15 setembro 2009

Eu não mando aqui


Estava pensando... Por que nascemos com o coração no lugar errado? Ele deveria estar na cabeça, deveria ser racional, igual equações matemáticas, cheias de lógica (se bem que jamais consegui entendê-las também). Deveria... Mas não está. Ninguém gosta de alguém porque quer... Gosta-se porque sim. E ponto. Do contrário, as pessoas mais inteligentes jamais se apaixonariam, ou sofreriam menos ou saberiam controlar melhor o que sentem.

Ninguém gosta de outra pessoa pelas qualidades que ela tem. Já dizia Arnaldo Jabor que se isso fosse verdade, os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila enorme de pretendentes. O amor não obedece nenhuma razão. Tem gente que tem tendência a amar os certinhos, e outros... os cafajestes. Tem gente que não demonstra o que sente, outros mostram demais. Tem gente que ama pela paz que o outro traz, enquanto alguns amam pelo tormento que este sentimento provoca. Tem gente que procura segurança no amor, tem gente que prefere aproveitar cada segundo como se fosse o último. Você gosta do cheiro do outro, do toque que só ele tem, do beijo, do calor, da companhia e da cumplicidade que não conseguiu encontrar em mais ninguém. Gosta, e pronto. Não dá pra explicar o porquê. Porque se conseguisse, não estaria usando o coração.

Não importa. Gostar é assim. Simplesmente é. Não existe regra. Não funciona assim, ou assado. Não é algo sobre o qual se tem controle. Honestos, bonzinhos e simpáticos existem aos montes por aí, mas ninguém consegue ser igual àquele (a) filha da put*, galinha, miserável, safado (a) por quem você se apaixonou...

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