11 outubro 2010

Politicagem


Não leio a revista Veja, mas sempre olho as matérias de capa. E a desta semana foi ótima: Deus entrou no debate pra presidente do nosso país. Os candidatos (e não apenas os dois que estão disputando o segundo turno) estão pegando cada vez mais pesado pra conseguir votos. Uma aí era crente e, sim, usou a religião pra arrecadar votos.
Políticos deveriam ser neutros. Assim como os jornalistas, não deveriam expor suas preferências. Se é crente, macumbeiro, católico ou judeu, não interessa. Não é a opção religiosa que vai comandar o país.
Não me interessa saber a opinião que têm. Isso não muda a opinião que eu tenho sobre eles. Uma coisa são princípios, planos de governo, caráter. Outra é usar a opinião para conseguir chegar onde quer.
Todos têm discutido muito sobre questões extremamente polêmicas. E uma delas é o aborto. Pegar no ponto fraco do ser humano é crueldade. Até mais cruel do que aqueles que criticam tanto essa prática, seja por questões legais ou religiosas.
Quem decide ter um filho não é a igreja e nem a polícia. Quem decide é a mulher. É ela quem deveria ter a opção de escolher ter ou não uma criança que não foi planejada. Só quem já passou por isso sabe o que estou falando. Poucos sabem, mas já engravidei. Perdi o bebê na décima segunda semana de gestação (bem no dia do meu aniversário, há quase 3 anos). Mas, ao saber que estava grávida, mesmo tendo toda a informação sobre métodos anticoncepcionais e mesmo tomado os devidos cuidados, me vi diante de um puta dilema: levar ou não aquilo adiante.
Sim, sempre critiquei as mulheres que escolhiam interromper a gestação. Até viver na pele o que elas viveram. Ter que fazer esta escolha não é fácil. Nada fácil. Mas deixar isso na mão do governo ou da igreja é injusto!
Sou a favor da legalização da prática. Mas contra o uso da mesma como método "anticoncepcional". Sou a favor da educação sexual nas escolas. Aliás, sou a favor da educação antes mesmo de discutir se somos contra ou a favor de tirar a vida dos bebês. Sou a favor de educar as crianças que já nasceram pra que as próximas possam se tornar adultos melhores e com mais oportunidades.
Depois de muito pensar, decidi ter o bebê. Não porque condenava o aborto, mas porque receberia o apoio de muita gente nesse momento da minha vida. O que não acontece com muitas daquelas que não têm a mesma sorte e acabam parindo filhos que poderiam ser evitados ou "interrompidos", se pudessem ter esta escolha.
Discutir sobre a legalização em campanha eleitoral é baixo demais. É desumano. Mais até do que tirar a vida de um feto que ainda nem tem consciência da vida, quanto mais de um voto.

05 outubro 2010

Mais 5 coisas

Há pouco tempo fiz um post sobre 5 coisas curiosas a meu respeito. Não revelei nenhum segredo, até porque segredos não foram criados pra serem revelados. Mas, vou aumentar essa lista. Pensei em mais 5 coisas curiosas sobre mim e aqui estão elas:

1. Farinha Lactea - amo comida de bebê. Farinha Lactea, aquelas papinhas de frutas da Nestlè, hmmm... Amo! Outro dia cheguei a comer o restinho que sobrou da minha sobrinha. A de maçã é a minha preferida. O problema é que essas coisas custam muito caro. Então só tenho surtos aperitivos infantis muito esporadicamente.

2. Banheiro público - morro de medo de ficar presa em banheiros públicos. Tenho pavor!! Toda vez que tranco a porta, tento abrir de novo só pra ter certeza de que ela vai abrir quando eu sair. E mais: os banheiros precisam ter essa portinha com abertura por baixo pra que eu me sinta tranquila, no caso de ficar presa do lado de dentro.

3. Sozinha - morro de medo de morrer sozinha. Não solteira ou desacompanhada. Mas moro sozinha e fico sempre achando que vou morrer e ninguém vai saber. É meio mórbido, eu sei... Mas tenho essa neurose. Já pensou?

4. Escova de dentes - tenho mania de escova de dentes azul. Não consigo usar escovas de outra cor. Toda vez que compro uma que não seja azul, ela acaba virando enfeite na pia do meu banheiro. Todas as minhas precisam ser azuis!

5. Diário - apesar de já ter passado dos 30, eu ainda mantenho um diário. Aliás, o primeiro eu comecei com 10 anos. Minha mãe me deu um caderno quando saí de férias e viajei pra fazenda do meu tio, pedindo que escrevesse tudo o que acontecesse no meu dia. Acho que é porque eu não queria ir, sei lá. Depois disso, como todas as meninas, tinha minhas agendas. O tempo passou e, moderna que sou, criei um blog onde comento coisas sobre o meu dia. Não é segredo, mas também não fico divulgando ele por aí. Só não dá mais pra guardá-lo embaixo da cama!