21 março 2021

Mulher x Mulher

Acho lindo quando mulheres dizem que precisam se unir e jogar no mesmo time. Ainda mais nesse mundo cruel, em que ainda precisamos lutar pelos nossos direitos e relembrar o tempo todo o valor que temos.

Sou fã daquelas que apoiam genuinamente umas as outras, declaram admiração e - o mais importante! - mostram que realmente vestem a camisa dessa ideia que apoiam.

Porém, não são todas que jogam juntas. Infelizmente, a maioria ainda disputa campeonatos e em times individuais. 

Não estou falando aqui da luta diária que cada uma enfrenta, mas da oportunidade que muitas esperam para derrubar a outra. Quem aqui nunca foi vítima de uma mulher enfurecida e mal-resolvida?

Vejo algumas mãos levantadas e não são poucas!

Por ser quem eu sou e ter essa personalidade de quem foi criada por uma mulher que foi criada por uma mulher, todas elas poderosas e cheias de opinião, que jamais dependeram da aprovação alheia, não é difícil de acabar no centro do alvo de mulheres raivosas.

Recentemente, uma delas tomou uma medida um pouco drástica e inconsequente porque se sentiu incomodada com o que faço e com a segurança que expresso por ser quem sou. Atitudes assim sempre me levam a pensar no que leva alguém a se sentir tão pequeno. 

Quando vejo uma mulher pra baixo - conhecida ou não - sou uma das primeiras a tentar levantá-la. Isso não faz com que a minha luz diminua, mas pode fazer com que a dela brilhe mais. E isso é OK. Não há nada de errado em desejar o sucesso da outra, admirar o corpo da outra, bater palma pra confiança que ela expressa. Lembre-se que a gente recebe de volta a energia que a gente manda. 

Se você tem algum problema com alguma mulher poderosa, ao invés de tentar derrubá-la, aqui vai a minha humilde dica: sente-se e assista o que ela faz, em silêncio, aprenda com ela e tente ser igual. Aposto que irá terminar a lição melhor. Talvez não melhor que ela, mas bem melhor do que aquela mulher que você costumava ser.