Depois do meu pai sofrer 2 ataques do coração, fiquei sabendo que coração não dói. Palavra de um médico. É quase impossível diagnosticar um infarto por causa da dor. Sente-se um incômodo nas costas ou uma sensação de azia, que muita gente confude com outros mal-estares, procura um massagista ou acha que comeu demais e apela pro anti-ácido.
Sempre acreditei nesse médico, que era muito conceituado. Mas tenho absoluta certeza de que ele estava enganado. Coração dói. Dói mesmo! E muito. Aperta de um jeito, faz a gente chorar, tira o apetite e dá um desânimo difícil de curar.
Dores físicas, por piores que sejam, podem ser medicadas. Aspirina pra dor de cabeça, Dorflex pra dor no corpo, Advil pra qualquer coisa. Mas, e pro coração? Não tem!
Raramente percebemos que ele está lá, batendo. A não ser que ele bata forte, bem forte, que te faça perder o fôlego de vez em quando. Do contrário, não damos a mínima pra ele. Talvez por isso dói tanto quando percebemos que ele realmente existe. Porque é nessa hora que percebemos que ele está machucado. Que não cuidamos, que o deixamos na mão de quem não dá a mínima pra ela.
Eu tenho o (péssimo) hábito de deixar o meu na mão dos outros. Na maioria das vezes, saio com ele partido, bem machucado, porque ainda sou a única a dar valor pra algo que me mantém viva. Infelizmente...
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