03 maio 2011
The bigger, the better
Cidade grande é impessoal. Você anda na rua e, se olhar pra trás, vai reparar que ninguém olha de volta (a não ser, é claro, em raríssimas exceções, dependendo do interesse). Ninguém tá nem aí pra você, pra roupa que você usa, pro que você fez ou faz, se você tá bem ou à beira da morte.
Você é só mais um. E, no fundo, acho isso ótimo! O bom de morar numa cidade assim é saber que, mesmo tendo gente próxima o tempo todo, todo mundo é ocupado o bastante pra cuidar da sua PRÓPRIA vida. É tanta coisa pra fazer, tanta opção pra ocupar o tempo livre que sobra pouco espaço pra meter o bedelho na vida alheia.
É uma beleza poder fazer o que dá na telha sem correr o risco de ter uma comissão à lá jurados xinfrins do Show de Calouros do Silvio Santos analisando cada passo que você dá, torcendo o nariz pra cada "merda" que você faz ou dando nota pra cada dia em que você realmente vive. Não que eu ligue pro que vão pensar, achar ou dizer, mas que isso enche o saco...
Pra mim, qualidade de vida é isso. Troco a calmaria da cidade do interior, a brisa do mar e todas as outras "vantagens" (até porque vantagem é coisa de ponto de vista) dessas cidadezinhas pequenas, pelo anonimato da metrópole.
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