17 dezembro 2012

Cuidado comigo...


Esses dias, depois de uma boa ação – civilizada e educada –da minha parte ouvi que eu era uma “pessoa altamente perigosa”. Não entrei em choque, não fiquei chateada, nem inconformada. Parei apenas pra rever conceitos.
 
Os programas policiais sempre apontam esse tipo de pessoa como alguém que deve ser excluída da sociedade, encarcerada, pra ficar bem longe do contexto e das pessoas. Provavelmente depois de matar alguém ou algo dessa categoria, na minha opinião, acho que a pena é justa. E, dependendo do caso, não sou contra a pena de morte.
 
Não matei ninguém. E nem cheguei a qualquer lugar perto disso. Apesar da vontade ser grande, cresci com princípios e sei que as coisas não se resolvem com ignorância e falta de bom senso. Então, se não matei ou fiz mal a ninguém, por que ser chamada de “altamente perigosa”?
 
Ser do bem, querer o bem e fazer o bem não anda sendo visto por aí com bons olhos. E “perigoso” é deixar ser feito de idiota. Gente do mal mente, machuca, não pensa nos outros, é inconsequente, gosta de tirar vantagem e acha tudo isso normal. Desculpa, mas este perfil está bem longe de ser o meu.
 
O mundo ficou tão ignorante, sem amor, que ser do bem é ser do mal. Fazer o bem é machucar. Ou seria essa apenas uma forma que pessoas do mal encontraram pra tentar justificar nas suas falhas a bondade que falta em seus corações, sem remorso ou dor de cabeça?