Não sou muito boa em Matemática, mas acho que esta conta não é tão difícil de fazer. Vamos lá:
Trabalho = 14 horas/dia
Trânsito = 2 horas/dia
Casa = 8 horas/dia
Sono = 6 horas/noite
Se eu não estiver errada, passo tantas horas em casa (acordada) quanto dirigindo em São Paulo quando vou e volto do trabalho. Ou seja, não sobra tempo pra muita coisa, a não ser comer, tomar banho e ler um livro antes de dormir. Pensa no caos em que se transformou minha casa por conta de uma rotina retardada como esta.
Costumava deixar a arrumação master (esta em que estou neste exato momento da minha vida) pras férias. O problema é que, por conta da "rotina retardada" também não sobrava muito tempo pra ficar com as pessoas que gosto ou viajar. Como dediquei meu tempo a essas duas coisas nas últimas férias acabei deixando a arrumação pra lá. Ou seja (de novo), pra nunca, já que não tenho tempo pra isso no dia-a-dia.
Segundo minha numerologia, estou num ano 1 (descobri isso enquanto organizava gavetas) e isso significa mudanças. E esse santo da mudança baixou em mim, pesado! Em 5 minutos decidi que queria vender móveis antigos, comprar coisas novas, mudar as cores dos ambientes, organizar todas as gavetas e papeladas (descobri que sou a favor, agora mais do que nunca, de boletos eletrônicos!), jogar coisas fora, doar roupas, sapatos, bolsas e acessórios e tirar do meu caminho tudo o que já não era mais útil na minha vida. É incrível, mas a mudança também muda a energia e eu tava precisando...
Mas, infelizmente, não consigo mudar a equação do começo do post, então, a mudança está vindo em doses homeopáticas, tenho aproveitado até aquelas 2 horas entre banho, jantar e livro, diminuído as horas de sono pra que tudo termine logo. Que inveja da Amélia, viu... Mas, tô apaixonada pelo que minha casa está se transformando. No meio da bagunça, descobri o desapego total das coisas que antes me prendiam ao passado e revivi momentos em fotos e bilhetes que já estavam quase esquecidos.
Morar sozinha é uma delícia! Tem lá suas desvantagens, como não ter com quem dividir o prejuízo das contas ou as tarefas do dia-a-dia. Só que, um canto só seu, não tem preço. Tô morta, com as mãos machucadas de montar móveis e apertar parafusos, mas e daí? Quando tudo estiver no lugar, é lá que tudo vai permanecer!
31 maio 2013
28 maio 2013
A tal da ex
Esses dias, conversando com amigas, uma pergunta ficou na
cabeça: será que todos os homens com quem vamos nos relacionar no futuro terão
ex-namoradas/mulheres loucas e problemáticas?
A pergunta surgiu depois que contei à elas o que aconteceu
no meu último relacionamento e como era desagradável lidar com a louca da
ex-mulher dele o tempo todo. A fulana chegou ao ponto de curtir a página do meu
trabalho no Facebook dela e não dava folga. Pirada mesmo!
Todas nós já passamos dos 30 e, é claro, temos que lidar com
homens que já trazem bagagens de relacionamentos anteriores. Mas será que vai
ser sempre assim? Tentei argumentar explicando que sempre deixei todos os meus
ex-namorados irem embora em paz. Também dei o exemplo da minha mãe, que depois
do fim do casamento dela, seguiu o próprio caminho, sem torturar a então
namorada do meu pai com chantagens baratas ou usar a mim e meu irmão pra
atingi-lo emocionalmente. Acabou, acabou. Fim! Mas parece que somos exceção...
Quase todo mundo gostaria de poder começar uma história de
amor partindo do zero, sem que houvesse qualquer contato com ex-casos. Mas, nem
sempre isso é possível. Ainda mais quando há filhos no meio e o outro não se
sente seguro em relação ao seu papel no próprio relacionamento. Por isso, é
fundamental que haja diálogo, pois quanto mais tumultuado tiver sido o processo
de divórcio ou rompimento, maior será a probabilidade da ex tentar mandar na
nova relação do outro, que decidiu tocar em frente sua vida amorosa. É importante que ele saiba o quanto você se
sente invadida com este tipo de comportamento obsessivo da ex dele e que gostaria que ele fizesse algo a respeito, sem acusar a outra
de nada. Atuais bem resolvidas vivem a própria vida ao invés de criar problemas
com o passado do outro.
Mulheres que não superam o fim de um relacionamento costumam
aparecer como fantasmas, porque não percebem que são passado e, volta e meia,
assombram a paz do rapaz e do casal, tornando-se um tormento pra ambos. Nem a
mais compreensiva, tolerante e paciente namorada aguenta tanta assombração...
A ex louca é aquela que não perde um passo: provoca
situações, checa redes sociais pra não perder um segundo do novo relacionamento,
manda mensagens e liga só pra marcar presença. Amizade entre ex tem limite. Ex
que quer compartilhar tudo como se ainda fosse parte de um casal, impondo sua
presença constantemente é taxada até pelos psicólogos como um problema.
Lidar com bagagens do passado é OK, mas malas, como já disse
num post anterior, cada um que
carregue a sua. Se a ex é maluca, o melhor a fazer é torná-lo ex e dar espaço
pra alguém com histórias de rompimentos saudáveis e civilizados, exceções como
nós.Me nego a acreditar que todo futuro romance será tumultuado por conta de mulheres piradas e frustradas. Afinal, deve ter uma ou outra bem resolvida como eu por aí, que deixa o passado pra trás dando lugar pro novo, disposta a começar do zero!
27 maio 2013
Conversando com meninas
É inevitável, eu sei. Toda vez que você vê uma menina toda
enfeitada, com vestidinho florido e sapatinho de boneca dá vontade de apertar
as bochechas dela e dizer: “Como você é fofa! Dá uma voltinha, deixa-me
ver que coisa mais linda!”. Afinal, o que há de errado nisso, não é mesmo? Este
é o tipo de conversa padrão que temos com menininhas pequenas, que se vestem
como princesas, só pra quebrar o gelo. Elas são fofas, lindas, bonitas, bem vestidas, tem
unhas pintadas e coloridas e estão sempre com o cabelo impecavelmente preso.
Pois bem, quando esta vontade louca de elogiar uma menina –
exatamente desta forma – aparecer, respire fundo e conte até 10. Não há
problema nenhum em fazer um elogio sincero, enaltecendo sua autoestima. O texto
de Lisa Bloom me fez repensar este simples gesto e nas consequências que um elogio desses traz.
Há um tempo, a ABC News apontou que quase metade das meninas
entre 3 e 6 anos já se preocupam com a aparência e estão ligadas se estão
acima do peso ou não. Uma boa porcentagem delas, aos 12 anos, usa rímel,
delineador e batom, sem contar que já sofrem com distúrbios alimentares e com
problemas de autoestima baixa. Hoje em dia, elas preferem vencer o America’s Next Top Model a ganhar o prêmio
Nobel da Paz. Até quem chegou à faculdade diz preferir ser “gostosa” a “inteligente”. Basta ver a quantidade de mulheres que morrem em mesas de
cirurgias, em procedimentos plásticos desnecessários, deixando filhos e família
pra trás em troca da beleza perfeita, com menos rugas e tudo apontando pro
alto.
Ensinar meninas que a aparência é a primeira coisa que se
nota, mostra à elas que o visual é mais importante do que qualquer coisa,
inclusive mais relevante do que aquilo que ela tem na cabeça. Ou seja, hoje
temos meninas de 5 anos fazendo dieta, de 11 com base na cara, com 17 pensando
em prótese de silicone e aos 23 com o rosto completamente esticado por botox.
Com tanta exigência, é cada vez mais comum encontrar mulheres tão novas
infelizes com aquilo que estampam por fora.
O que está faltando? Uma vida que faça sentido, mais livros,
mais cultura, mais estudos, mais valor ao que se pensa e conhece ao invés do
que se veste e usa. Ser inteligente é bem melhor, porque gostosa qualquer uma pode ser. A mulher de hoje em dia já é tão esculachada pela mídia e
sociedade que só falta ela própria desvalorizar o cérebro que tem.
Como Lis Bloom sugere, tente manter um diálogo
inteligente com a próxima garotinha que conhecer. Explore o cérebro dela ao
invés do vestido que usa e de quão bonito é a cor do esmalte que tem. Pergunte o
que está lendo, do que ela gosta e por quê? Mostre pra ela como uma mulher
pensante fala e age. Isso vai mudar o mundo? É claro que não! Mas começar com
um grãozinho já faz uma baita diferença!
26 maio 2013
Não, obrigada.
Excelente! |
Vamos lá: os tempos são outros... Hoje em dia, mulheres não procuram mais maridos pra serem sustentadas e terem seus gostos bancados por eles. Elas procuram trabalho e, nele, encontram o dinheiro que precisam pra ver seus sonhos (materiais) realizados. Mas é lá também que encontram reconhecimento e realização que dinheiro nenhum pagam.
Imagina a luta da sua avó ou mãe pra conseguir um lugarzinho no mercado de trabalho dominado, no passado, por um bando de marmanjos machistas, que achavam a mulher incapaz de exercer as mesmas funções que eles comandavam. Deve ter sido bem difícil pra elas...
Antigamente, a mulher encontrava no casamento e na maternidade toda a realização de uma vida. Porque, lá atrás, ela havia sido preparada pra isso. E só pra isso. Como a Veja mesmo reconheceu "as mulheres que dizem não à maternidade fazem parte de uma revolução de costumes que está mudando a cara do Brasil e do mundo". Não estou aqui desmerecendo quem fez esta escolha de coração, mas quem faz isso só pra seguir o que a sociedade impôs desde o começo da humanidade tá na hora de ter um pouco mais de personalidade e seguir aquilo que realmente a satisfaz.
Não é toda mulher e, hoje vejo essas mulheres como uma boa maioria, que precisa de um outro ser pra se sentir completa. Nascemos sozinhos e vamos morrer assim. Criar filhos é muita responsabilidade que, como disse num post não muito antigo, posso apenas imaginar. Mas, colocar filhos no mundo pra jogá-los nas mãos de babás despreparadas pra educação ou interná-los em escolas integrais só pra, também, poder dar conta da vida profissional é muito egoísmo.
Tiro o chapéu pras mães-mães, aquelas que acompanham os filhos em tudo e que conseguem criar adultos melhores. Mas acho vergonhoso saber que há mães por aí que tiveram filhos apenas pra alimentar o ego e calar a boca de uma sociedade que cobra este papel das mulheres, dizendo: "OK, fiz minha parte, tive um filho".
Filhos são opção. Não obrigação e acho ótimo uma revista, de vez em quando, lembrar a sociedade disso. Os tempos são outros... E, podemos sim ser felizes sozinhas!
22 maio 2013
O dicionário das crianças
Quer saber se você é um bom exemplo? Observe
as crianças com quem convive. Elas são a cópia perfeita daqueles que estão
frequentemente à sua volta. Elas não são o que os adultos dizem ou pedem que
sejam, mas o que fazem, porque palavras – pros pequenos – são abstratas, eles
não podem tocar, por isso não entendem. Mas ações – aquilo que eles podem ver –
são exemplos que tornam o que é “dito” concreto e daí viram repetições.
Vejo muitas crianças carinhosas e outras,
agressivas. Basta conhecer os pais pra entender esses comportamentos. Então, os
beijos ou os tapas acabam sendo explicados, sozinhos, sem a necessidade das palavras.
Um professor colombiano teve uma ideia incrível:
por 10 anos, coletou definições de seus alunos (crianças entre 5 e 12 anos) para
criar um dicionário com verbetes puros, lógicos e reais. São mais de 500
definições pra palavras de A a Z. Nele, dá pra ver como os pequenos entendem e
enxergam o mundo, aquele que há muito foi esquecido pelos adultos.
Pras crianças, a palavra criança significa “amigo
que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo”. Já um adulto é
“a pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma”. Já o ancião é
um homem que fica sentado o dia todo, branco é a cor que não pinta, dinheiro é
coisa de interesse pros outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz
inimigos. Deus é o amor com cabelo grande e poderes.
As crianças enxergam a guerra como algo em que
as pessoas se matam por um pedaço de terra ou de paz. A inveja é o mesmo que
atirar pedras nos amigos. Os adultos vão à igreja pra perdoar Deus, mãe é
alguém que entende e depois vai dormir e paz é quando alguém se perdoa.
Quem explicou isso à elas? Ninguém! Elas
observaram e chegaram às próprias conclusões, pois ainda são imaturas pra
associar palavras com significados abstratos. Por isso, cuidado com o adulto
que você é perto de uma criança. Se quer formar um cidadão com caráter
impecável, tenha absoluta certeza de que o seu tá em dia.
17 maio 2013
Pequenas instruções pra vida
Ouça (e valorize) a voz da experiência! |
Gosto de ouvir histórias de gente idosa. Claro, não as de doença... Mas aquelas que são verdadeiras lições de vida e que dá vontade de tomar como exemplo e fazer igualzinho. Respeito muito o que dizem. Já viveram bastante, não apenas pra ganhar atendimento preferencial, mas também a nossa admiração.
Eis as lições de William Snell, um senhor de 95 anos que, em 1993, resolveu escrever esta lista. Quantos destes ensinamentos você já colocou em prática?
1. Cante no chuveiro.
2. Trate todas as pessoas que conhecer da maneira como você gostaria de
ser tratado.
3. Veja o sol nascer pelo menos uma vez por ano.
4. Nunca recuse brownies feitos em casa.
5. Procure a excelência, não a perfeição.
6. Plante uma árvore no seu aniversário.
7. Aprenda 3 piadas “limpas”.
8. Devolva os carros que pegar emprestado com o tanque cheio.
9. Nunca perca a oportunidade de dizer a alguém que o ama.
10. Deixe as coisas sempre um pouco melhor do que as encontrou.
11. Não complique.
12. Tenha pensamentos grandes, mas não despreze prazeres pequenos.
13. Torne-se a pessoa mais positiva e entusiasta que já conheceu.
14. Perdoe a si mesmo e aos outros.
15. Diga sempre “obrigado”.
16. Peça sempre “por favor”.
17. Evite pessoas negativas.
18. Vista sapatos bonitos.
19. Lembre-se do aniversário das pessoas.
20. Comprometa-se a ser sempre melhor com você mesmo.
21. Aperte a mão com firmeza.
22. Mande cartões de Natal e assine todos.
23. Olhe nos olhos.
24. Seja o primeiro a dar “oi”.
25. Devolva tudo o que pegar emprestado.
26. Faça novos amigos, mas conserve os antigos.
27. Guarde segredos.
28. Plante flores na primavera.
29. Tenha um cachorro.
30. Sempre aceite mãos amigas.
31. Pare de culpar os outros.
32. Seja responsável por todas as áreas da sua vida.
33. Acene para crianças num ônibus escolar.
34. Esteja por perto quando as pessoas precisarem de você.
35. Não espere que a vida seja justa.
36. Nunca subestime o poder do amor.
37. Beba champanhe sem nenhum motivo especial.
38. Viva sua vida como se fosse uma exclamação e não uma explicação.
39. Não tenha medo de dizer: “Eu errei”.
40. Não tenha medo de dizer: “Eu não sei”.
41. Elogie até mesmo os pequenos progressos.
42. Cumpra o que prometeu, não importa o que aconteça.
43. Case-se apenas por amor.
44. Retome velhas amizades.
45. Seja grato.
46. Telefone para a sua mãe.
47. E para o seu pai, caso eles ainda estejam vivos...
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