Cada vez mais tenho vontade de não ter filhos. Além de acessórios caros, crianças dão um trabalhão. Lógico que tem lá seus benefícios, e só quem os tem sabe como é. Talvez eu não tenha nascido pra isso, de querer ser mãe. E, no fundo, não faço mesmo questão. Acho que um filho meu entraria em constante batalha comigo por conta do que eu considero educação e do que ele veria no mundo lá fora, convivendo com um monte amiguinhos ogros.
Não tenho saúde pra isso. Na minha opinião, o mundo também não. E nem futuro, pra falar a verdade. Não tem nada mais irritante do que uma criança mal educada. E, infelizment, hoje elas são a maioria. Uma dessas me faz perder o tesão por todas as outras, até as mais fofinhas (que fique bem claro que minha sobrinha se encaixa em outra categoria - a da única criança que amo!).
Vejo muita gente falando em deixar um mundo melhor pros filhos, mas vejo muito pouco dessa gente tentando deixar filhos melhores pro mundo. As crianças de hoje não cumprimentam ninguém. Não falam "obrigado" ou "por favor". A impressão que tenho é a de que todos são servos das vontades deles. Elas não sabem respeitar os mais velhos e muito menos limites. Essas criancinhas modernas são chatas, bizarras e sem futuro. E o pior: já não podem mais apanhar!
O mais triste é saber que elas são produtos de pais da minha geração. Essa gente põe filho no mundo e entrega o serviço da educação pra babá. Babá troca fralda, limpa a bunda, dá papinha, faz companhia, brinca, coloca pra dormir, dá mamadeira e colo quando necessário. Educação, papis queridos, quem dá são vocês! Mesmo ocupados, cheios de trabalho e com o dia corrido, a tarefa de ensinar seu filho conceitos básicos de convivência com o resto do mundo que não está aí pra apenas servi-los, faz parte da sua função.
Escolas servem pra alfabetizar e preparar seus bebezinhos pra vida competitiva, mas faça o favor de mandá-los pra lá com o mínimo de educação. Professores não são obrigados a engolir a falta dela, que não veio de casa dentro da lancheira. Assim como muitos pais gostariam de ser tratados com educação por seus colegas de trabalho, professores merecem o mesmo respeito no ambiente de trabalho deles.
Ter filhos é opcional. E não obrigação de todos os casais. Ninguém manda fazê-los. Se você, papai e mamãe, não terão tempo pra ensinar seus filhinhos boas maneiras e o mínimo de educação, faça um favor ao mundo: nãos os tenha! Assim, você aproveita seu tempo "livre" pra fazer aquilo que gosta e o resto do mundo não precisa conviver com aquele "serzinho" que só você acha meigo. Deixe um mundo melhor para aquelas crianças, cujos pais "gastam" o tempo deles preparando filhos melhores.
28 agosto 2011
14 agosto 2011
O poder da morte
Eu já escrevi sobre isso, no começo deste ano, quando um amigo meu morreu... assim, de repente! Não que alguém avise quando vai morrer, mas tem mortes que pegam a gente de surpresa. Pelo menos, pra mim, certas mortes tem o poder de me fazer mudar a visão que tenho da vida. E geralmente é naquele momento em que acho a vida um saco, meio paradona, pensando que poderia ser melhor se...
Daí vem alguém e... morre! Gente morre todo dia. Mesmo a gente não sabendo que elas empacotam, todo dia tem gente nascendo e morrendo. É a vida, ué... Mas, já reparou como o que as pessoas que morreram falaram sobre a vida, depois que morrem, aquilo que falaram ainda em vida, ganha um sentido diferente?
Essa semana mais um conhecido morreu: Jane Lane, vocalista do Warrant (da música Cherry Pie... aliás, adoro esse clipe, porque a menina se fode o tempo inteiro!). Uma das irmãs dele deu uma declaração sobre a morte e culpou o alcoolismo. Disse que ele lutava há anos contra este vício (e que sempre abominou as drogas), mas que o vício, infelizmente, venceu. Curiosa, fui ler sobre ele e acabei encontrando uma autobiografia (curtinha) num site pessoal. E ele disse: "Everyday above ground is a gift and I'm truly grateful for each day".
Não sei se sou só eu, mas cada vez que leio, vejo ou ouço algo nesse naipe vindo de alguém que já morreu fico meio impressionada. É lógico que, em vida, todos nós temos essas frases de motivação, falamos a respeito e tal. Mas saber que o cara pensava assim e... morreu! Sei lá, dá um negócio na espinha e fica a pergunta: será mesmo que ele vivia assim?
A frase foi escrita poucos dias antes da morte de Jane, por ele mesmo. Será que dá pra sentir quando a morte está perto? Será que essas pessoas recebem um sinal e daí pegam um papel e escrevem uma coisa dessas? Tá certo que não é nada brilhante, qualquer livro de auto-ajuda recomendaria o mesmo. Mas é estranho!
Sensações que só a morte causa e que não são explicadas em vida...
Daí vem alguém e... morre! Gente morre todo dia. Mesmo a gente não sabendo que elas empacotam, todo dia tem gente nascendo e morrendo. É a vida, ué... Mas, já reparou como o que as pessoas que morreram falaram sobre a vida, depois que morrem, aquilo que falaram ainda em vida, ganha um sentido diferente?
Essa semana mais um conhecido morreu: Jane Lane, vocalista do Warrant (da música Cherry Pie... aliás, adoro esse clipe, porque a menina se fode o tempo inteiro!). Uma das irmãs dele deu uma declaração sobre a morte e culpou o alcoolismo. Disse que ele lutava há anos contra este vício (e que sempre abominou as drogas), mas que o vício, infelizmente, venceu. Curiosa, fui ler sobre ele e acabei encontrando uma autobiografia (curtinha) num site pessoal. E ele disse: "Everyday above ground is a gift and I'm truly grateful for each day".
Não sei se sou só eu, mas cada vez que leio, vejo ou ouço algo nesse naipe vindo de alguém que já morreu fico meio impressionada. É lógico que, em vida, todos nós temos essas frases de motivação, falamos a respeito e tal. Mas saber que o cara pensava assim e... morreu! Sei lá, dá um negócio na espinha e fica a pergunta: será mesmo que ele vivia assim?
A frase foi escrita poucos dias antes da morte de Jane, por ele mesmo. Será que dá pra sentir quando a morte está perto? Será que essas pessoas recebem um sinal e daí pegam um papel e escrevem uma coisa dessas? Tá certo que não é nada brilhante, qualquer livro de auto-ajuda recomendaria o mesmo. Mas é estranho!
Sensações que só a morte causa e que não são explicadas em vida...
07 agosto 2011
Ninguém nasce sabendo
Todo mundo já teve dias de O Diabo veste Prada na vida. Eu, por exemplo, já me vi na pele da Andy um bilhão de vezes. Aliás, toda vez que alguma coisa nova, um desafio daqueles, aparece na minha frente me lembro desse filme...
Lembro do primeiro dia de trabalho numa revista: meu editor sabia que eu morria de medo de avião e, por causa de um acidente de ultraleve, mandou eu arrumar uma matéria sobre o assunto e fazia questão que eu voasse pra contar a minha experiência. Deus foi muito generoso comigo e fez chover muito naquele dia. Por causa do deadline, a pauta caiu e o assunto nunca mais voltou às reuniões.
Largar o jornalismo no auge pra começar uma nova carreira em outra área e ver que, depois de muito apanhar, já domino o negócio, certificada por Cambridge, também me daria direito a nomeação ao Oscar.
Recentemente, tive outra experiência daquelas: fui chamada em cima da hora pra ser, digamos, a babá do Limp Bizkit na passagem da banda pelo Brasil. Eu não tinha a menor idéia do que me esperava, quando vi um ídolo meu desembarcando num aeroporto e esperando que eu fizesse tudo por ele. A única coisa de que tinha total domínio era do idioma. Mais uma vez, Andy me veio na cabeça... Tive que aprender em menos de 24 horas todas as minhas funções, pois nos 4 dias que se seguiram, tudo dependia de mim: da lavanderia onde lavaria as roupas até o que comeriam no jantar. E absolutamente tudo entre os dois.
Ninguém nasce sabendo. Quem quer, aprende. Quem não quer, se fode tentando fazer aquilo que poderia dar conta. Não é todo mundo que se dispõe a tomar todos os murros e tapas na cara. A maioria, na verdade, não aguenta o primeiro tranco. Não nego, já pensei em desistir muitas vezes quando o caldo entornou, mas qual é a graça de encarar um desafio se não se chega até o fim?
Lembro do primeiro dia de trabalho numa revista: meu editor sabia que eu morria de medo de avião e, por causa de um acidente de ultraleve, mandou eu arrumar uma matéria sobre o assunto e fazia questão que eu voasse pra contar a minha experiência. Deus foi muito generoso comigo e fez chover muito naquele dia. Por causa do deadline, a pauta caiu e o assunto nunca mais voltou às reuniões.
Largar o jornalismo no auge pra começar uma nova carreira em outra área e ver que, depois de muito apanhar, já domino o negócio, certificada por Cambridge, também me daria direito a nomeação ao Oscar.
Recentemente, tive outra experiência daquelas: fui chamada em cima da hora pra ser, digamos, a babá do Limp Bizkit na passagem da banda pelo Brasil. Eu não tinha a menor idéia do que me esperava, quando vi um ídolo meu desembarcando num aeroporto e esperando que eu fizesse tudo por ele. A única coisa de que tinha total domínio era do idioma. Mais uma vez, Andy me veio na cabeça... Tive que aprender em menos de 24 horas todas as minhas funções, pois nos 4 dias que se seguiram, tudo dependia de mim: da lavanderia onde lavaria as roupas até o que comeriam no jantar. E absolutamente tudo entre os dois.
Ninguém nasce sabendo. Quem quer, aprende. Quem não quer, se fode tentando fazer aquilo que poderia dar conta. Não é todo mundo que se dispõe a tomar todos os murros e tapas na cara. A maioria, na verdade, não aguenta o primeiro tranco. Não nego, já pensei em desistir muitas vezes quando o caldo entornou, mas qual é a graça de encarar um desafio se não se chega até o fim?
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