14 julho 2013

Se eu fosse a Beth, eu faria!

Isso mesmo, Beth!
Verão fora de época e Beth Faria resolveu fazer o que qualquer carioca faria: ir à praia. Até aí, tudo bem. Não fosse o tamanho do biquíni que ela escolheu usar pra ocasião. Aos 72 anos...

Ah, se eu fosse a Beth... Tinha mandado todo mundo à merda. Mundo hipócrita esse em que vivemos, hein? Meninas com o corpo bombado, parecendo Alexandre Frota, podem usar biquíni sem ser considerado ofensivo, mas uma senhora que chegou inteirona aos 72 anos precisa se esconder atrás de um maiô porque é assim que a sociedade quer? Que direito temos de achar que o que alguém veste é certo, apropriado ou pequeno demais?

"Por que não posso usar biquíni? Vou morrer velhina de biquíni na praia. É uma sensação de liberdade tão boa. É o mínimo nesse Brasil tão careta", desabafou a vovó que todo marmanjo pediria a Deus. A mulher vai envelhecendo e passa a viver com restrições, algumas físicas e outras impostas pela sociedade. Mas ela tem o direito de ser velha, da maneira que a faz feliz. E se isso inclui biquínis e minissaias, qual é o problema?

Essa coisa de achar que gente velha, depois de uma certa idade, precisa usar taier Chanel e maiôs inteiros poderia até ser aceitável na época em que as senhoras eram proibidas de ir à praia pelos maridos bossais. Mas, hello, estamos em 2013, pagando impostos altíssimos que nos dão o direito de fazer o que bem entendemos que é correto e nos faz feliz, desde que isso não agrida ou interfira no espaço do outro. Beth agrediu. Feio. Bateu na cara de gente preconceituosa.

Ela, assim como você, tem o direito de fazer o que quer. Sábia, calou a boca de meninas que se julgam no direito de ir à praia seminua só porque tem idade pra isso, declarando: "Envelhecer não é pros covardes". Se eu fosse Beth, faria, faço e farei!

Quero chegar aos 72 com o corpo e a cabeça dessa atriz, que gerou polêmica numa época em que deveríamos nos preocupar mais com o que temos dentro da gente do que aquilo que mostramos por fora.

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