Quem me conhece sabe que não gosto muito de falar de mim. Aliás, raramente abro a boca pra contar algo sobre a minha vida. Sou meio fechadona e pouca gente, e isso inclui a minha mãe, sabe sobre meu passado ou o que se passa pela minha cabeça. Não que eu me arrependa do que fiz ou sou completamente pirada. Longe disso! Mas manter as coisas em segredo acaba sendo mais forte do que a minha vontade. E talvez eu entenda o porquê.
Outro dia, porém, eu estava pensando em tudo o que já fiz até agora. Tantas coisas que até Deus deve duvidar de que fui capaz. Poderia fazer uma lista infinita, que deixaria muita gente de boca aberta. Mas de duas, uma: muita coisa ficaria de fora porque não interessa mesmo a ninguém, e outras não entrariam por puro esquecimento meu.
O que posso dizer é que vivi. Intensamente. Cada momento. E aprendi com todos eles. Desde os meus erros, que tive a humildade pra reconhecer e fazer com que virassem lições, até as grandes conquistas. Não acredito naquela história de que o segredo pra felicidade é a memória curta. Nós somos feitos de histórias boas e ruins. Se não tivéssemos passado por tudo aquilo que já vivemos, não seríamos ninguém. Não seríamos o que somos hoje.
Assim como muita gente, já fiz loucura por amor, já frequentei terapia, já experimentei coisas que me deixaram acordada três dias seguidos, já beijei quem não queria, já pensei que a vida não valia a pena e já voltei atrás nessa decisão umas cem vezes. Já transformei a minha personalidade, mas nunca mudei meu caráter. Já excluí pessoas que não me acrescentavam em nada e já fiz amigos que, num instante, desvendaram boa parte dos meus segredos. Não todos, porque alguns eu prefiro - e acho prudente - manter guardados a sete chaves.
A vida é pra ser vivida. E não comentada. Quem comenta, é porque assiste a vida dos outros de camarote. Vai terminar a própria vida sem ter vivido nenhuma experiência que gostaria de incluir na sua lista. Vá viver a sua vida! Vá atrás das suas histórias pra contar... Daquelas histórias que gostaria de dividir com todo mundo, ou daquelas que até se envergonharia um pouco, mas e daí... Essas são aquelas, talvez as mais emocionantes, que você trancaria a sete chaves! Mas que viver, viveu!
Um comentário:
Muito bom, é ótimo ter lições ruins pra aprender com elas, e as boas, para lembrar..Bjo!
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