muito, muito má, não desistiu. Passou a persegui-los cada vez mais e mais. Com inveja da história de amor dos dois, a bruxa - que havia sido um dia abandonada - acusava a princesa de coisas que não eram verdadeiras, o que a deixava cada vez mais triste, pois desde pequena aprendeu a falar somente a verdade. O plebeu não podia fazer nada, pois a bruxa dizia que trancaria uma pobre e indefesa criancinha em sua masmorra e nunca mais a deixaria sair de lá... A princesa não tinha para onde correr, pois a bruxa sempre a encontrava!

Os finais de semana, antes tão aguardados pela princesa e pelo plebeu, passaram a ficar monótonos. Ela e o príncipe não podiam fazer muito. Ela sentia falta de ser livre como antes. Queria muito poder fazer o que sempre fez, da forma como fazia, sem ser controlada pelos olhos da invejosa bruxa.
Cansada de tanta maldade e perseguição, a princesa decidiu voltar para o seu castelo. Lá, recebeu bilhetes de muitos príncipes. Príncipes de verdade! E lembrou-se de uma importante lição que aprendeu com um deles no passado: que ela merecia o melhor, sempre!
O plebeu? Bem, o plebeu viveu infeliz para sempre, perseguido pela bruxa feia, que ele tanto temia, mas desprezava e sentia nojo.

Fim.  

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